6 - Normalidade

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Então a lembrança se desfez assim como todas as imagens em minha mente.

— Lembro-me disso bem — disse Lenna. — Você meio que surtou.

— Medo. Sempre tive medo do dia que ela descobrisse.

— Eu imagino — disse ela se sentando na cama. — Espera, vou pegar um pouco de água.

Então Lenna se levantou e saiu do quarto fechando a porta atrás de si, olhei pela janela, a brisa fazia com que a copa da velha goiabeira balançasse me levando novamente para aquela época. Onde tudo parecia ser mais simples. Onde eu era simplesmente feliz.

***

Silêncio.

Por três dias não houve uma única palavra direcionada a mim, era como se eu não estivesse ali. Minha mãe continuava em silêncio. Eu podia ouvir seu choro durante as manhãs e às vezes durante a noite. Ela fazia o que tinha pra fazer e voltava para o quarto. Era melhor eu deixar que as coisas se acalmassem, era o melhor a se fazer. Meu pai perguntava o que estava acontecendo, mas ela sempre vinha com a mesma desculpa de que não era nada. E eu continuava em silêncio.

O sol iluminava o meu quarto, abria os olhos devagar em protesto. Espreguicei-me e olhei para o céu azul de sábado pela janela de vidro e uma lembrança me veio à mente. "A lua estava no céu tingido por rastros de cinza em toda a sua extensão, estrelas brilhavam naquele mar negro..." enquanto o meu celular tocava, eu estava acostumado a ficar no quintal da minha casa olhando para o céu. Pensando em como tudo acabaria. Depois de um breve momento distraído olhei para a tela do meu celular. Lucas. Estendo a mão e atendo a ligação.

Oi, amor.

Oi falei desanimado.

Algum problema? Ele perguntou preocupado.

Bem, minha mãe descobriu a gente.

Como?

Não sei. Talvez ela tenha ouvido uma ligação ou visto uma das nossas conversas na rede social. Só sei que ela sabe e que não está falando comigo desde ontem.

Tudo vai se resolver, amor...

"É o que espero.", pensei por fim.

— Alex. — Minha mãe me chamou. "Ela voltou a falar comigo.", pensei e esbocei um leve sorriso.

Parecia que tudo havia voltado ao normal. Minha mãe me olhava novamente, conversava e brincávamos um com o outro como sempre fizemos. O dia passou rapidamente. A tarde havia chegado e eu estava no meu quarto lendo "A Menina que Roubava Livros", por alguma razão eu ria com os xingamentos que a mãe adotiva de Liesel a chamava, quando meu celular tocou.

— Amor.

— Oi, amor.

— Como estão as coisas?

— Bem. Minha mãe voltou a falar comigo.

— Que bom, amor — Não podia ver, mas percebi que ele esboçava um sorriso e como era bonito o sorriso dele. —, quero saber se você vem aqui em casa hoje...

— Vou sim, amor.

— Tá. Que horas você vem?

— Só vou tomar um banho e vou aí.

— Tá bom, quando chegar me avisa.

— Ok, amor. Te amo.

— Também te amo.

Desliguei o celular e o coloquei em cima da cama, fui para o banheiro e tomei um banho quente. Vesti uma bermuda e uma camiseta e saí de casa, o carro não estava em casa, então fui de ônibus. Eu teria que pegar dois ônibus para vê-lo, mas eu não me importava, eu o amava.

Chegando a sua casa fui direto para seu quarto, ele estava deitado sem camisa. O corpo branco, magro, mas atraente me fazia desejar tocar seu corpo imediatamente e quando ele me olhou esboçou um leve sorriso, mesmo parecendo estar com preguiça.

— Que coragem — ri comigo mesmo.

— Né? — Ele disse.

Sentei-me ao lado dele, nossos rostos se aproximaram e nossos lábios se tocaram, pude sentir a sua maciez, o gosto doce e o seu cheiro me inebriava. Eu estava no céu. Seus lábios pediam passagem e sua língua adentrou minha boca, não houve resistência. Éramos um só.

Depois do longo beijo, ele me puxou e me deitei com ele, começamos a conversar e nos beijar entre uma conversa ou outra até que a noite chegou. Eu o olhei nos olhos.

— Que foi? — perguntou ele vermelho.

— Nada. — sorri.

Abracei-o e o beijei intensamente, nossas mãos percorriam o corpo um do outro, minhas mãos acariciavam suas coxas e percorriam sua extensão. A mão dele desceu até a minha bermuda abrindo-a enquanto a minha mão adentrava por debaixo de sua bermuda, até que por fim abri a sua também. Fiquei por cima dele e comecei a beijá-lo com mais intensidade, descia seu pescoço o beijando, mordendo levemente. Desci mais, indo até seu peitoral, chupando seus peitos já enrijecidos. Continuei pela sua barriga enquanto minha língua o tocava deixando um leve rastro de saliva até chegar à barra da sua cueca.

Eleficou quieto, então voltei a beijá-lo com um sorriso malicioso no rosto. Emseguida desci novamente beijando e dando leves mordidas até chegar novamente àbarra de sua cueca, abaixando-a deixei que seu falo já rígido saltasse parafora. Sua cueca estava cheia de pré-gozo. Abri minha boca e comecei a chuparseu falo alvo, deliciava-me com toda a sua extensão e brincava com aquelacabecinha rosada. Minha boca sugava com movimentos de vai e vem enquanto elegemia de tesão e forçava minha boca para engolir tudo, eu passeava com minha língua esugava intensamente até que ele gemeu alto e inundou a minha boca com o seu néctarquente e delicioso. 

Querido Diário | Livro I | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora