• Capítulo 45 •

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Alemão P.V.O

Eu nunca gostei de ultrapassar os meus limites. Afinal de contas, toda vez que eu faço isso, coisas ruins acontecem.

E não é comigo.

Não, eu não sou do tipo que sente remorso, nem mesmo pena. Isso é pra quem é do bem, e eu não sou.

Já fazia umas 3 horas que eu tô aqui na bocada, relendo as anotações da bocada da 16.

Alemão: Aquela diaba de cabelo preto tá certa. - falei jogando os papéis na mesa.

Peguei a minha glock, coloquei na cintura. Sai da salinha, vendo os vapores fazendo a ronda.

Alemão: Magrin. - chamei e logo o vapor parou na minha frente.

Magrin: Sim patrão. - diz ajeitando o fuzil na mão.

Alemão: Toma conta aqui da boca, depois eu volto. - falei e ele balançou a cabeça.

Subi na minha moto e fui pra barreira, já que o Zezinho iria ficar por lá nessa madrugada.

Alemão: Onde é que o Zezinho? - perguntei pros vapores que estão de vigia na barreira.

Vapor: Tá na casa dele, disse que já voltava. - falou ajeitando o fuzil na mão dele.

Alemão: Tá mec então. - falei voltando a subir na moto.

Já tava puto da vida, a raiva no limite. Até que eu não queria matar ninguém hoje...

Juntei a raiva que eu tô da Isabella e vou jogar tudo no Zezinho, um merda a menos no meu morro.

Guiei pra rua 10, parei a moto. Ajeitei a minha glock na mão e entrei na casa sem bater.

Esse morro é meu, entro no caralho que eu quiser.

Alemão: Papai Noel chegou mais cedo. - falei vendo uma mina nua no sofá.

O filho da puta do Zezinho tava chupando ela, vou matar os dois nessa porra.

Ela se espantou ao ver a arma na minha mão, se colocou atrás do Zezinho.

Zezinho: Patrão, algum problema? - perguntou já assustado, ajeitando a camisa.

Alemão: Tem sim, mas antes. - apontei a arma pra mim. - Não quero telespectadores.

Soltei o gatilho e o sangue espirrou na cara do Zezinho. O verme já pulou de susto, medroso da porra.

Zezinho: Que isso patrão? - limpou a cara. - Matou a Louise.

Alemão: Menos um dragão no mundo. - ri com sarcasmo. - A mina era feia pra porra.

Zezinho: Era a minha fiel. - falou baixo.

Rolei os olhos e me aproximei mais do Zezinho. Ficando quase de frente com ele.

Alemão: O problema não é meu. - dei de ombros. - A história é essa, a minha mulher descobriu que tu tá roubando o meu dinheiro e eu não gostei.

Passei a arma quente pelo rosto dele, vendo a pele queimar e o Zezinho se contorcer de dor.

Zezinho: É mentira patrão. - tentou se afastar, mas eu peguei na cabeça dela.

Pressionando a arma quente perto do olho dele. Atirei no sofá e o Zezinho fechou os olhos, passei a arma na mão dele.

Alemão: Tá chamando a minha mulher de mentirosa? - coloquei a arma na boca dele.

Zezinho: Eu nunca iria roubar tu. - bato com força no dente dele. - É mentira daquela vadia.

Já me subiu o ódio. Porra, ninguém chama a minha pretinha de vadia.

Meti o soco com força na cara dele, fazendo escorrer sangue do nariz do verme.

Alemão: Sabe muito bem o que acontece quando tentam passar a perna em mim. - joguei ele no chão.

Meti o chute na costela dele, deixei a minha raiva fluir pelo meu corpo. Era disso que eu precisava.

Disparei vários chutes e socos por todo o corpo dele. Já estava ficando sujo com o sangue dele.

Quanto mais o Zezinho tentava se defender, mais a minha raiva aumentava.

DM: PARA PORRA. - tentou me puxar, mas eu empurrei ele.

Alemão: Não se mete, Davi. - falei sem olhar pra ele.

Voltei a meter a bicuda na cara do Zezinho. Fingi não ouvir o Davi me chamar.

DM: Vai matar o cara, porra. - falou me empurrando pro lado.

Olhei pro Zezinho, o mesmo estava choramingando. Todo fudido.

Sorri ao ver o estrago, sentindo algo em mim se animar com o sangue dele pelo meu corpo.

DM: O que ele fez? - perguntou ficando perto do Zezinho. - Tu acabou com o moleque.

Alemão: O verme tava roubando dinheiro da 16, chamou a Isabella de vadia. - falei limpando as minhas mãos.

O DM só me olhou e negou com a cabeça, mas não falou nada. Ele sabe muito bem como eu fico quando perco o controle.

DM: Ele já vai morrer. - falou tirando a pistola da cintura, atirando na testa dele. - Agora já foi.

Alemão: Como tu chegou aqui? - perguntei e ele riu.

DM: A Luna ficou desejando comer sorvete de manga e só tem no mercadinho da esquina daqui. - diz com um sorriso no rosto.

Fiquei olhando pra ele.

DM: Ouvi o barulho do tiro e corri pra cá. - me apoiei na parede.

O DM chamou os vapores no radinho e eu fiquei olhando pro corpo do Zezinho.

DM: Vai pra casa, Igor. - diz sério. - Eu sou teu primo mais velho, vai ficar com a Isabella.

Revirei os olhos e passei por ele. Subi na minha moto e guiei pra boca. Acenfi um verdinho.

Não estava querendo ver a Isabella agora, ou faria merda.

Ouvi alguém bater na porta, gritei pra entrar. Entrou a Luzia, uma ex amante minha, estava com um vestido menor que uma blusa.

Alemão: Tá fazendo o que aqui? - perguntei e ela deu um sorrisinho de lado.

Luzia: Vim matar a saudade. - falou tirando o vestido e se aproximando de mim.

Coração de Aço Onde histórias criam vida. Descubra agora