Capítulo 38 - O Velho

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A escuridão estava por todos os lados, mas eu podia ver um pequeno ponto brilhante ao longe que por alguma razão era familiar, comecei a caminhar em direção ao ponto brilhante e quanto mais eu chegava perto mais aquele ponto brilhante ficava maior, ate que tomou a forma de uma porta. 

Essa porta era muito familiar eu sinto como se eu já estivesse estado aqui antes. Depois de um breve momento de hesitação eu passei pela porta.

"Bem vindo ao limbo!"

Assim que eu passei pela porta eu encontrei uma sala estranhamente familiar e uma voz familiar me saudou. Um velho de cabelos e roupas brancas estava sentado em um trono branco e olhando para min com uma expressão zombeteira no rosto.

"Quem é você? -Perguntei.

"Você já me conhece, afinal já esteve aqui antes! - Disse o velho.

Como se as palavras do velho fosse algum tipo de chave, ela destrancou as memorias que eu nem sabia que havia na minha mente. Da primeira vez que eu morri, foi esse velho me mandou para o outro mundo, na ocasião ele me disse que eu poderia fazer três pedidos e os que eu fiz foram: 

Ir para um mundo onde a força individual é tudo, voltar ao meu corpo de quando eu tinha 13 anos e ter mil anos de vida.

"Ei você não cumpriu meu pedido de ter mil anos de vida. - Eu disse ao velho.

"Eu te dei uma vitalidade de mil anos, mas você não foi competente para mantê-la. - Disse o velho ainda com uma expressão zombeteira.

"E como eu vou saber se isso é verdade, além do mais eu não lembro de ter pedido nada." - retruquei.

"Vou lhe mostrar o momento em que você perdeu a sua vitalidade." - Disse o velho.

Na minha frente uma imagem apareceu no ar ela mostrava claramente o momento em que eu estava no ninho das Serpentes do Submundo e havia um jovem ao meu lado e havia um fluxo de energia dourada que saia do meu corpo e entrava no dele...

"Droga! - Eu praguejei frustrado.

"O que você aprendeu, na sua ultima vida? - O velho perguntou.

"Por que eu deveria lhe dizer alguma coisa? - Eu disse.

"Se você me disse eu deixo você tentar mais uma vez. - O velho disse.

"Na verdade eu não prendi muito, eu tentei ser uma pessoa melhor e redimir os meu pecados, mas minhas próprias ações as vezes refletiam totalmente o oposto, após descobrir isso eu tentei viver somente por mim, e mesmo assim eu continuei sentindo que algo estava fora de lugar, no final a única coisa boa que eu obtive foi um amigo em que apesar de conhecer a pouco tempo eu sabia que podia confiar. - Sem hesitar eu disse tudo o que eu pensava, não fazia sentido mentir, afinal ele ate mesmo me mostrou cenas que aconteceu comigo que eu não lembrava direito.

"Tudo bem, E agora deseja um chance em um mundo diferente dessa vez? Como antes você tem três pedidos. - Disse o velho.

Eu tenho que pensar bem, eu posso fazer três pedidos, mas o velho escolhe todo o resto então é natural que ele vá tentar me ferrar.

"Eu quero:

Voltar para o mundo de cultivo de antes. (Afinal eu custei a conseguir um amigo, eu não quero perde-lo assim)

Voltar para o mesmo lugar no tempo em que eu estava antes. (Algo me diz que seu eu não pedir isso esse velho vai me jogar em outra época daquele mundo. Dessa forma e garantido que eu encontrarei Wang Li)

Permanecer com as minhas memorias. (Dessa vez eu quero lembrar de tudo.)

"Boa sorte! - Disse o velho com o mesmo sorriso zombeteiro no rosto.

Logo uma luz familiar cobriu todo o meu corpo e me deixou inconsciente. 

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Pa!

Eu acordei com chute na barriga, eu me levantei apressadamente me preparando para lutar, mas a pessoa na minha frente não era um inimigo conhecido.

"Acordem vocês estão sendo esperados no campos de treinos. - Disse a pessoa que havia me dado um chute.

Ao meu redor havia vários outros jovens, que estavam se levantando assustados, algo esta errado!

"Eu tenho duas mãos! - Eu disse em choque.

"Você esperava ter quantas mãos maldito retardado, três? - Disse a pessoa que havia me dado o chute. 

Risos abafados soaram no local, eu ainda estava surpreso mas ao reparar meu corpo atual um pouco mais e a triste verdade apareceu, esse não era o meu corpo.

Para ser mais exato aquele velho maldito me colocou em outro corpo com a mesma idade. 

"Merda!"

Seguindo os outros jovens nos fomos levados ate uma grande área aberta, nessa área havia varia troncos de madeiras em formas de cruzes, eu inicialmente pensei que poderia ser um cemitério, mas eu logo percebi que não era esse o caso, ao redor desse campo havia vários barris com espadas de madeiras dentro deles.

Nesse momento.

"Atenção! Nos somos a divisão Sasaki do Exercito! Suas  casas e suas vidas agora pertencem ao Império da Espada, a partir de agora vocês treinarão para fazer parte do mesmo exercito que destruiu e matou os seus familiares, se vocês desejam vingança se tornem mais fortes para consegui-la, somente o forte pode triunfar, os francos não podem nada. Peguem uma espada e treine, somente a força pode impedir que algo seja tirado de vocês novamente."

Todos os jovens pegaram uma espada de madeira e pararam de frente  a uma das cruzes, na nossa frente um homem que nos olhava fixamente disse:

"Meu nome é Kor! Hoje vocês iram fazer cinco mil balanços de espada aquele que fracassar será castigado com rigor. Agora comecem!"

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Para os primeiros 100 balanços que eu fiz, em cada um deles eu xinguei aquele velho de branco maldito, além de não me dar o meu corpo ele me colocou a milhares de quilômetros do Império do Dragão Vermelho. Além do mais esse corpo e ainda mais fraco do que o meu antigo corpo.

No final já era madrugada e eu já não conseguia levantar meus braços, a maioria dos jovens como eu não conseguiram balançar esse pedaço de pau cinco mil vezes, o nosso castigo foi puxar enormes arados de madeira dentro de uma enorme área de plantio. 

Cada arado precisava da força conjunta de 4 pessoas para ser movido,  os sulcos deixados no solo eram preenchidos com sementes por algumas mulheres que pareciam que também haviam vindo das aldeias recém conquistadas. 

Os dias se passaram e essa rotina se repetiu, gradualmente o mestre Kor nos ensinou a postura correta os golpes mais eficazes e ate alguns golpes mais elaborados. Curiosamente os maltratos eram raros, aqueles que sofriam era aqueles que tentavam deliberadamente fugir ou tentavam sabotar os outros de alguma forma, eu cheguei a presenciar um jovem que tentou golpear um soldado com sua espada de madeira o soldado simplesmente desviou do golpe e contra - atacou deixando um corte na testa do jovem e depois o jovem foi elogiado por sua coragem pelo mesmo soldado que ele atacou e como castigo ele foi enviado para trabalhar nos campos.

Era um tipo estranho de conduta, era como afiar os dentes do Leão que vai te atacar. Era como se cada soldado tivesse a confiança absoluta de sua força. 





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