Reencontro

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Helena, estava atravessando a rua enquanto falava ao celular, por isso não viu o carro em alta velocidade virando a esquina, Bruna viu a cena toda em câmera lenta, sabia que se ficasse parada Helena poderia morrer atropelada, então Bruna saí em disparada e puxa a Tenente pelo braço fazendo as cair na calçada, e bem a tempo, antes que o carro a atingissem.

Bruna acaba caindo por cima de Helena, quando ambas levantam a cabeça, acabam se encarando, olhos nos olhos, ficaram assim, imóveis por alguns instantes, tentando entender o que havia acontecido. Bruna salvara Helena de uma morte certa.

Passado o choque inicial, ambas se ajudaram a levantar, Helena segurou as mãos de Bruna e começou a agradece la por ter lhe salvado a vida. Emocionada só conseguia dizer repetidamente, obrigada.

- Não precisa agradecer Tenente Martins, só retribui por ter me salvado há um tempo. – Bruna sorriu timidamente. – Era o mínimo que eu poderia fazer por você.

- Então estamos quites moça, tudo bem? – disse Helena sorrindo de orelha a orelha. – Você está ocupada? Se estiver tudo bem, mas se estiver livre gostaria de tomar um café, talvez? Ou só dar uma volta? Ou não? Estou tagarelando não é mesmo?- E coçou a nuca, mostrando estar um pouco constrangida, por encher a moça de perguntas, mas também estava ansiosa para que Bruna aceitasse.

- Claro, podemos dar uma volta e atravessando a praça tem uma barraquinha que vende raspadinhas, está fazendo calor, o que você acha? Gosta de raspadinhas?

- Eu amo raspadinhas, então vamos, me mostre o caminho.

As duas mulheres estavam para atravessar a rua, quando um carro passa devagar, e o motorista que estava de boné e óculos escuros passa encarando as duas, o que fez Bruna sentir um arrepio estranho, como se algo ruim estivesse para acontecer.
Bruna e Helena foram conversando sobre assuntos como, quais são suas comidas, tipos de filmes, musicas favoritas, e descobriram que a raspadinha de groselha é a favorita das duas. Muitas risadas, e passaram se horas enquanto conversavam.

- Lena esqueci-me por completo da minha loja, e deixei minha funcionária lá sozinha, meu Deus, ela deve estar morrendo de fome. – Bruna estava mesmo preocupada com sua funcionária, então helena disse que estava tudo bem se ela voltasse para a loja, e elas talvez se esbarrassem novamente, algum dia.- Você estará ocupada agora a tarde Lena? Eu gostaria de te convidar para conhecer minha loja.

- Eu adoraria, sempre fui fã de artistas plásticos, ainda mais quando é uma artista linda como você. - depois que Helena disse isso ficou corada- eu falei isso alto, não é?

- Tudo bem, também te acho linda e interessante, então, vamos? – Bruna pegou Helena pela mão e foram caminhando em direção à loja Artes & Cia – Minha Arte, sua Alegria.

Helena a principio ficou surpresa pela atitude de Bruna, mas logo que a surpresa passou a tensão sexual aumentou, poder sentir a mão macia e um pouco suja de tinta e com pequenos cortes segurando a sua, o olhar que ao mesmo tempo é meigo também é safado, e o sorriso que deixaria qualquer um louco de paixão, tudo isso numa única mulher, era demais para a Tenente Martins, que estava caindo de amores por Bruna desde que a salvara há um tempo.

Fogo no escritórioOnde histórias criam vida. Descubra agora