- Meu nome é Bruna Figueiredo, nasci em 02/09/1994, e eu estava trabalhando quando senti um cheiro de fumaça, não dei importância, pois seu Miguel sempre fuma dentro da sala dele, quando percebi que o cheiro havia ficado mais forte e a fumaça tinha aumentado corri para a sala dele e abri a porta e depois disso só me lembro de vagamente de estar sendo carregada para fora.
- Nós podíamos ser gêmeas Bruna, eu nasci na mesma data que você- Tenente Martins, ou melhor, Helena, deu um meio sorriso, o que fez algo dentro de Bruna derreter. – Moça, você sabe a sorte que teve por eu e meu parceiro estarmos passando por aquelas redondezas? Nós tínhamos nos perdido, e nosso comandante mandou outra ambulância no nosso lugar e acabamos ouvindo a explosão e fomos ver o que tinha acontecido.
- Eu agradeço muito pelo que você fez por mim e pelo seu Miguel... Onde está o seu Miguel? Ele está bem? – Bruna só se lembrou de perguntar sobre seu chefe agora, e logo chegou a uma conclusão obvia. Seu Miguel estava morto, não tinha como ele escapar com vida daquela explosão. – Ele está morto, não está?
- Olha senhorita Figueiredo, não teve como verificar se havia mais alguém no local, assim que tirei você de lá, houve uma explosão maior ainda, e se tivesse mais alguém por lá, com certeza não sobreviveu. Sinto muito.
Bruna chorou um pouco, e talvez pelo choque de saber que seu local de trabalho estava devastado e que possivelmente seu chefe e aparentemente uma pessoa muito querida pela moça esteja morto, fez com que ela desmaiasse e Helena ficou comovida e passou a fazer cafuné em Bruna, até chegarem ao hospital.
Chegando ao hospital Bom Jesus da Conceição, Tenente Martins deixa todos os dados da paciente com os enfermeiros e antes que levem Bruna para dentro, Helena vai se despedir, coisa que normalmente não faz, mas aquela moça mexeu um pouco com ela e não sabia o que era ainda.
- Moça, eu espero que você fique bem, a gente se vê por aí. – disse isso segurando a mão de Bruna.
- Também espero... – ia respondendo, mas acabou desmaiando novamente.
Bruna queria dizer que também esperava que ficasse bem e que gostaria de rever a Tenente Martins, ao menos mais uma vez para poder agradecer por - ter salvado sua vida.Meses após a explosão, Bruna se tornara dona do próprio negocio, um ateliê onde ela e uma funcionária pintavam telas e faziam artesanato com diversos materiais, e só pode abrir esse empreendimento graças ao dinheiro da indenização que recebera devido ao acidente.
Era uma manhã tranquila, então decidiu deixar a loja com sua funcionaria e foi dar uma volta pela tranquila cidade, estava andando distraída, observando as flores nos pequenos jardins da vizinhança, vendo as crianças rindo e brincando na pracinha, mas algo dentro dela a fez sentir que deveria olhar para trás.
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Fogo no escritório
Historia CortaEram quase três da tarde quando Bruna começa a sentir um leve cheiro de queimado, até então achou aquele cheiro normal, seu Miguel às vezes fumava dentro de sua sala e o cheiro da fumaça chegava até a recepção. Meia hora se passou e o cheiro se torn...