Fogo no escritório

Bruna, uma jovem secretária, estava trabalhando no escritório de contabilidade de seu Miguel, um homem já aposentado, mas que ainda insistia em exercer a profissão.

O dia estava muito quente e o único ar-condicionado do local ficava na sala de seu Miguel, na recepção havia apenas um ventilador, e o mesmo estava quebrado, não tinha o que fazer, a não ser passar muito calor. Decidiu então, desabotoar alguns botões de sua camisa branca, e começou a se abanar, Bruna sabia que naquela época do mês ninguém procurava o escritório, e seu Miguel só sairia de sua sala ás 18h, que é quando ele volta para casa e o seu expediente acaba.
Eram quase três da tarde quando Bruna começa a sentir um leve cheiro de queimado, até então achou aquele cheiro normal, seu Miguel às vezes fumava dentro de sua sala e o cheiro da fumaça chegava até a recepção. Meia hora se passou e o cheiro se tornou mais forte e a fumaça mais densa, ficou preocupada e foi em direção a sala do seu chefe, esquecendo se de abotoar sua blusa.

Através da porta pode ouvir algo crepitando, poderia ser algo pegando fogo, pôs a mão na maçaneta para abrir a porta, e acabou queimando os dedos, desesperada, pegou a barra da camisa para desta vez proteger seus dedos. Girou a maçaneta e abriu a porta, com contato de mais oxigênio na sala que estava pegando fogo houve uma explosão e com a onde de choque Bruna foi arremessada contra a parede e fica inconsciente enquanto o escritório começa a ser devorado pelas chamas.
Bruna sente que está sendo carregada por alguém forte, mas não lembrava ou sabia o que estava acontecendo, estava completamente desorientada, seja lá quem a estivesse segurando, a secretaria simplesmente segurou firme e começou a chorar.

- Moça, você ficará bem, não se preocupe. - disse uma voz baixa e num tom reconfortante perto do ouvido de Bruna. – Moça, eu preciso que me diga o seu nome e data de nascimento, e o que aconteceu, sou a Tenente Martins, mas pode me chamar de Helena, e eu te tirei do incêndio.

Estavam dentro da ambulância a caminho do hospital da cidade vizinha, pois o de sua cidade estava em greve e não havia funcionários trabalhando e levaria pelo menos trinta minutos para chegarem. Bruna estava voltando aos poucos a sua sã consciência, precisou de alguns instantes para poder responder as perguntas da Tenente.