Capítulo 11

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Um pouco antes das onze, Anastasia estava no carro, a caminho do apartamento de Eileen.

Enquanto Christian estivera doente, por tão pouco tempo, ela sentira uma delicadeza nele, uma suavidade que desconhecia, mas que não tinha durado muito. Quando ela lhe dissera ao café que iria sair com Eileen, vira em seus olhos algo que lhe parecera raiva.

— Você tem que sair hoje?

— Não, mas vou sair. Por quê? Quer que fique aqui o dia inteiro plantada, esperando sua volta?

— Claro que não. — Seu rosto estava duro. Nada de errado com ele agora, pensou ela. Voltou à forma antiga. — Eileen não podia vir aqui?

— Não dá para fazer compras aqui, dá? Vou ligar para ela agora.

— Espere. Quer o carro?

— Para ir até lá? Não, é bem perto, prefiro andar. ..

— Prefiro que vá de carro.

Uma discussão não levaria a nada. Ela capitulou.

— Está bem, então vou de carro.

— E deixe Alfredo trazê-la de volta também.

— Não sou criança! Está pensando que preciso de pajem?

— Eu insisto. Não quero que ande por aí sozinha.

— Está bem, está bem!

Não tinha querido uma discussão, então, mas não tinha a menor intenção de obedecer. Era como se estivesse sendo vigiada. Abrindo o vidro que a separava do motorista, disse:

— Alfredo, vou fazer compras com uma amiga. Depois que me deixar, não vou mais precisar de você.

Pelo retrovisor, Alfredo, um nativo de Avala, muito cortês, olhou para ela.

— Madame? O sr. Grey me deu ordens expressas para ir encontrá-la depois das compras.

Sheiley sorriu:

— Eu sei, mas não será necessário. Não sei quanto tempo vou demorar e não quero vê-lo perder seu tempo à minha espera.

— O sr. Grey disse que ficasse à sua disposição o dia todo madame.

— Ah, foi, é? Ele quis ser amável, mas se esqueceu que nós, mu­lheres, somos terríveis, quando fazemos compras!

Anastasia riu, como se achasse ludo muito divertido, mas, por dentro, estava morrendo de raiva. Quem é que Christian pensava que era. Seu pai? Fechou o vidro de divisão com o motorista, pondo um fim na conversa. Já estavam no apartamento de Eileen; Sheiley se sentia como uma prisioneira, porém muito determinada.

Alfredo deu a volta no carro para abrir a porta e Anastasia acenou para Eillen, que estava no terraço.

— Madame... eu não gosto de desobedecer ao sr. Grey. . .

— Sei que não gosta, Alfredo, e admiro sua lealdade, mas não posso ficar presa. . .

— A qualquer momento, madame... no horário que a senhora determinar, estarei às suas ordens.

— Muito bem, então. Eu lhe telefono quando precisar de você. Muito obrigada por me ter trazido.

Tinha dito isso só para sossegá-lo, já que sua preocupação era evi­dente. No entanto, não tinha a menor intenção de chamá-lo mais tarde. Christian não podia obrigá-la a fazer o que ela não queria!

Abraçou Eileen, que disse:

— Vamos tomar algo gelado antes de sairmos, está bem?

— Ótimo, Eileen! Teve uma boa ideia!

Submissa a Christian GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora