Chegamos em um food truck que tem no centro da cidade e o Matt estaciona o carro um pouco distante, vamos andando até lá e os Petter e a Gabriela correndo pelas calçadas. Passamos a rua e sentamos em uma das mesas, fico olhando o cardápio e escolho uns tacos para mim, Petter pede um Hambúrguer e Gabi e Matt faz seus pedidos.
-Podemos brincar enquanto a comida não chega?
-Claro, vão lá!- Matthew deixa eles irem brincar
-Se acontecer algo com essas crianças a culpa é sua, certo?
-Fica tranquila, você ta muito preocupada
-Quero ver quando você for mãe.
-Não vou ser
-Como assim? Não quer ser mãe? É o sonho de toda garota.
-A questão é que não sou igual a todas as outras garotas
-Isso que me chama atenção em você, você é única
-Uma pena não poder dizer o mesmo de você- Sussurro de cabeça baixa
-O que disse?
-Que estou com fome
-A comida já deve estar vindo
-Espero que sim.A comida chega após uma hora de espera, eu e o Matthew tivemos a chance de nos conhecer um pouco melhor nessa tarde inteira juntos. Quando terminamos de comer, saímos para uma sorveteria compramos um sorvete para cada e voltamos para casa. Ele para o carro em frente da nossa casa e o Petter e a Gabi descem para pegar algo que ela esqueceu.
-Tem um show semana que vem, quer ir comigo?
-Posso pensar, daqui pra lá e te dou a resposta.
-Não aceito um não como resposta, Lorena
-Eu irei.
-Que bom- Vou saindo do carro e ele segura a minha mão. Volto a sentar na poltrona do carro e olho para ele. Nossos lábios se encontram e fecho os olhos deixando aquele momento tomar conta de mim. Somos interrompidos com o Petter me chamando e me afasto do carro após da um selinho nele.
-Até mais.
Entro em casa e meus pais ainda não chegaram, tranco a porta da casa, subo para meu quarto e Petter vai para o quarto dele. Deixo a porta do quarto aberta pois poder ser que o Petter precise de algo, visto o meu pijama e deito na cama olhando para o teto, mas logo acabo pegando no sono.
Aos domingos apenas costumamos fazer algo em família, estamos todos reunidos ao redor da piscina, meu pais está tomando de conta da churrasqueira para as carnes não queimarem, o som ligado em um volume razoável para não incomodar os vizinhos e eu e meus irmãos em paz, o que não é muito comum dependendo da Olivia, mas ela com esse celular não podemos esperar uma palavra vindo dela. Fico sentada a borda da piscina tomando um sol e lendo um livro.
-Lorena, e aquele rapaz que estava aqui ontem?- Minha mãe fala
-É um colega da escola
-Por que não o chama para cá?
-Não tem necessidade-Reviro os olhos
-Ele é tão gentil. Qual o nome dele mesmo?
-Matt. Matthew William
-William, interessante- Olha para o meu pai
-Minhas amigas estão vindo para cá
-Que amigas?
-A Cecilia e a Geovanna, posso ir busca-las?
-Claro, a chave do seu carro está na minha bolsa
Levanto, vou até a mesa pego minha saída de banho, a visto pra não expor tanto o meu corpo, faço um laço na fita e vou dentro de casa. Pego a chave de casa vou até a garagem e antes de sair mando mensagem para as meninas avisando que vou busca-las.
Passo primeiro na casa da mãe da Cecilia já que ela disse que estaria lá, aperto duas vezes a buzina do carro mas ela não sai, sou obrigada a descer do carro, vou até a porta da casa, toco a campainha e a ouço gritar, mas em menos de vinte segundos alguém abre a porta e é o Matthew.
-Acabei esquecendo que você também mora aqui. Chama a Cecilia, por favor?
-Ela disse que já está descendo- Ele fala rindo do comentário que eu fiz
-Odeio esperar.
-Vocês vão fazer o que?
-Um churrasco em família lá em minha casa
-Vamos?- Ela para atrás do Matthew
-Aproveitem- Matthew fala e fica nos olhando até entrar no carro
Ligo o som e vamos cantando até chegar a casa da Geovanna, ela está na frente da casa nos esperando, junto com a mãe dela acredito eu, aceno para a mãe dela e elas se despedem com um beijo na bochecha. Quando ela entra no carro pego a estrada principal que leva até minha casa e vamos conversando coisas aleatórias até chegarmos em casa. Não coloco o carro na garagem e deixo parado na frente de casa já que mais tarde tenho que levar as meninas em casa novamente. Passamos pela lateral da casa e vamos para onde ta o pessoal, as meninas cumprimentam meus país e alguns vizinhos que surgiram ali nesse intervalo de tempo que eu saí, dou de ombros e vou para um local mais afastado com as meninas para a gente conversar.
-Eu amo a sua família, sério mesmo- Geovanna fala enquanto senta ao meu lado
-Eu também os amo- Falo sorrindo
-Vocês são perfeitos!- Cecilia completa
-Por que perfeitos?- Começo a levar o assunto a sério
-Você já viu sua casa? Seus pais são lindos juntos e pessoas maravilhosas, vocês tem tudo o que querem e vocês viajam para todos os lugares. Sem falar dos carros, apenas quem não tem é seu irmão por que não tem idade.
-Mas...- Sou interrompida
-Enquanto eu, só temos um carro e nem é do ano, meu pai morreu e estamos atolados de dividas- Geovanna fala e baixa a cabeça um pouco mal
-Meus pais são separados, eu não falo com meu irmão e nem com minha mãe direito e nunca fizemos nada em família.
-Não é por que vocês não vêem que não passamos pro problemas, mas isso não vem ao caso pessoal. Meu pai nos ensinou desde pequenos que apesar dos problemas não podemos deixar eles no vencerem, pois somos mais fortes que isso. Vocês não precisam ver nossos problemas, até por que não vão poder resolver-los, então não é necessário ta sempre triste. Enfim, vamos mudar de assunto, hoje é dia de se divertir.
-Você tem razão-Cecilia fala e fica apenas de roupa de banho para entrar na piscina e Geovanna acompanha ela
Permaneço sentada na cadeira próximo a mesa bebendo um pouco de suco de laranja e volto a ler o livro. As meninas ficam na piscina conversando com a Olivia e com a minha mãe, eu nunca tinha feito amizade assim como elas.
As horas passaram em um piscar de olhos, por volta das cinco da tarde subimos para o meu quarto para tomar banho e eu ir leva-las em casa. Sou a primeira a tomar banho e logo em seguida a Geovanna foi, enquanto esperava a Cecilia estava deitada na cama e eu no closet me vestindo. Quando termino, sento na cadeira da minha escrivaninha e fico esperando elas. Pego a minha bolsa e coloco algumas coisas dentro, já que pretendo ir a outro lugar quando deixar as meninas em casa. Já são seis horas da noite e eu e as meninas estamos saindo, deixo primeiro a Geovanna e logo depois a Cecilia. Procuro no gps um restaurante de comida chinesa e dirijo até lá. Estaciono o carro em frente ao restaurante do outro lado da rua e desço com a minha bolsa, a chave do carro em mãos e o celular. Passo a rua e entro no restaurante, falo com a moça na recepção e peço uma mesa, ela me direciona até uma mesa um pouco mais afastada onde a luz é bem baixa, ótimo. Sento à mesa e começo a olhar um menu de comidas, um garçom para em minha frente e peço um Chop Suey e um refrigerante, mas enquanto não chega espero bebendo uma água. O restaurante não é um lugar movimentado, na verdade é bem calmo e um ótimo ambiente, fico observando as pessoas entrarem e saírem, baixo a cabeça e quando levanto novamente vejo o Sr.Walker parado na recepção usando um short jeans, uma camisa preta e uma sandália aberta, nem parece meu professor super social de história. Baixo a cabeça rindo dos meus pensamentos e fico de cabeça baixa mexendo em meu celular, até que percebo uma sombra cair sobre mim.
-Olá Srta.Charpentier-Ele fala com a voz firme
-Olá Sr.Walker-Levanto a cabeça e sorrio
-Por que tão sozinha? Cadê seus amigos?
-Antes só do que mal acompanhada
-Não acredito que eu seja uma má companhia, posso ficar?
-Seria um prazer tê-lo aqui me acompanhando
-Uau, quanta formalidade, me surpreendo cada vez mais com a senhorita.
-Por favor, me chame apenas de Lorena- Falo rindo
-Certo, Lorena- Ele senta-se bem a minha frente e olha o menu, para fazer o pedido
-Vamos deixar a formalidade apenas para as aulas. Combinado?
-Como queira
-Como consegue ser tão sério?- Apoio os ombros na mesa e entrelaço os meus dedos olhando fixamente para ele
-Não sei se tenho resposta para essa sua pergunta
-Tudo bem entãoA noite foi longa, jantamos, conversamos e o vi rindo. Quando os ponteiros do relógio marcaram nove horas, ambos saímos do restaurante e ele me acompanha até o carro, nos despedimos com um aperto de mão. Eu entro no carro, ligo o som e vou dirigindo bem devagar até em casa, deixo o carro na garagem ao chegar e entro em casa. Vou para o meu quarto, faço as minhas rotinas de antes de dormir e vou para a cama, respondo algumas mensagens e após uns dez minutos acabo dormindo.
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I Saw The Love In Your Eyes
General FictionA história vai relatar a vida da familia Charpentier, aos olhos da filha Lorena. Uma jovem que vive no mundo dos livros e da música, vai entrar em uma nova fase da vida, ao mudar de cidade e ir para um novo colégio, vai conhecer pessoas ótimos, mas...