1.Murder Alley

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Acordei e desejei um bom dia para mim mesma, já que praticamente moro sozinha e mesmo quando minha mãe volta pra casa eu ainda me sinto sozinha. Ah como eu queria que eu ainda fosse só uma criança.

Me arrumei para me encontrar com minha mãe. Ela trabalha reforçado, pelo menos é o que ela diz e é por isso que nunca encontro ela em casa.

Como é natal e neva muito. Vesti minhas roupas de frio. As que minha mãe sempre manda, e então eu nunca compro minhas roupas, a última vez que comprei eu tinha seis anos quando sair com minha mãe pra comprar milhares de roupas como um despedida, porque no outro dia ela já viajaria a trabalho.

Me olhei no espelho um pouco desconfortável, o tanto que me acho feia!

Saí de casa digitando no celular para minha mãe que já estava saindo de casa, mas rapidamente coloquei meu celular no bolso pra não correr o risco de ser assaltada.

Estava indo até a cafeteria, onde irei encontrar a minha mãe, a cafeteria ficava bem perto de casa e bem longe do trabalho dela.

Minha casa fica num bairro fechado. Para poder sair e entrar tem que passar por uma espécie de beco escuro, a prefeitura disse que iria ajeitar isso ano passado e até agora nada foi feito a respeito e sinto que isso não irá mudar tão cedo.

As ruas estavam vazias, uma ou duas pessoas que rodavam a região. Nós restaurantes, lanchonetes, sorveteria, cafeterias, estavam todas cheias.

Entrei no Café, e me sentei numa mesa no fundo e não demorou para minha mãe chegar. Ela olhou ao redor até me encontrar, seus olhos brilharam ao me ver, passo vários dias sem vê-lá.

Eu me levantei e a abracei, como se fosse o último.

- Eu estava preocupada. - Disse minha mãe se sentando. - Porque não me ligou ou mandou notícias?

- Não achei preciso, nada demais aconteceu ultimamente. - Eu dei ombros sem a olha-lá, e era verdade, nada demais acontece.

Minha mãe iria falar, mas fomos interrompidas pelo garçom.

- Já escolheram os pedidos?

- O de sempre. - Disse minha mãe.

- Ah sim, já está virando rotina. - Disse o garçom se retirando.

- E você mãe, como estar? - Perguntei.

- Nada demais também, só o trabalho fora que custa muito. Mas amanhã eu volto.

- Quando você voltar, eu já estarei dormindo.

- Mas me verá no dia seguinte, e teremos tempo suficientemente para matar a saudades.

- Três dias, né. - Não é o bastente, custa muito pedir para ter a mãe ao meu lado?

Ela me olhou desconfortável.

- Alice, você sabe que eu trabalho para lhe dá do bom e do melhor.

Eu abaixei o olhar para baixo, olhando a mesa. Com segundos depois, trazem nossa comida, um café quentinho com biscoitos.

- Obrigada. - Agradece minha mãe.

- Obrigada. - Falo também.

Começamos a comer e nenhuma mais palavra foi dita, assim que ela acabou, ela me fitou.

Do que adianta ter tudo do bom e do melhor quando não não tem a mãe por perto, ou nem o pai? Que inclusive saiu dizendo que iria viajar a trabalho sendo que nunca mais voltou, imagina o trauma que foi para uma criança de cinco anos, por sorte eu já me recuperei disso, só que meu medo foi maior quando minha mãe também fez o mesmo, mas pelo menos ela voltou e mandou mensagens.

I'm Stuck in a Killer|H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora