"Mesmo tendo riqueza e poder, como posso ser feliz sem minha filha."
— Palavras do pai verdadeiro de Yuuko depois de descobri que sua filha morreu novamente. —
Yuuko on:
Estar caminhando de um lado para outro nas ruas de Tokyo, era deprimente. Eu tinha perdido de vista William no caminho da escola até a sua casa. Já se tinha passado duas semanas desde a minha morte e parece que todos estão tristes por minha morte.
Eu não me lembrava de ter tantos amigos. Era verdade que eu era bem aberta aos outros, e facilmente fazia amigos. Poucos das pessoas que eu falei em minha vida eram realmente meus amigos, podia ser uma conversa e outra, mas não o considerava como amigos. Pois não posso fazer isso sem conhecer a pessoa completamente primeiro. E depois, os únicos amigos que gosto realmente são só 13. Cada um deles recebeu uma carta como eu fiz com William.
Estava escuro. Cada vez mais que dava um passo, mais medo eu tinha com isto. Nestes dias via fantasmas e yakashis. Mais quando um deles chegavam perto de mim, eles sumiram de minha frente. Se não fosse por esta reação, estaria morta e comida por um yakashis.
Todos os dias eram assim. Sozinha e solicitaria. Todos dizem que depois da morte se tem a vida eterna, isto é verdade. Mas por que ter uma vida eterna sozinha e sem ninguém que me ame? É chato. Seguir William todos os dias por aí sozinho e andar na escola sem ninguém poder te vê, é triste. Porém, promessas não podem ser descompridas, são promessas que temos que cumprir. E eu tinha que cumprir a minha. Quero estar ao seu lado porque o amo, mesmo depois da morte, sempre o amarei.
•••
As ruas continuavam escuras e cada passo que dava, menos medo eu tinha. Estava em direção ao templo budista onde diziam ser o lugar onde vive o deus yakashi. Antes de morrer eu ouvia das meninas falando que lá poderia conceder um desejo, mas nunca acreditei. Pois nunca pude estar lá. Todo caminho da escola que fazia junto com William, nunca passei por aqui antes. Minha própria mãe disse para nunca passar lá, nunca foi seguro. O caminho até este templo era um caminho longo. Longo que eu tinha que subir escadas de uma montanha cheia de árvores e mato, claro, e animais também. Como me perdi de William, não tinha o que fazer.
Quando tinha chegado nas escadas de pedra que davam para o topo da montanha, fiquei com medo. Eu não sei porque estava atraída para vim aqui. Mas quando estava numa esquina esquecita a poucas horas atrás da tarde, senti algo. Eu não sei porque mas ouvi um batimento de um coração dentro de mim. Era uma batida que ecoava na minha mente vazia. Como era um fantasma agora, eu não respirava mais e muito menos podia ouvir batidas de meu coração. Era triste. Gostava de me senti viva e de pensar em planos futuros. Mas por quê fui logo amaldiçoada para morrer tão jovem? Porquê?No caminho solário em que estava a andar, não se ouvia nada além dos meus passos. Passado tão pesados que até mesmo alguém vivo poderia ouvir. Ainda não tiro da minha cabeça por viver assim. Em todas as minhas vidas passadas, não consigo me lembrar depois da minha morte ou até mesmo da minha vida completa. Agora eu só consigo me lembrar de pequenas coisas simples que passava naquelas vidas. Como o tipo de família que tinha, meus amigos, cidades diferentes, países diferentes... Mas a única coisa que não mudava em todas estas vidas que tive era que William estava alí. Então todas elas. Eu só me lembro que todas as vezes que o via tinha um sentimento de alegria e paixão. Isto era ótimo. Pois isto diz que não morri tão triste assim. Eu não me arrependo de nada que fiz na minha vida, a não ser eu não ter dito que o amo. Que coisa patética de minha parte.
____ Meu coração... está batendo? — Eu digo ao parar bem no meio dos passos que dei. Eu tinha ouvido novamente o meu coração bater, mas desta vez foi diferente, foi forte. Delicadamente toco a região de meus seios, e acabo a tocar bem no meio deles. Era a melodia de meu coração.
Eu andei ainda mais rápido. Eu podia sentir o meu uniforme escolar se mexendo pelo vento. É algo inexplicável. Como pode ainda meu coração bater? A cada passo que dava e a cada degrau que subia, mais duvidas eu tinha. A montanha era bem alta e até eu chegar na entrada seria muito difícil. Porém, eu cheguei lá. Acho que quando cheguei no início das escadarias devi ter demorado muito tempo até chegar aqui, provavelmente andei muitas horas até chegar aqui. Lá estava eu, metrôs longe da entrada do templo. Depois de eu conseguir ver a entrada, eu pude andar calma. Eu dava cada passo curto para poder demorar ainda mais até chegar lá. O medo me consumiu por um momento. Tinha ficado parada a cinco degraus do enorme símbolo do templo. Por quê? Tinha uma raposa grande ali.
Era uma raposa branca maior do que eu e fiquei com medo. Lá estava eu parada poucos metros do animal. Eu dei um passo em falso e logo vi a raposa branca se mexer até mim. Eu acabei caindo no chão duro e quase que bato a cabeça em um dos degraus de pedra, mas fui salva pelo animal. A raposa tinha segurado com a sua boca a parte de minha blusa escolar. Eu fiquei sem entender muito quando o animal me ajuda a me levantar. Quando ele me soltou quase que me desiquilibrio de novo. Eu ajeito a parte de minha blusa, porque estava mostrando a parte de meus seios. Fiquei com vergonha no meio disto. Esperava que está raposa grande só fosse um espírito do templo, e se fosse um yakashi homem que sua aparência real é de um humano, estaria aflita.
____ Yako, deixe ela passar. — Era uma outra voz. Eu me virei e atrás da raposa grande apareceu uma mulher, não era uma mulher comum, era uma yakashi. Deveria ser a deusa daqui? — Meu mestre está a sua espera, Yuuko.____ Como sabe meu nome? E-espera! Você pode me ver? — Eu pergunto perplexa. Pensei que estas coisas não podiam me ver, já que William não podia.
A mulher que estava agora ao lado do animal tinha uma aparência encantadora. Seus cabelos eram longos e com as pontas do cabelo de vermelho e a raiz de amarelo. Parecia o sol seus cabelos, tirando que seus olhos são azuis. Ela com certeza era uma espírito raposa, porque pela presença de suas orelhas e pela calda... Não a dúvidas. O que achei mais lindo foi o kimono que ela usa, me lembra o kimono que já tinha visto uma vez quando criança. Acho que a já tinha visto em algum lugar, provavelmente em uma de minhas vidas ou até na minha primeira vida. Ela estava a se andar ainda mais dentro do templo, mas se virou por conta de minha pergunta. Desde a minha morte não confio em ninguém mais, mas para quê isso se ninguém consegue me ver? Eu olhava para ela e sem perceber via a raposa grande saindo da entrada do templo e indo ao redor em que estava. A raposa de nome Yako se aconchegou em mim, até que tive medo no início pois ela estava a me acarênciar. O animal estava a dar voltas em mim e depois lambeu o meu braço. Não foi uma sensação boa mas não ia falar nada.
____ Parece que o Yako reconheceu a sua dona... — Ela disse por fim a mim. Ela não parava de olhar para o jeito em que ele agia em me ver. Eu não consigo me lembrar direito de tudo, só me lembro da maldição e um pouco de minha história. A sensação que tenho ao estar perto desta raposa grande é boa, parecia estar segura. — E para a sua pergunta, sim, eu posso vê-la. Todos do mundo yakashi pode te ver, exceto o seu namorado. A maldição não permite que ele vê o seu espírito vagando pelo mundo até a hora de você reencarnar. E pelo jeito, desta vez você não morreu.
____ Como assim 'não morri'? — Eu pergunto para a mulher ainda parada na entrada do templo.
____ Você só está separada de seu corpo. Se conseguisse se lembrar, os assassinos que te mataram esqueceram de atingir o seu coração. Para que você não saiba, o seu coração é algo precioso. — Ela diz ao apontar para o meu peito com um leque de penas que aparece do nada.
____ O que você quer de mim?
____ Eu? Nada. Só estou seguindo ordens de meu mestre. Ele quer te salvar, princesa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Please, don't forget me. William.
Fantasy"William era meu melhor amigo e queria seu bem. Eu não o culpo por não ter feito nada para mim enquanto estava sendo chutada e torturada. Mesmo eu tendo morrido, continuo ao seu lado mesmo depois da morte." "Por quê? Porque o amo."