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Bakugo Katsuki e os sentimentos abandonados.

  Estava preparado para gritar um "que porra está fazendo aqui", mas ele foi mais rápido, me atacou com um beijo bruto o que o me fez desistir do grito, incomodado retribui o beijo.

  —  Oe! Deku! —exclamei o pegando pelos ombros— O que que você ta fazendo? —o encarei sem acreditar que logo ele estaria invadindo minha casa. Ele se balançou um pouco e se soltou do aperto com um sorriso safado no rosto.

  — Só estou fazendo o que fazíamos antes Kacchan! —me beijou novamente. Ele estava brincando com meus sentimentos? O que estava acontecendo?

  — Para Deku! —comecei o segurando— O que você tá fazendo aqui? Além do mais, você terminou comigo a anos, o que é isso agora? —questionei confuso.

  Meus instintos de adolescente não me ajudava naquela hora, meu corpo esquentava cada vez que ele se aproximava, minha mente me insistia em lembrar de cada momento quente que tivemos no passado. Isso era torturante.

  — Cala a boca Kacchan! —me chamou pelo apelido, este que me fez arrepiar.— Só segue o fluxo! —disse, meu corpo dizia que sim, mas minha mente estava relutante, mas porque não? Posso finalmente provar deste corpo mais uma vez e então abandonar completamente meus sentimentos e desejos carnais por ele, poderia dar certo? Sim, mas também posso me viciar ainda mais. Parei de pensar e o beijei.

  Minha mente me lembrava que ele era um assassino agora e que eu deveria ignorar esses desejos e talvez me divertir sozinho, mas eu sei, em algum lugar de mim, que ele é bom. A culpa ainda me consome, mas estava sendo bom por esses segundos, sentia-me um tanto quanto vivo, sem demorar levei as mãos a cintura dele, e ele agarrou meu pescoço.

  Lembrei-me da porta aberta, então a fechei com o pé e o direcionei a minha cama, fui empurrado para baixo dele e então continuamos a nos beijar, sem vergonha coloquei a mão dentro do seu moletom, mas logo ele parou e me olhou.

  — Faço o que você quiser se me der um pouco do seu sangue. —falou, meu corpo se contraiu e um sentimento de vazio me preencheu, claro que teria um preço, pensei rápido e inverti as posições. Tudo que eu não queria agora era pensar nessas coisas.

  — Um pouco é? —debochei.— Vamos nos divertir, Deku. —falei voltando a lhe beijar.

  Era triste que aquilo tudo não tinha um sentimento mútuo, era triste para mim, algo em mim desejava que, de alguma forma, ele veio aqui para ficar comigo novamente, ainda não sei porque fico me iludindo assim, sentia meu peito arder com os pensamentos enquanto esquentava com o beijo, uma dolorosa combinação.

  Resolvi então aproveitar, ele estava aqui porque queria algo e pagava com seu corpo, me senti meio péssimo por isso, mas ele quis, quero ao máximo esquecê-lo e então seguir minha vida, mas ele empatava isso.

  Beijei o pescoço dele o vendo arrepiar, suguei e mordi, e logo puxei o moletom para que ele tirasse vendo o corpo magro e pálido que ele tinha, parei um pouco para olhar bem todo o torso dele, era bonito, pequeno, magro, parecia que poderia quebrar de tão delicado, as lágrimas de hoje mais cedo ousavam em voltar, as segurei confirmando para mim mesmo que ele nunca iria voltar para mim e que estava tudo acabado, tinha que aceitar isso, além quem negativo com negativo da positivo.

  Beijei o peito dele e comecei com as sucções sentindo meu membro ereto encostar ao dele, também duro. O senti mexer um pouco a cintura fazendo-me arfar junto dele, céus eu estava tão duro que doía.

  Desci os beijos até chegar a calça que ele usava, desabotoei e me livrei dela juntamente da cueca, lambi toda a extensão do membro dele e comecei a sugar e passar os dentes, continuei os movimentos aumentando a velocidade ao decorrer que ele se contorcia na cama.

  Estiquei meus dedos até perto de seu rosto, e ele já sabia o que fazer, abocanhou os dedos lambendo-os me fazendo ficar mais duro ao imaginar essa boca no meu pénis. Quando meus dedos estava molhados o suficiente, enfiei um dedo na sua entrada e depois de um tempo, coloquei mais um.

  Fazia movimentos de tesoura enquanto ouvia os gemidos abafados pelas mãos deles, eu de fato não podia pedir para ele se soltar, meus pais estão em casa afinal.

  Quando ele estava devidamente preparado, me livrei da camisa, tirei a calça jogando-a em qualquer lugar do quarto, tirei a cueca e com calma coloquei todo meu membro dentro dele, começando então, sem esperar, a me mover. Se eu estava desesperado por contato? Oh se estava.

  Meus movimentos começaram lentos e provocativos, e ao decorrer do tempo eu ia aumentando a velocidade, ia o mais fundo que conseguia naquela posição, e depois de um tempo indo e voltando, vi ele se desfazer nos sujando, sem demorar muito, soltei aquele líquido branco e viscoso dentro dele.

  Me deitei na cama respirando fundo. Foi incrível? Foi. Consegui apagar meus sentimentos por ele? Ainda não. Isso é um problema? Com certeza.

— Kacchan, você lembra do trato não é? —perguntou um pouco ofegante sentando na cama cobrindo metade do seu corpo nu.

— Aham. —respondi esticando o braço com o outro cobrindo meu rosto enquanto ofegava um pouco. Ele puxou o lençol descobrindo meu corpo, resmunguei mas logo cobri o rosto de novo, ele saiu da cama com o lençol e não pude ver ao certo o que fazia. Senti a cama afundar um pouco me avisando de sua volta,  pegou meu braço e  o apoiou na sua perna, e sem demorar muito senti a agulha entrando na minha pele.

Resmunguei incomodado com a leve dor que senti, e o senti sair da cama. Logo senti seu corpo nu sentar em meu colo, tirei o braço do rosto o encarando, ele sorria, se inclinou e falou no meu ouvido

— Ei, kacchan, quer um segundo round? —perguntou, sorri pensando que poderia finalmente esquecê-lo.

— O que você quer han? —perguntei o colocando pro baixo, gosto de controlar esse tipo de situação.

— Informações sobre o festival esportivo da sua escola! —respondeu. Dei um sorriso e então ataquei seus lábios num beijo feroz, e tudo aconteceu de novo.

  Depois de compartilhar tudo o que ele queria saber, o vi indo embora pela janela, o perdi de vista naquela imensidão de luzes e sons de Tokyo a noite. Senti um aperto no peito e as lágrimas voltarem a cair, o problema de quase nunca chorar é que quando você começa, não para, uma dor irritante começou a me perturbar, fiquei na janela encarando a cidade iluminada sem expressão só deixando tudo sair em meio de soluços e lágrimas. Estava confiante que finalmente eu poderia deixa esses sentimentos para trás e quem sabe seguir em frente. Soquei de leve a parede e troquei os lençóis da cama, me joguei sentindo o cheiro de fronhas limpas feliz que não havia mais nenhum vestígio dele aqui.

  Coloquei uma cueca e me joguei na cama novamente sentindo meus olhos pesarem e as lágrimas voltarem.

Os Beep's de Kirishima [KIRIBAKU/BAKUSHIMA] Onde histórias criam vida. Descubra agora