Eu me policio tanto sobre como eu devo agir e me portar que isso me cansa. Eu estou exausta de ser isso ou aquilo, NÃO, eu não sou o que vocês esperam, NÃO, eu não sei o que eu sou, nem devo isso a ninguém.
O processo de auto descobrimento e longo, pelo menos no meu caso, muito mais demorado do que eu achei que fosse, e acho que nunca estará completo, imagino que chegue uma hora que eu diga a mim mesma: chega, eu não preciso de mais respostas, eu posso continuar assim. Mas até lá eu quero experimentar, quero ver as diversas versões de mim, tomando meu corpo, mente e alma como um eu completo, independente do quão feminina ou desleixada, divertida ou concentrada eu estou hoje, continuo sendo eu.
As vezes a vida e apresentada como "somos o que aparentamos". Mas não, no momento eu estou assim ou assado, assim como um rio eu não sou continua, tenho meus dias de cheia e de baixa. Mas eu não me contenho, para quer ser um rio se a minha mãe e natureza, eu posso ser rochas ou montanhas, pássaros ou ate mesmo o céu. Se seu olhar sobre mim foi negativo, me perdoe mas o problema e seu.
Eu me dou muito bem com meu infinito de possibilidades, mesmo se um dia ou outro ele não estiver nos conformes, tudo bem, ele ha de se adaptar. Agora não venha me prender a uma cara ou a um modelo que não me representa. Se um dia eu não fui mais minha do que eu sou hoje, eu perdoo aquela versão, entendo a necessidade dela, e que ela não tinha noção do universo que mora dentro de mim. Assim como a eu do futuro ha de me perdoar pelas diversas falhas que eu tenho hoje, e isso e ótimo.
Seja ela fada, feia, bruxa, linda ou puta, ela e única, ela e perfeita.
30 de abril de 2019