2| a prisão dos mutantes

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"Você me derruba, mas eu não caio. Sou feita de titânio".

Seis anos atrás÷LocalizaçãoDesconhecida

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Seis anos atrás
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Desconhecida


      Caroline só percebeu que eles haviam chegado ao destino final quando Charlie a chamou, tirando-a de um sono pesado e cheio de imagens criadas pela sua imaginação fértil. Ela saiu do avião aos tropeços, e de início presumiu estar em uma pista de aterrissagem de algum aeroporto ou algo do tipo, mas logo percebeu que aquele era o único avião ali, além do espaço parecer uma garagem no subsolo. O piloto nem a olhou quando saiu da cabine de controle, como se evitasse olhar para ela e notar seu evidente desespero. Covarde, pensou Caroline com frieza.

     - Charlie, vejo que já chegaram. Eu estava esperando por vocês. - Caroline levantou a cabeça e se deparou com a mulher exuberante que vira junto com Charlie perto de sua escola. A garota deu um passo para trás, ameaçada com a proximidade, sem conseguir evitar que seu olhar parasse sobre a arma que a mulher carregava na cintura. Arrepios inevitáveis dançaram pelo seu corpo. - Já nos vimos hoje de manhã, querida. Sinto muito, mas não pude acompanhá-los. Infelizmente tive que pegar um vôo antes. Espero que entenda como negócios podem ser incovenientes às vezes.

     Caroline não a respondeu em momento algum, porém a desconhecida pareceu não se importar com seu silêncio.

    - Espero que não tenhamos chegado muito tarde, Katherine. O piloto teve algumas dificuldades durante o vôo por causa do tempo. - Charlie afundou as mãos no bolso do casaco de algodão e olhou rapidamente para a figura pequena de Caroline. - A garota é bem curiosa. Mas admito que prefiro caçar mutantes dessa idade, que na maioria das vezes não se opõe quando são capturados.

     Parem de falar como se eu não estivesse aqui, Caroline quis gritar. No entanto, o silêncio pareceu a única coisa capaz de mantê-la segura, por ora.

     - De fato, as crianças são mais fáceis de lidar nesse quesito. - Katherine sorriu e deu um passo largo à frente, pousando seu olhar meticuloso sobre Caroline. - Você é uma graça. Tenho certeza de que seremos grandes amigas. - Embora as circunstâncias fossem questionáveis, Katherine parecia estar sendo honesta. Ela voltou à postura ereta de antes e encarou Charlie de soslaio. - Leve-a para dentro e explique o que achar estritamente necessário. Nada além.

    - Você quem manda. - Ele fez uma continência ridícula e deu uma risada, esperando pela saída de Katherine. Charlie aproximou a íris de um aparelho de leitura biométrica e a porta se abriu, revelando um corredor longo e estreito.

     Charlie e Caroline subiram pelo elevador principal, que os levou até o terceiro andar da base. A menina tentou disfarçar as mãos trêmulas e levantou a cabeça, olhando para os lados com frequência enquanto gravava cada canto do lugar e planejava mentalmente uma rota de fuga. Não estava funcionando muito bem. Caroline não tinha nenhuma prática em fugas e nunca precisou arquitetar uma.

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