Capítulo quatro

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Mary Evans

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Mary Evans

Estou de olhos fechados, deitada nas arquibancadas, o sol esquenta meu corpo. Não está frio e nem calor. O dia hoje está ótimo. Bom, pelo menos o clima está.

Último dia de aula, último dia do ensino médio e eu passando meu horário de almoço sozinha nas arquibancadas do campo de futebol americano. Mas não me importo, a escola está virada em um zoológico — mais do que o normal — por causa do ultimo dia de aula. Alunos escandalosos e professores raivosos gritando uns com os outros. Prefiro continuar sozinha, obrigada.

Infelizmente meu desejo não se cumpre.

Uma sombra faz com que atrapalhe o sol de chegar em mim, me deixando com um pouco com frio. Primeiro eu acho que é alguma nuvem, mas então a sombra se mexe, largando um peso no banco abaixo de onde estou deitada, o que provoca um barulho.

Abro os olhos me deparando com Matthew Martínez me encarando.   

Invés do seu costumeiro casaco do time, Matthew está com uma camiseta branca e uma camisa flanela vermelha e preta, acompanhadas de um jeans claro e tênis pretos. Seus cabelos castanhos grossos e encaracolados estão bagunçados, seus olhos igualmente castanhos demonstram cansaço e ele contraí os lábios.

Como sempre o desgraçado está lindo.

— Por que almoçou sozinha? – ele pergunta, olhando para um pote vazio, onde jazia minha comida, no banco acima do meu.

— Não sei se você sabe, mas eu almocei sozinha o ensino médio inteiro. – ele contraiu os lábios de novo, mas eu apenas dei de ombros. Não me importava. — Achei justo que no último dia do ensino médio eu almoçasse sozinha também.

— Mas eu não acho.

Soltei um suspiro e me sentei, logo começando a arrumar minhas coisas de volta na mochila.

— Você deveria estar cercada de amigos agora, comemorando o último dia do ensino médio. E não jogada sozinha nas arquibancadas vazias. – ele estalou a língua, como se desdenhasse, ou talvez por achar injusto. — Mas foi escolha sua. Você escolheu se esconder de todos.

Levantei minha cabeça, me pondo em pé e olhando em seus olhos castanhos. Estávamos um de frente para o outro, eu no degrau mais alto e ele no mais baixo, fazia com que ficassemos da mesma altura.

— Exatamente.

— Por quê? – ele perguntou. — Por que resolveu se isolar de todos?

— Porque não queria repetir o que aconteceu da última vez que estivemos aqui juntos.

Coloquei a mochila no ombro, já começando a descer os degraus.

— Vai fugir como da última vez? – perguntou ele atrás de mim, quando eu já estava lá em baixo.

Ainda é você? | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora