Capitulo 11

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Fiquei parada na frente da porta, totalmente envergonhada.

A porta se abriu novamente dei um pulo com susto, Lucas ainda estava de cueca, tampei os olhos com as mãos e virei de costa.

Ouvi a risada dele

- do que está rindo idiota

Dã lesada obvio que de você né, mais que pergunta mais estúpida, acontece é que tinha um homem incrivelmente lindo parado só de cueca atrás de mim, e ele provavelmente me acha uma idiota. Não que a opinião dele importe pra mim

- de você

Ele riu, idiota

- escuta aqui...

Virei pra frente, droga, me esqueci, virei de costas.

Como eu sou lesada

- o que é aquilo ?

- na onde

- ali no chão

Eu olhei

- é sangue! Você está sangrando pimentinha ?

Olhei pro meu pé, o corte estava mais feio do que eu pensei

Eu ainda estava de costas pra ele, mas isso não impedia ele de ver meu pé.

- O que você fez? Vem deixa eu cuidar disso pra você!

Ele pegou meu braço e me virou coloquei as mãos nos olhos novamente

- não, não precisa, eu só quero pedir uma lanterna .

- você está brincando né pimentinha? Como não precisa ?

Ele me puxou pra frente, me fazendo tirar a mão dos olhos

- tudo bem, então coloca uma roupa pelo menos.

Ele riu

- tá bom. Entra aqui

Eu entrei com uma pouco de dificuldade ele pegou meu braço, passou em volta de seu pescoço, fechou a porta com os pés.

Tentei me concentrar o máximo na dor pra não ficar olhando pro Lucas e seu tanquinho incrivelmente sarado, e com certeza parar de olhar pra protuberância de sua cueca, eu nunca tinha ficado sozinha com um garoto só de cueca, muito menos com um garoto, a não ser que quase beijar um menino na festa de aniversário da Jaqueline Magalhães na oitava série conte.

Lucas me levou até o sofá e eu voltei a pensar no meu quase primeiro beijo.
Nós brincávamos de verdade ou desafio e ele foi desafiado a me beijar, eu nunca tinha visto aquele garoto na vida. Estávamos sozinhos no quarto e eu percebi que ele estava tão nervoso quanto eu, então eu disse que se ele quisesse fingir que tinha acontecido o beijo quando na verdade não tinha acontecido por mim estava tudo bem, ele aceitou a proposta nós ficamos conversando por um tempo ele tinha um sotaque diferente, quando saimos do quarto ninguem desconfiou, até hoje eu não sei quem era aquele menino.

Ele veio do quarto, com uma calça de moletom e uma camisa preta. Segurava na mão uma caixa de primeiros socorros, ele veio na minha direção e sentou na mesinha de centro, de frente pra mim.

- muito bem, pimentinha , vamos ver esse corte.

Eu sorri

Ele sorriu de volta, apesar da luz fraca percebi que seu sorriso fazia aparecer duas covinhas que eu nunca tinha reparado, ele pegou minha perna colocou em seu colo, e começou o processo de desinfectar

Ele passou o álcool, começou a arder demais.
Tudo isso somente com luz de duas lanternas.
Ele passou o algodão com álcool mais uma vez e fechei os olhos. Estava sentindo os meus olhos arderem, uma imensa vontade chorar surgiu, mas eu segurei o choro mordendo os lábios, o que chamou a atenção dele

Quando eu te conheci...Onde histórias criam vida. Descubra agora