Rendidos

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Saímos todos do bar e o grupo todo se dividiu em carros e motos para irmos até o local onde os canibais se reúnem para finalmente colocar o plano em ação! Chegamos no local, e era o mesmo lugar de quando viemos resgatar o Archie, e como antes havia um homem de guarda na frente do portão de metal fazendo guarda para os canibais.
- Ninguém tem a autorização de entrar! – respondeu o homem com a voz tremula, que aparentemente estava com medo diante de tantos serpentes.
- Ou você abre por bem, ou abrirá por mal, e se eu fosse você ficaria com a primeira opção! – respondeu Fp com um tom de deboche. Depois de ter dito aquilo o homem abriu o portão sem mais delongas e enquanto entravamos, um dos serpentes ficou com ele para que ele não alertasse os outros canibais. Andamos pelo corredor e já dava para ouvir as vozes vindo de uma sala, provavelmente a mesma em que a mãe do Jug nos levou da outra vez.
- Por onde vamos?! – perguntou Toni que estava na frente.
- Vem por aqui, eu e a Betty já estivemos nesse lugar! – falou Jug segurando minha mão e tomando a frente do grupo para que eles nos seguissem.
- Como assim vocês já estiveram aqui?! – perguntou minha mãe.
- Mãe, isso não é hora! – respondi tentando desconversar. Continuamos andando, até que chegamos na sala, que estava com a porta fechada e pelo barulho havia muitos deles lá dentro, e isso era perfeito para o plano!
- Todos preparados?! – perguntou Fp abrindo a bolsa e pegando uma faca de dentro, e cada serpente fez o mesmo que ele e cada um deles tinha um canivete um diferente do outro. 
Aquele não era o melhor plano do mundo, mas era a nossa única salvação, então por mais preocupada que eu estivesse eu tinha que ir em frente junto com eles, mesmo sem saber o que fazer! Depois que cada serpente pegou um canivete, inclusive minha mãe e o Jug, eles se posicionaram todos em frente a porta e deram um chute a abrindo bruscamente.
- Mas o que é isso?! O que vocês pensam que estão fazendo?! – gritou a mãe do Jug que estava sentada em uma mesa, onde estavam todos os canibais em volta.
- Viemos acabar com essa palhaçada! – respondeu Fp dando um sinal para cada um, que foram em seguida rendendo cada canibal com a faca no pescoço, a minha mãe não conseguia disfarçar a raiva, e segurou firme nos cabelos da mãe do Jug colocando o canivete posicionada no pescoço dela.
- O que vocês pretendem fazer?! – perguntou ela gaguejando.
- Você não queria sangue por sangue?! Viemos resolver isso de uma vez por todas, só que do nosso jeito! – respondeu minha mãe.
- Mas se vocês forem bonzinhos, podemos negociar... – acrescentou Fp a olhando sério.
- E o que vocês querem?!
- Cada um de vocês a partir de agora vai se aliar á nós, virando todos serpentes do sul! – falou Fp.
- Isso jamais! E vocês não teriam coragem de me matar não é mesmo Jughead, você teria essa coragem de deixar uma vadia matar a sua mãe?! – perguntou ela debochando.
- A minha mãe que queria matar meu próprio filho por vingança?! Não seria tão difícil de aceitar isso... – respondeu ele dando um sinal com mão, e todos os serpentes que estavam rendendo os canibais apertou mais um pouco a faca nos seus pescoços.
- A escolha é de vocês seus imbecis! Sejam nossos aliados em um grupo onde todos são importantes, ou morram como canibais covardes! – gritou Sweet Pea.
- Eu me rendo! – gritou um canibal colocando suas mãos para cima.
- Eu também! De hoje em diante serei um serpente... – falou outro, e nesse mesmo embalo um a um foram se rendendo e se juntando a nós!
- Vocês são inúteis! Só a Penny merecia ser uma canibal! – gritou a mãe do Jug ainda resistindo e com a minha mãe atrás dela a segurando e a mantendo refém.
- Desista mãe, os canibais já eram! – falou Jug soltando a minha mão e se aproximando dela, que em um piscar de olhos ela virou o braço da minha mãe o torcendo e pegou a faca que estava posicionada em seu pescoço, e apontou para o Jug.
- Ninguém se mexe ou eu o mato! – gritou ela apontando a faca no peito dele.
- Saí de perto dele agora! – gritei a olhando com toda raiva que eu tinha dentro de mim.
- Ou você vai fazer o que?! Você é tão inútil quanto a sua mãe! – retrucou ela apertando ainda mais a faca nele.
Cada palavra dita por ela entrava dentro de mim de uma maneira em que eu queria pular no pescoço dela e tirar o Jug de perto desse mostro, ver a faca apontada no peito da pessoa que eu mais amo não me deu escolhas a não ser recorrer á um ponto em que eu não gostaria de chegar, mas era necessário, ela estava no controle e isso não poderia acabar assim! Eu levantei minha blusa e peguei a arma escondida na minha calça que eu havia pegado antes de sair, e apontei para ela que quando viu apertou a faca de um modo que saiu gotas de sangue pela blusa do Jug e aquilo não me deu escolhas a não ser atirar! O barulho do tiro foi estrondeante dentro daquela pequena sala onde estávamos, todos me olharam assustados, pois não sabiam que eu estava com uma arma, aliás eu não havia contado para ninguém que tinha pego! Eu comecei ver tudo em câmera lenta, e os sons estavam cada vez mais distantes de mim, deixei a arma cair da minha mão e em seguida desmaiei.

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