AURORA

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Stephen me olha atentamente enquanto espera por minha resposta.

- Eu estava dormindo no quarto ao lado, e de repente ouvi alguns barulhos e resolvi ver oque era.
-falo andando de um lado pro outro, enquanto Stephen me olha com uma cara nada boa.

-Eu juro que não irei contar nada a ninguém, mas por favor deixe aquele garoto em paz! Você quase o matou.
- falo, sentindo minha garganta doer por causa do choro que estou tentando reprimir.

Stephen começa a rir de modo frio e de repente me prensa na parede.

- É óbvio que você não vai contar nada a ninguém.
- ele fala e me prensa com mais força na parede.

- E não, eu não irei deixar ele em paz! Vou terminar oque comecei, vou matar ele. E dessa vez você não vai interromper.
-ele fala totalmente frio.

Não consigo me conter e começo a chorar.
Como que ele pode ser tão frio a esse ponto? Não consigo entender. Eu jamais teria coragem de matar uma mosca, e ele fala que vai matar um garoto com maior cara de paisagem.

- Porra! Por que você sempre tem que chorar em?
- ele pergunta, e afrouxa seus braços em minha volta mas continua me prensando na parede, só que de modo confortável.

- Por que não consigo entender como você é tão frio ao ponto de dizer que vai matar alguém.
-falo, tentando me recuperar da minha crise de choro.

- A vida me me fez assim!
-fala mais pra si do que pra mim.

Enquanto ele está imerso em seus pensamentos, aproveito para olhar seu rosto que está tão perto do meu.

Como pode ser tão perfeito? Cada centímetro do seu rosto é lindo, como se fosse esculpido, pedacinho por pedacinho.

Olho cada detalhe atentamente, e então paro em seus olhos, que me encaram fixamente. Aquele olhar, que me transmite uma imensidão de sentimentos, onde me vejo perdida. Mas ao mesmo tempo que posso ver tudo, não vejo nada. É como se tivesse uma camada protetora, que esconde os mais profundos sentimentos!

E então posso sentir seu hálito quente e mentolado batendo em meu rosto, cada pelo do meu corpo se arrepia automaticamente. Uma corrente elétrica passa por meu corpo no mesmo instante.

Seus olhos param na minha boca e nesse instante sinto um calor percorrer meu corpo, ele se aproxima e desce seus lábios para meu pescoço, onde deixa leves beijos, que fazem meu corpo incendiar.

Suas mãos vão de encontro a minha cintura, onde ele aperta delicadamente, e minhas mãos vão de encontro a seu pescoço, onde eu faço carinho e vejo ele se arrepiar.

Ele faz uma trilha de beijos até o canto da minha boca, e nesse momento eu já estou nas nuvens, mas de repente como um trovão, os meus pensamentos me lembram que eu nunca fiz isso antes, e me bate um desespero.

Stephen percebe isso e me olha confuso, eu devo estar branca feito neve (oque já sou) ou vermelha feito tomate.

- O que foi?
- Stephen me pergunta.

- Hum... é que bem... eu...eu nunca fiz isso.
-falo totalmente envergonhada e baixo minha cabeça.

- Você nunca beijou?
-ele me pergunta, e quando olho pra ele, percebo que ele me olha incrédulo.

- N-ã-o.
- falo totalmente envergonhada e acabo gaguejando. Daqui a pouco vão achar que eu realmente sou gaga.

Stephen da um sorriso, e é a primeira vez que vejo dando um sorriso sincero. Sem ironia, raiva... qualquer coisa do tipo!

- Porra, você é fodidamente perfeita!
-ele fala e eu fico em choque. Não sei se foi por causa do "perfeita" ou por "porra e fodidamente".

E então ele se aproxima lentamente e sussurra em minha orelha.

THE BLOODSOnde histórias criam vida. Descubra agora