Isca Fascinante

325 185 223
                                    

Celeste permaneceu lá, sabe-se lá por quanto tempo. Agachada, chorando, ainda com aquelas palavras perturbadoras ecoando em sua mente- Por que, por que- era tudo o que ela conseguia perguntar para si mesma- Por que estou tão assustada? Por que fico tendo esses pesadelos?. 

 Ela ficou indagando para si mesma, procurando uma explicação racional para tudo aquilo. As indagações continuaram por minutos somadas ao choro constante e por fim a levaram a dormir, ali mesmo, sentada no chão do corredor.

Celeste acordou, não muito tempo depois-Sebastian?- ela chamou pelo marido se questionando se ele já havia chegado em casa, mas ao não ouvir resposta percebeu que ele ainda estava fora. Fora ai que ela percebeu que não dormiu por muito tempo, talvez tenha sido uma forma da sua mente evitar os pesadelos. 

Celeste ainda estava zonza pela visão de horas atrás, mas decidiu se levantar e caminhar na esperança de que se exercitar deixasse sua mente ocupada demais para se lembrar daquela terrível visão.

Ela saiu para a varanda e sentiu o vento fresco do começo do entardecer no seu rosto. Isso fez com que Celeste se sentisse um pouco melhor. Assim que respirou fundo, Celeste se acalmou e decidiu deixar aquela visão aterradora para trás. 

Após fazer para si mesma a afirmação de não se importar com a visão, Celeste foi surpreendida por uma pequena borboleta que pousou em sua mão- olá, pequenina- Celeste pensou, intrigada mas ao mesmo tempo feliz. A borboleta começou a voar na altura dos olhos de Celeste, arrancando dela uma pequena risada.

De repente, a borboleta começou a voar para longe e Celeste, sem saber o por que decidiu segui-la. Celeste, andou por um bom tempo até que finalmente a borboleta alçou voo ao céu. Após observar aonde ela estava, ela se viu em um belo canteiro de flores. Eram tulipas de várias cores, brancas, vermelhas, negras, até aonde a visão de Celeste podia ver. Celeste ficou admirada ao ver as flores, mas estranhou pois não sabia que havia um canteiro tão grande de tulipas ali e ela o desconhecia.Mas isso não importava. A beleza daquelas flores era tamanha que Celeste nem pensava naqueles detalhes. Celeste sorria ao ver toda aquela beleza e se esqueceu completamente a visão e todos os pesadelos por um momento, nada mais importava.

A felicidade de Celeste era momentânea mas era grande. Grande ao ponto de que ela não notou a figura sombria que a observava ao longe, uma figura com um sorriso no rosto ao ver Celeste e saber que sua isca havia fisgado sua presa. 

Pretty NightmareOnde histórias criam vida. Descubra agora