I'm Stuck in a Killer|H.S

3.I Don't Deserve This

— Então, tome cuidado. Porque se não, eu não terei piedade do que farei! — Sussurrou Harry em meus ouvidos tirando uma mecha do meu cabelo e jogando pra fora.

Eu fiz uma cara de nojo.

— Niall a leve pro quarto!

Niall de todos é o mais calmo, pelo que notei. Ele mal fala, e não é armaguroso ou enfurecido como os outros. Sempre o mais quieto também, e por ele, Louis não me matou.

Niall também não é brutal.

Ele me levou então, e não vi mais os garotos.

— Niall espera! — O segurei antes que fechasse a porta.

— O que foi?

Me ajeitei ao pé da porta e fiz uma pergunta que eu temia em fazer.

— O que querem comigo? — Perguntei.

Ele suspirou e disse:

— Olha Alice, Harry ainda vai te matar. Como ele disse antes, você não é a única e nem a última. Eu queria poder te ajudar, porque como você já percebeu eu costumo não curtir muito o que eles fazem com as pessoas e muito menos meninas como você.

— Então ajude Niall. Por favor! Você acha certo isso que eles estão fazendo?

— Não, mas não posso fazer nada.

— Pode sim! É só ajudar.

Niall pensou um tempo até me responder:

— E o que você quer?

— Quero colocar todos eles atrás das grades, e voltar para casa.

Niall riu.

— Desculpa... Mas isso é impossível. Você realmente é uma bobinha como Harry disse.

— Ele disse?

— Sim. Alice, você não sabe onde está se metendo e com quem. Se realmente não quisesse que isso estivesse acontecendo, não era para ter ficado olhando nós matar um cara.

— Eu sei. — Abaixo a cabeça, fui burra demais. — Mas... Então o que devo fazer?

— A única coisa que você pode fazer, é entra e no maldito joguinho do Harry!

— Mas qual?

— Isso...

— Niall estamos te esperando faz séculos! — Grita da cozinha Liam.

— Estou indo!

Ele me deu tchau e fechou a porta.

Droga!

Me deitei na cama com mil pensamentos.

Porque justo eu? Maldita hora em que eu não fiz nada, eu estava completamente paralisada e horrizada, eu nunca tinha presenciado um assassinato antes e nem na TV, meus pais não deixavam eu ver esse tipo de coisa.

Suspirei fundo e me acomodei na cama.

Londres, três anos atrás, as 18:00:

— Alice venha aqui! — Chamou meu pai e eu corri até ele.

— Oi.

— Não vamos mais para o restaurante.

— Mas por que papai? — Perguntei tristinha.

— Porque sua mãe irá cozinhar.

— Desde de quando mamãe sabe cozinhar? — Cruzei meus braços.