Babysitter|kth&jhs

Capítulo 12

—  E então, doutor?— Dizer que não estava ansioso era uma mentira. Hoseok disfarçava o próprio nervosismo acariciando as madeixas loiras de Taehyung, encarando ao doutor de forma firme, mesmo que seus lábios fossem vezes ou outra castigados.

Por não ter estado presente em nenhum daqueles passos no crescimento de Yugyeom, a sensação era realmente excitante e surpreendente. Ouvir os batimentos do pequeno bebê e até ouvir as recomendações de especialistas - era, de certa forma, novo. Yugyeom havia sido criado à sua maneira e a sua maneira era bem diferente do recomendado (o único que dava pitaco na sua forma de criar era Namjoon (que, com muita sorte, tinha mais conhecimento)).

— O que eu tenho que dizer para vocês é... — O doutor parecia hesitante, olhando com atenção para o monitor. Após alguns segundos, chegou a uma conclusão.

O monitor foi deixado de lado e logo o velho senhor encarava aos dois papais.

— Bom, meus parabéns — começou com um sorriso. — Vocês serão pais de uma menina!

Ao fim das palavras do médico, Hoseok não conseguiu segurar o sorriso entusiasmado. Taehyung lhe daria uma garotinha e não poderia estar mais feliz por isso.

— Sim, uma menina... provavelmente a pequena nascerá de exatos noves meses — continuou o médico, anotando algumas observações em sua prancheta. — Ou seja, daqui a seis meses — explicava enquanto percorria com a sonda transdutora pela barriga do menor, que se mantinha surpreso demais.

— Você ouviu, Taehyung? Você vai me dar uma menininha! Yugyeom ficará tão feliz por ganhar uma irmã — Hoseok falava sem parar, não se segurando em encher Taehyung de beijos carinhosos, mesmo frente ao doutor.  No entanto, a falta de reação do loiro chamou atenção do homem. — Você não está feliz, V?

Taehyung estava sim feliz, contudo, ainda estava um pouco incrédulo. As coisas estavam acontecendo levemente rápido por todos aqueles tempo: a preocupação sua saúde, suas decisões e principalmente seu futuro estavam pesando muito naqueles dias. Por isso, demorou para reconhecer o sentimento que pesava em seu peito.

— Eu estou feliz, sim — murmurou, tão baixo que Hoseok teve que se aproximar para ouvi-lo. Taehyung o encarou por alguns segundos, e logo os olhos castanhos se enchiam de lágrimas. — Estou tão feliz, Hoseok hyung.

Jimin disse uma vez que era difícil amar alguém que não conhecia. Que nem mesmo havia nascido. O rapaz havia dito aquilo há algum momento da madrugada, numa ligação que fizera a Taehyung em mais uma das crises. Quando o Kim descobriu que estava grávido, pensou que todo seu sonho havia sido jogado no ralo, que ter uma criança não era tão maravilhoso assim... no entanto, sentia agora. O amor incondicional que derretia em seu peito.

Amava aquela criança. A sua criança.

— Que bom que está bem — Hoseok sussurrou, bem próximo ao seu rosto e riu logo após, sereno.  O doutor, por sua vez, mostrava um belo sorriso em direção ao casal.

— Vamos ouvir o coraçãozinho dela — disse o senhor, recebendo prontamente a atenção do casal. As mãos dadas e os dedos entrelaçados demonstravam o quão apaixonados estavam, apesar de que a ficha ainda não tivesse caído. Taehyung sentiu o sentimento em seu peito se intensificar e se surpreendeu quando Hoseok deitara a cabeça em seu ombro, derramando lágrimas de pura alegria. Ouvir o som do coração da pequena menininha batendo tão saudável era maravilhoso.

Estavam contentes demais para qualquer coisa.

16h21min

Após a comoção no consultório, decidiram ir para casa. Taehyung já reclamava de dor nas costas e resmungava a cada minuto por conta da fome - coisa que obrigou Hoseok a parar em um restaurante mais próximo e pegar qualquer coisa para viagem, já que Taehyung se recusava a descer do carro (seu corpo estava dolorido demais para isso). No final, acabou comendo no automóvel, e Hoseok percebeu de perto a mudança de humor uma vez que o rapaz estava impaciente demais para ligar com a sujeira que fazia.