I Saw The Love In Your Eyes

11° Capítulo

   A madrugada parece que levou uma eternidade para passar. Consegui pegar no sono eram 5h da manhã, quando foi as seis horas meu despertador toca.
   Passo a mão no rosto para conseguir abrir o olho e levanto, vou me arrastando até o banheiro e sento sob a tampa do sanitário para desenfaixar meu pé. Entro em baixo do chuveiro e sinto a água bem fria bater em corpo e lavo o rosto para ficar um pouco mais esperta.

   Sem muita disposição para me arrumar visto uma calça jeans preta, um moletom cinza escrito Purpose na frente, coloco apenas uma rasteirinha em meus pés e faço um rabo de cavalo bagunçado em meu cabelo, passo um pouco de perfume em meu pescoço. Pego minha mochila verde água, jogo meu celular, o fone de ouvido, um livro e o carregador do celular. Passo na cozinha, falo com meus pais, meus irmãos e vou para o carro. 

   Entro no carro e vou ter que dirigir devagar já que ainda não posso ta fazendo força sobre a perna. A caminho da escola paro no starbucks e compro dois café extra forte com duas rosquinhas, só isso para me fazer ficar acordada, ou esse turbilhão de pensamentos na minha mente. Saio da loja tomando um café e coloco o outro no porta copos, consigo chegar a escola depois de uns dez minutos e o sinal ainda não havia tocado. Fico dentro do carro comendo, até que resolvo pegar o celular para ver as mensagens, tem quase cinquenta mensagens do Matthew, mensagem da Geovana, o Daniel perguntando se eu queria carona, e quase dez mensagens do Lucas e da Cecilia, jogo o celular novamente na bolsa sem responder ninguém e desço do carro com o livro After em mãos e o segundo copo de café. Aumento a música nos fones para não precisar responder ninguém e vou andando até o meu armário, pego os livros e vejo o Lucas se encostar nos armários ao meu lado. 

-Querida, o que foi isso com você?
-O quê, Lucas?- Fecho o armário e me encosto olhando pra ele 
-Nada-Ele me olha da cabeça aos pés 
-Me deixa, ok, estou indisposta 
-É TPM, meu bem?- Ele fala rindo e me acompanha 
-Cadê a Cecilia? 
-Acordou doente hoje, sim e o que houve com seu celular?
-Nada, porquê? 
-Por que todo mundo mandou mensagem e você não respondia 
-Estava dormindo, né?- Faço uma careta pra ele e o Matthew vem caminhando na minha frente 
-Olá!- Ele me abraça -Oi Lucas- Eles se cumprimentam e Lucas vai pra sala 
-Oi Matt
-Acho que te devo explicações, não é? 
-Deve? Se for por causa daquelas fotos não se preocupa, ta? Ta tudo bem, até por que nem estamos namorando, certo?  
-É eu acho que não, mas de qualquer forma desculpa, os comentários não foram muito agradáveis.  
-Ta tudo bem, Matt, não se preocupa, isso entre nós vai continuar.
   Fico um pouco na ponta dos pés e dou um beijo na bochecha dele. 
   Entramos na sala pra aula de química e vamos para a nossa mesa fazer dupla. 

   No fim do dia  ao sair da escola fui ao shopping comprar comida e muitas outras coisas. 
   Cheguei em casa meus pais já tinha saído para viajar, fiquei jogada no sofá da sala falando com as meninas para vim dormi aqui em casa, já que estou sozinha, a Geovana vai pedir para o Daniel trazer ela, a Cecilia vai pedir ao Matthew e o Lucas vem no carro dele. 
   A Geovana chega primeiro e ainda estou deitada no chão e apenas grito para ela entrar. 

-Estou aqui atras do sofá- Ela entra me procurando 
-O que você ta fazendo ai
-Sei lá, pensando em maneiras de suicídio 
-Ta louca?- Ela pega meu braço e me arrasta
-Quer droga é essa?- Cecilia entra enquanto ela ta me arrastando e eu levanto 
-Ela tava tentando me levantar 
-Faz bastante sentido- Ela coloca a mochila em cima do sofá 
-EU ESTOU MORRENDO DE FOME- Lucas entra gritando 
-Não grita, mano- Cecilia da um tapa nele do nada e começamos a rir 
-Tem comida italiana em cima da mesa, em uma das sacolas
-Que chique, comida italiana, nunca comi, sei nem onde fica a Italia 
-Chique mesmo, eu quero- Geovana fala e vai atrás dele pegar a comida 
-Me diz que você já comeu, né 
-Já sim!- Eu e Cecilia saímos para a cozinha atrás deles e o Lucas ta na geladeira 
-Temos: suco de laranja provavelmente da Grécia, suco de uva...- Ele bebe um pouco -Com doses de álcool do Egito, tem também água da Rússia, vodca da áfrica e mais suco do Brasil. O que vão querer? 
-Quero suco de laranja da Grécia- Cecilia fala e eu pego os copos no armário
-Uma rodada de suco de laranja da Grécia pra todos 
-Eu me sinto viajando pelo mundo quando estou nessa casa 
-Você é muito idiota. Mas enfim, vamos dormir logo por que amanhã tem aula ou vamos ser irresponsáveis e ficar acordado para estarmos exaustos amanhã? 
-Irresponsáveis-Os três falam ao mesmo tempo e começamos a rir 
   Volto para a sala e conecto meu celular no som e coloco Rolling in the Deep da Adele no máximo, assim que eles escutam vem pra sala e ficamos dançando em cima do sofá. 

   Pedimos pizza, pegamos chocolate e sorvete na dispensa e fomos para a sala de cinema assistir filmes, coloquei Capitão América: O primeiro vingador, já que a gente tinha combinado de assistir todos os filmes da Marvel. Com vinte minutos de filmes todos já tinham dormido, levanto e vou para a cozinha, pego uma garrafinha de água e sento no sofá com as pernas entrelaçadas em cima do sofá encostada no sofá, abro o instagram e fico rolando o feed até que meu celular apita avisando que chegou mensagem, baixo a barra de notificação e vejo que é o Matt perguntando se estou acordada. Respondo que sim e ele visualiza instantaneamente, já respondendo. 

-Ta fazendo o que? 
  Recebida 3h45 
-Sentada no sofá me hidratando, e você?
  Enviado 3h46
-Nada, pode sair?
  Recebida 3h48
-Acho que sim, pra onde? 
  Enviado 3h49
-Se veste que em dez minutos eu passo aí
  Recebida 3h51

   Subo para meu quarto coloco o vestido colado preto que vem até a metade da cocha e coloco uma jaqueta de jeans preto por cima, coloco uma sapatilha nos pés e fico da varanda esperando ele chegar. 

   Vejo o carro se aproximar e desço, passo pela sala de cinema para me certificar de que ainda estão dormindo e saio de casa. Tranco a porta e jogo a chave por baixo da porta, vou até o carro o mais rápido que posso já que meu pé ainda dói um pouco. Entro e ele fica me olhando. 

-Onde vamos?
-Não sei, só queria te ver mesmo
-Só pode ta brincando comigo, não podia esperar até a hora da escola?
-Não, na escola eu não tenho sua atenção só pra mim. 
   Ficamos calados nos olhando até que ele liga o carro e começa a dirigir, permaneço em silêncio e parece que estamos indo para um lugar um pouco afastado da cidade, ele pega a rodovia e logo após pega uma estrada uma de terra. 
-Onde estamos?
-Não se preocupa 
-Não tem como não me preocupar 
   Ele para o carro em frente a uma casa que parece estar meio abandonada. A uma certa distancia da casa tem um pequeno lago, descemos do carro ela pega a minha mãe e entramos na casa que é tão grande por fora quanto por dentro, não faço muitos questionamentos e apenas subo com ele. Entramos em um sotão cheio de coisas dentro e no teto tem uma clara boia enorme, subimos pela escada e chegamos ao telhado da casa. Vou andando para ver em direção o lago e ele me puxa para ver as luzes da cidade. 
-Eu costumava vim aqui nessa casa com meus pais quando criança- Ele senta no chão e faz um gesto para que eu sente ao seu lado -Nunca trouxe ninguém aqui, costumo vim quando me sinto sozinho 
-Nunca trouxe nenhuma das suas namoradas aqui?
-Você é a primeira pessoa que eu trouxe a esse lugar-Ele segura a minha mão e entrelaça os nossos dedos 
-Vou acreditar, tudo bem?-Falo rindo -Esse lugar é lindo!- Bocejo 
-Ta com sono? Que ir pra casa?- Ele vira meu rosto pra ele 
-Faz duas noites que não durmo...-Bocejo- Mas vale bem mais a pena está aqui do que dormindo.
   Deitamos no chão e fico com a cabeça em cima do braço dele enquanto ele acaricia meu cabelo. Fico olhando para o céu e procurando desenho nas estrelas, o único som que ouvimos é o das árvores balançando e um carro ou outro passando na rodovia principal. A calmaria toma de conta de nós dois e nosso corpos quente um aquecendo o outro nessa noite fria, até que acabo dormindo. 
   Quando o sol ta nascendo, acordo e olho para que ta concentrado olhando para o nascer do sol, sento-me para assistir esse espetáculo da mãe natureza e ele faz o mesmo. Quando o solto se abre por completo, descemos e voltamos para casa. Chego em casa, abro a porta com a chave que fica em baixo da planta na entrada, vou direto para o meu quarto, deixo a porta aberta para caso as meninas precisem de algo, me jogo na cama sem nem mesmo trocar de roupa e durmo imediatamente.