Capitulo três

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Mary Evans

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Mary Evans

Minha mãe sempre falava que todos nós estamos ligados a uma pessoa por uma linha, e que essa linha podia enrolar, esticar, mas que nunca iria se partir. Ela dizia que essa pessoa que estávamos ligados era o nosso verdadeiro amor, talvez o único. Mamãe era uma pessoa apaixonada e que acreditava em destino.

Eu não acreditava nisso.

- Angel! - uma voz gritou a minha direta.

Não me dei ao trabalho de olhar naquela direção, continuei esvaziando meu armário. Quando ele chegou mais perto, se recostou no armário ao lado, o que provocou uma barulho alto.

Ele não falou nada por alguns minutos, o que me incomodou muito.

- O que foi, Martínez? - perguntei, virando-me para ele. Dava para sentir a irritação na minha voz.

Não dava para saber qual era a expressão no seu rosto, mas com certeza ele estava sério.

- Matthew. - ele respondeu simplesmente.

- O que? - uma careta de confusão tomava conta do meu rosto.

- Não me chame de Martínez. Isso é como todos me chamam, não quero que você me chame assim também. Então já que você pelo jeito não consegue dizer meu apelido de novo, me chame pelo meu nome.

Fiquei o olhando estática por alguns segundos. Por mim perguntei:

- Por que isso agora?

Ele deu de ombros.

- Estou só tentando... - ele não completou a frase, não precisava, eu sabia o que ele queria dizer.

Ele estava tentando recuperar nossa amizade. Eu não sabia o que dizer, nem o que pensar sobre isso. Notando meus sentimentos, Matthew trocou de assunto.

- Quer sair hoje a noite?

Mordi o lábio inferior. Essa pergunta não era só isso. E a minha resposta seria vital.

Eu queria reatar a nossa amizade? Mesmo sabendo que nunca seria como antes? Mesmo sentido todos esses sentimentos que eu sinto por ele?

A resposta escapou da minha boca antes que eu pensasse muito sobre isso.

- Quero.

Ele se desfez da sua expressão séria e abriu um sorriso de dentes brancos e alinhados para mim.

- Ótimo. Te pego as 19h. - piscou para mim e saiu andando, mas ainda virado para mim. - Tenha um bom dia, Angel.

Meu coração sempre batia mais rápido quando ele me chamava assim, desde que tínhamos oito anos, porque eu sabia o significado por trás daquele apelido.

Ainda é você? | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora