Alemão P.V.O
Eu nunca gostei de ultrapassar os meus limites. Afinal de contas, toda vez que eu faço isso, coisas ruins acontecem.
E não é comigo.
Não, eu não sou do tipo que sente remorso, nem mesmo pena. Isso é pra quem é do bem, e eu não sou.
Já fazia umas 3 horas que eu tô aqui na bocada, relendo as anotações da bocada da 16.
Alemão: Aquela diaba de cabelo preto tá certa. - falei jogando os papéis na mesa.
Peguei a minha glock, coloquei na cintura. Sai da salinha, vendo os vapores fazendo a ronda.
Alemão: Magrin. - chamei e logo o vapor parou na minha frente.
Magrin: Sim patrão. - diz ajeitando o fuzil na mão.
Alemão: Toma conta aqui da boca, depois eu volto. - falei e ele balançou a cabeça.
Subi na minha moto e fui pra barreira, já que o Zezinho iria ficar por lá nessa madrugada.
Alemão: Onde é que o Zezinho? - perguntei pros vapores que estão de vigia na barreira.
Vapor: Tá na casa dele, disse que já voltava. - falou ajeitando o fuzil na mão dele.
Alemão: Tá mec então. - falei voltando a subir na moto.
Já tava puto da vida, a raiva no limite. Até que eu não queria matar ninguém hoje...
Juntei a raiva que eu tô da Isabella e vou jogar tudo no Zezinho, um merda a menos no meu morro.
Guiei pra rua 10, parei a moto. Ajeitei a minha glock na mão e entrei na casa sem bater.
Esse morro é meu, entro no caralho que eu quiser.
Alemão: Papai Noel chegou mais cedo. - falei vendo uma mina nua no sofá.
O filho da puta do Zezinho tava chupando ela, vou matar os dois nessa porra.
Ela se espantou ao ver a arma na minha mão, se colocou atrás do Zezinho.
Zezinho: Patrão, algum problema? - perguntou já assustado, ajeitando a camisa.
Alemão: Tem sim, mas antes. - apontei a arma pra mim. - Não quero telespectadores.
Soltei o gatilho e o sangue espirrou na cara do Zezinho. O verme já pulou de susto, medroso da porra.
Zezinho: Que isso patrão? - limpou a cara. - Matou a Louise.
Alemão: Menos um dragão no mundo. - ri com sarcasmo. - A mina era feia pra porra.
Zezinho: Era a minha fiel. - falou baixo.
Rolei os olhos e me aproximei mais do Zezinho. Ficando quase de frente com ele.
Alemão: O problema não é meu. - dei de ombros. - A história é essa, a minha mulher descobriu que tu tá roubando o meu dinheiro e eu não gostei.
Passei a arma quente pelo rosto dele, vendo a pele queimar e o Zezinho se contorcer de dor.
Zezinho: É mentira patrão. - tentou se afastar, mas eu peguei na cabeça dela.
Pressionando a arma quente perto do olho dele. Atirei no sofá e o Zezinho fechou os olhos, passei a arma na mão dele.
Alemão: Tá chamando a minha mulher de mentirosa? - coloquei a arma na boca dele.
Zezinho: Eu nunca iria roubar tu. - bato com força no dente dele. - É mentira daquela vadia.
Já me subiu o ódio. Porra, ninguém chama a minha pretinha de vadia.
Meti o soco com força na cara dele, fazendo escorrer sangue do nariz do verme.
Alemão: Sabe muito bem o que acontece quando tentam passar a perna em mim. - joguei ele no chão.
Meti o chute na costela dele, deixei a minha raiva fluir pelo meu corpo. Era disso que eu precisava.
Disparei vários chutes e socos por todo o corpo dele. Já estava ficando sujo com o sangue dele.
Quanto mais o Zezinho tentava se defender, mais a minha raiva aumentava.
DM: PARA PORRA. - tentou me puxar, mas eu empurrei ele.
Alemão: Não se mete, Davi. - falei sem olhar pra ele.
Voltei a meter a bicuda na cara do Zezinho. Fingi não ouvir o Davi me chamar.
DM: Vai matar o cara, porra. - falou me empurrando pro lado.
Olhei pro Zezinho, o mesmo estava choramingando. Todo fudido.
Sorri ao ver o estrago, sentindo algo em mim se animar com o sangue dele pelo meu corpo.
DM: O que ele fez? - perguntou ficando perto do Zezinho. - Tu acabou com o moleque.
Alemão: O verme tava roubando dinheiro da 16, chamou a Isabella de vadia. - falei limpando as minhas mãos.
O DM só me olhou e negou com a cabeça, mas não falou nada. Ele sabe muito bem como eu fico quando perco o controle.
DM: Ele já vai morrer. - falou tirando a pistola da cintura, atirando na testa dele. - Agora já foi.
Alemão: Como tu chegou aqui? - perguntei e ele riu.
DM: A Luna ficou desejando comer sorvete de manga e só tem no mercadinho da esquina daqui. - diz com um sorriso no rosto.
Fiquei olhando pra ele.
DM: Ouvi o barulho do tiro e corri pra cá. - me apoiei na parede.
O DM chamou os vapores no radinho e eu fiquei olhando pro corpo do Zezinho.
DM: Vai pra casa, Igor. - diz sério. - Eu sou teu primo mais velho, vai ficar com a Isabella.
Revirei os olhos e passei por ele. Subi na minha moto e guiei pra boca. Acenfi um verdinho.
Não estava querendo ver a Isabella agora, ou faria merda.
Ouvi alguém bater na porta, gritei pra entrar. Entrou a Luzia, uma ex amante minha, estava com um vestido menor que uma blusa.
Alemão: Tá fazendo o que aqui? - perguntei e ela deu um sorrisinho de lado.
Luzia: Vim matar a saudade. - falou tirando o vestido e se aproximando de mim.
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Coração de Aço
Novela JuvenilAgora é a minha vez. Vim pra comandar e reinar em um reino sem dono, onde tudo é sempre incerto. Do berço da malandragem fez nascer um monstro... Carregando a glória, a dor, a bondade e a maldade de meus pais. Você chegou e se tornou o meu vício, a...