Doze

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“Depois de um doce olá, sempre há um amargo adeus. Depois de uma noite muito louca, há sempre um preço a se pagar. Não há resposta para esse teste, eu vou sempre cair nessa, sim. Eu sou escrava das minhas emoções, que se dane esse amor sem coração. Aquele sentimento quente e ansioso, a excitação extrema parecia o céu, mas talvez você não entre lá. Olhe para mim, olhe para você. Quem estará sofrendo mais? Você é esperto. Quem vai estar? Você mesmo.”
BlackPink | Kill This Love

30 de julho de 2000,domingo

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30 de julho de 2000,
domingo.

Não acredito!

O meu celular está sobre a bancada de mármore da cozinha de Emma. Estamos fazendo cookies enquanto Dalton atualiza América Forbes das últimas – e nem tão felizes – novidades desde que nos mudamos para cá, há uma semana. O apartamento de Emma é bastante espaçoso e abriga nós três tranquilamente. Dalton e eu nos mudamos para cá na quarta-feira, logo após saírmos do motel – sinto vontade de rir toda vez que lembro disso. Contei à América, enquanto colocava farinha em uma tigela e Emma picava os cubos de chocolate ao leite, que estou trabalhando no mesmo pub que Scott Summer e que ele, ironicamente, é inocente. Agora, minha amiga está surtando do outro lado da linha.

— Sua mãe é egoísta, Anastásia. Me desculpe, mas não consigo pensar nela sem usar essa palavra — sua voz é banhada de incredulidade e uma pitada de raiva. — Estou fervendo de ódio e essa situação nem aconteceu comigo!

— Não estou mais com raiva dela, apenas chateada — suspiro, moldando os cookies com a ajuda de Emma. — Até meu padrasto me ligou todos os dias desde que saí da mansão, mas minha mãe não. Eu esperava, pelo menos, um pedido de desculpas.

— Por que você não fala com ele? — América provavelmente está comendo alguma coisa, pois sua voz está abafada e ouço ela mastigar algo crocante. — Talvez ele soubesse te aconselhar de alguma maneira.

— Eles estão prestes a se casar. Francis tem um amor inexplicável pela minha mãe, esperou anos para ser retribuído. Quero que ele seja feliz de alguma forma. Contar isso poderia desequilibrar a relação deles. Não preciso transformar a vida das pessoas à minha volta em uma tempestade. Essa é a minha história, preciso resolvê-la por conta própria — termino de falar e exalo o ar dos meus pulmões, experimentando um pedaço de chocolate.

— Suas palavras são sempre tão tocantes, deveria ser escritora — Emma sorri para mim, abrindo o forno e colocando uma forma de cookies lá dentro. Seu nariz e as bochechas estão levemente sujas de farinha.

— Anastásia tem um diário — Dalton comenta e o encaro repreensiva. — Ela escreveu sobre a história dela com o Scott desde o dia em que eles se conheceram até o dia da formatura. Tem as datas e tudo.

— Dalton! — Atiro um punhado de farinha em seu rosto. Meu amigo cai na gargalhada, esfregando a cara e tossindo.

— Sério? Que lindo — os olhos azuis de Emma se iluminam. — Eu gostaria de ter uma história de amor com alguém que valesse um livro. Geralmente meus relacionamentos não merecem nem um post-it!

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⏰ Última atualização: Feb 21 ⏰

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