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“Uma vez há um tempo atrás, quando as nossas sombras desapareceram e os animais interiores saíram para brincar, ficamos cara a cara com todos os nossos medos

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“Uma vez há um tempo atrás, quando as nossas sombras desapareceram e os animais interiores saíram para brincar, ficamos cara a cara com todos os nossos medos. Aprendemos as lições através das lágrimas, construímos memórias que sabíamos que nunca desapareceriam.”
Avicii | The Nights

20 de julho de 2000,quinta-feira

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20 de julho de 2000,
quinta-feira.

    A adrenalina é perfeitamente estonteante. Vicia como qualquer outro tipo de droga, corre por minhas veias e me leva a um estado de vigor prazeroso. Quanto mais perto chego de perder o controle, mais vivo ainda me sinto. Meus batimentos tornam-se vertiginosos e minhas mãos transpiram suor frio ao segurar o volante do carro com demasiada força.

Não sei como é a sensação de morrer. Aqueles segundos antes de tudo se tornar um breu e o seu coração parar de bater. Quando os sons a sua volta se tornam um zunido baixo e o sangue para de serpentear seu corpo. Não faço a mínima ideia de como a morte funciona, mas me aproximar dela nos últimos dois anos fora a única alternativa que eu encontrei para sentir, de fato, alguma coisa.

Quando eu tinha dezessete anos, meu coração foi estilhaçado por uma garota chamada Aria Griffin. Na época, eu sentia que nada e nem ninguém abalaria o nosso relacionamento; nós éramos apaixonados um pelo outro e precisávamos de muito pouco para ser feliz. No entanto, a pessoa que eu mais confiava no mundo, era justamente a que desejava e invejava a minha felicidade secretamente. Eu conhecia Matthew Davis desde os meus seis anos de idade. Éramos como irmãos, eu daria minha vida por ele, mas hoje em dia, vejo que ele não faria o mesmo por mim.

Por ter que cobrir o horário de um funcionário que havia passado mal no dia do meu aniversário, fechei a livraria onde eu trabalhava tarde e sabia que Matthew estaria na minha casa me esperando com uma caixa de pizza e um fardo de cerveja em mãos. Contudo, não suspeitei que Aria faria parte daquela pequena comemoração – já que no meu intervalo, havíamos almoçado juntos e ela não havia me dito nada sobre passar lá em casa de noite. No momento em que os vi, senti como se a porra de todo o ar dos meus pulmões fosse sugado para fora do meu corpo. A dor interna fora tão excruciante, que não tive forças para drenar o sangue daquele filho da puta no soco.

Danger Storm 2 | EM ANDAMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora