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Me pegou.

[capitulo curto, desculpa]

  — Ah vai, nem foi tanto assim. Você ganhou, não deveria estar feliz com isso? —cruzei os braços me encostando na parede.

  — Aquele. —deu um soco.— Meio a meio. —mais um.— Idiota! —socou a parede com mais força. Suspirei sem entender o motivo de tanta raiva.

— Pra que isso tudo? —perguntei finalmente não querendo ver os punhos de Katsuki sangrarem ao ponto de escorrer.

— Ele ficou todo fogoso depois de ser usado de "escudo humano" pelo cabelo de mato, —lembrei de Midoriya Izuku.— Mas aí quando é pra lutar de verdade ele de segurou todo. O que é isso? Tesão por um mato? —soltou furioso. Segurei a respiração por uns segundos ao ouvir Katsuki, que antes não conseguia nem falar o nome do garoto direito, o xingando de tal maneira. Talvez ele ainda tenha o sentimento de querer ser superior a ele. Soltei o ar preso e me aproximei dele. Segurei seu braço e apoiei a testa em suas costas.

— Katsuki, relaxe um pouco, ok? Socar a parede não vai te deixar menos irritado, tente fazer algo que te distraia. —pedi.

— Tipo? —perguntou.

— Ah, não sei. —respondi respirando fundo e levantando a cabeça. Coloquei as mãos no maxilar dele e o virei com calma para minha direção.— Tipo isso. —beijei seus lábios calmamente o segundando pelas bochechas.

  Eu sabia que estava lidando com uma pessoa de certa forma bruta. Tive mais certeza ao quase ser arremessado contra a parede por ele. Seu beijo era forte, calmo e ao mesmo tempo rápido. Ele era selvagem e domesticado.

  Se separou dos meus lábios me deixando ofegante e irritado pela separação, abaixou a cabeça e lambeu meu pescoço me fazendo arrepiar, no mesmo lugar deu uma mordida que provavelmente iria marcar.

  — Voltando para onde paramos. O que quer que sejamos? —perguntou me olhando pelos olhos. A memória da nossa conversa antes do festival começar veio em mente. Meu rosto esquentou.

  — V-Você sabe. —falei baixo desviando o olhar.

  — Sei? —perguntou. Ah tá de palhaçada né.

  — N-Namorados. —murmurei.

  — Se é o que deseja. —beijou meu pescoço, e então o chupou. Meu coração já estava acelerado pelo beijo, agora com essa resposta eu estou prestes a ter um ataque cardíaco. Segurei seus cabelos e inconformado o puxei para beija-lo.

  — Eu sabia! —gritou uma voz nem tanto distante de nós. Viramos rápido olhando quem quer que tinha atrapalhado nossos beijos. Kaminari Denki segurava o celular e sorria.— Dessa não tem como mentir, Kirishima. —franzi as sobrancelhas. Levantei os braços em rendição.

  — Me pegou.

Os Beep's de Kirishima [KIRIBAKU/BAKUSHIMA] Onde histórias criam vida. Descubra agora