The Oath - H.S.

3* Ernest e Doris.

Quando parei em frente ao quarto, respirei fundo, ganhando força, sentindo a mão de Louis no meu ombro, dando-me aquela ajuda que eu necessitava, ele conhecia-me realmente bem! 

Quando eramos pequenos, tinhamo-nos apenas um ao outro, até que a nossa mãe se juntou e voltou a constituir familia, pelo que tivemos que abrir os nossos horizontes, mas nunca mais nada foi igual!

Ficou tudo de loucos! As crianças vinham todas, umas atrás das outras, sem que existisse alguma pausa significativa, dando comigo e com o Louis em tolos, porque por vezes, tinhamos que ficar a tomar conta dos mais novos e deixem que vos diga, as coisas não são nada fáceis quando eles empinam os narizes e embirram que têm que fazer uma coisa que não é correta para se fazer.

- Obrigada Lou. - toquei na sua mão, logo abrindo a porta lentamente, entrando com cuidado e medo, do que veria do outro lado da porta, mas congelando com o que vi.

O Harry estava ali. Agarrado a um bebé e embalando-o lentamente no seu colo, como se fosse quase o pai do pequeno, porque aquele sem duvida, era o meu irmão mais novo, Ernest. Ele era tao lindoooo!

O Louis empurrou a porta, delatando a nossa presença, mas eu não consegui muito bem lidar com a indiferença e frieza que se apoderou da sua face, pelo que me mantive na porta, olhando para o Louis a dar um beijo na testa da nossa mãe e a brincar com a pequena Doris, que estava tão sossegada, que mais parecia estar a dormir.

- E aí Harry? Vieste conhecer os meus mais novos pirralhos? - ele colocou o Ernest no berçário e elevou-se da cadeira,apertando a mão que o Louis tinha estendida e ignorando-me, Completamente, pelo que aproveitei para dar um beijo à minha mãe e irmãos, fazendo-lhe exatamente o mesmo, porque quem não lembra, não quer ser lembrado, aproveitando para me sentir mais calma interiormente porque estava tudo bem! os meus irmãos estavam bem e felizmente nada tinha acontecido.

- Olá, Samanatha, estou a ver que não Mudaste nada! Casmurra como um inferno, não é verdade? - ele tinha um olhar tão distante que até me fazia perguntar quem era aquele homem ali à minha frente.

- Olá e sinceramente já ouvi cumprimentos melhores! - resmunguei. - Já agora, o que fazes aqui, não estavas de relações cortadas connosco? - ele apenas poderia estar a brincar comigo, não é verdade?

- Bem, eu estou, mas não quer dizer que não continue a falar com a tua mãe e irmão! - Então eram assim que as coisas estavam encaminhadas?

Ele podia falar com a minha mãe e com o Louis, mas ignorar-me completamente, já era totalmente aceitável?

Ele poderia ir para o inferno!

- Está tudo bem, acho eu! - beijei os meus pequenos irmão mais novos, Doris e Ernest, e suspirei, saindo do quarto, ignorado o chamar do Louis, sabendo perfeitamente que era melhor ignorar aquele ser de olhos verdes, que poderia bem passar pelo diabo em pessoa!

Passei novamente pelo corredor, caminhando rapidamente, até chegar ao elevador, que ainda estava parado no mesmo andar, felizmente, assim, apertei o botão e com um som agudo, vi as portas a abrirem-se, entrando sem nem mesmo olhar para trás, até que eu carreguei no botão do rés-do-chão, apercebendo-me do Harry a vir no corredor também, mas apertei no botão para fechar as portas e suspirei, quando consegui alcançar o meu objectivo e o elevador desceu, antes que ele conseguisse carregar no botão para abrir as portas, do lado de fora.

Eu estava a tentar perceber o que se tinha passado com ele, mas ao primeiro sinal, eu fujo que nem uma criança assustada! Como poderia continuar a vê-lo de vez em quando e fingir que ele não era nada de especial?

Que ele não tinha significado nada para mim?

As minhas mãos apertavam os meus cabelos, escondendo a minha face, enquanto as portas iam abrindo em cada andar, onde o botão era premido e pessoas entravam, descontraidas para aquele local que eu odiava, porque eu já tinha sentido na pele o desespero de ficar trancada num elevador, e esse medo, ainda se mantinha comigo nos dias de hoje, mas mais escondido.