Jonathan
Fiquei só ouvindo a Valesca conversar por vídeo chamada com o pai dela, o mesmo quero a ter certeza que ela estava bem.
Valesca: Da um oi pro meu pai, Jon. - parei o carro por conta do sinal vermelho.
Jonathan: Buonasera, signor Bonvanelli. - falei e ele me encarou sério.
*Boa noite, senhor Bonvanelli.*
- Buonasera, signor Bittencourt. - respondeu e eu tive que me segurar para não rolar os olhos.
*Boa noite, senhor Bittencourt*
A Valesca ainda estava conversando com ele quando três carros cercaram o meu.
Jonathan: Pega a arma dentro do porta luvas, Valesca. - falei e o pai dela ficou olhando.
- Cosa sta succedendo, Valesca? - o pai dela perguntou o que estava acontecendo.
Valesca: Hanno circondato la macchina, papà, siamo in un numero minore. - ela me olhou e eu dei um sorrisinho.
*cercaram o carro, papai, estamos em menor número.*
Realmente, éramos apenas nós dois contra 6 homens, eu poderia acabar com isso em 5 minutos.
Mas meu trabalho era outro...
Jonathan: Melhor não revidar, o carro é blindado, fica calma. - falei enquanto olhava pra ela.
O pai dela estava nervoso, ainda não tinha encerrado a ligação. E era isso que eu queria.
Valesca: Acelereca o carro, não me importo, acelera. - falou nervosa.
Jonathan: Será perigoso demais, não quero te por em risco, Valesca. - menti na cara dura.
- Fai quello che dice mia figlia, ragazzo. - mandou eu fazer o que ela mandou e eu acelerei com o carro.
Desviei dos dois carros e vi pelo retrovisor que eles nos seguiram.
Valesca: Quem são eles? - perguntou e eu balancei os meus ombros.
Jonathan: Eu não faço ideia. - menti. - Aqueles carros não são daqui.
E não eram mesmo, os homens no carro são italianos contratados para causar o nosso acidente de carro.
Tinha certeza de duas coisas, eu não iria morrer nesse acidente, a Valesca não iria mais se intrometer onde não foi chamada.
A Valesca continuou falando com o pai dela, o mesmo estava furioso.
Jonathan: Acho melhor você se segurar, gatinha. - falei e ela Valesca balançou a cabeça.
Acelerei no limite do carro, desviando de vários carros. Diminui a velocidade quando deu sinal vermelho.
Valesca: Não pode parar, eu já sei quem são. - falou olhando pra trás.
Jonathan: E quem são eles? - perguntei e ela fez careta.
Valesca: São assassinos italianos. - fiz uma cara de surpreso.
Jonathan: E o que diabos eles estão fazendo aqui?
Valesca: Vieram atrás de mim, gli attenizi sono qui, papà.
O pai dela falou alguma coisa e eu nem me importei de ouvir.
Valesca: Acelera Jon, vamos logo pro Morro. - pediu e eu balancei a cabeça.
Deu tempo só de acelerar o carro e um outro carro bateu com o nosso, bem do lado em que a Valesca está.
O carro virou e eu bati a minha cabeça no volante do carro, ativando o air bag do carro.
Meu ouvido começou a fazer barulhos estranhos e eu ouvi a Valesca gemer de dor.
Jonathan: Valesca. - falei alto e ela não respondeu. - Droga Valesca, me responde.
Tentei me mexer no carro, mas o meu braço estava preso no cinto de segurança.
Ouvi o pai dela gritar no celular e eu apaguei...
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Avisando que só tenho mais alguns capítulos...
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Coração de Aço
Novela JuvenilAgora é a minha vez. Vim pra comandar e reinar em um reino sem dono, onde tudo é sempre incerto. Do berço da malandragem fez nascer um monstro... Carregando a glória, a dor, a bondade e a maldade de meus pais. Você chegou e se tornou o meu vício, a...