Capítulo 3 - Ele não merece essa dor

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A tarde foi como todas as outras fiquei sentado em um dos bancos, planejando planos para poder fugir, já estava perto de escurecer quando uma enfermeira chegou.

- Zayn, esta na hora de ir! – Ela falou se aproximando, olhando em meu rosto. Até havia me esquecido de que tenho um nome, Zayn.

Apenas levantei sem olhar para o rosto dela e fui seguindo-a. Entramos nos corredores e fiquei atento para o quarto que havia visto hoje pela manhã, queria saber o real motivo de toda aquela euforia, as enfermeiras pareciam não conseguir controlar aquela moça. Enfim, passei por todos os quartos e não pude notar nada de estranho. Essa noite seria longa, pois amanhã quero tentar roubar uma faca das cozinheiras, vou solicitar um novo passeio para o jardim e tentar chegar a cozinha, tenho que conseguir escapar deste inferno.

A noite estava deitado em minha cama, quando uma dor de cabeça começou a surgir, levemente na parte inferior, mas conforme eu ia mexendo doía mais, depois de 5 minutos a dor era tanta que quase não dava pra suportar, minhas mãos não me obedeciam mais e quando dei por mim eu estava me arranhando, meu peitoral estava praticamente em chamas de tantos arranhões ali presentes. Parecia que eu havia levado uma pancada forte na cabeça e que a qualquer momento eu não iria mais suportar. A dor no meu peito por causa dos arranhões aumentava cada vez mais, e quando eu senti uma forte dor na cabeça levantei correndo para a parede e comecei a gritar e pedir socorro, meu corpo não obedecia às ordens do meu cérebro e parecia que alguém estava controlando minha mente e me dando ordens. Eu gritava o mais alto que podia e as únicas palavras que saiam eram: "Eu te odeio, eu te odeio para sempre, eu tenho nojo de você, quero que morra.”

As palavras saiam forçadas como se minha boca tivesse vontade própria, quando duas enfermeiras e um cara pularam para cima de mim, e logo senti uma picada em meu braço e minha visão escurecer. As últimas palavras que ouvi foram: “Ele não merece essa dor".

Acordei com uma leve dor de cabeça, não sabia que horas eram, mas deduzi ser de manhã pelo Sol entrando pela pequena janela.

 Eu estava decidido em tentar fugir deste inferno hoje. Eu venho tentando durante toda a minha vida, mas sempre faltou coragem. E hoje essa coragem esta mais forte do que nunca. Depois do almoço entregue pelas enfermeiras eu fiquei um pouco deitado e logo depois a porta foi destrancada.

- Olá Malik, se quiser poderá me acompanhar ate o jardim. - ela disse ficando entre a porta e o corredor, eu levantei arrumei minha roupa e acompanhei-a. Eu preciso matar essa mulher antes que ela me cause mais algum mal, a vontade de sair daqui é tão grande que não respondo por mim se alguma coisa acontecer. Caminhávamos ate a porta do jardim quando um barulho ensurdecedor vinha do final do corredor perto do meu quarto. Imediatamente o alarme de incêndio foi acionado e muitos enfermeiros corriam para todos os lados. Essa era minha chance de correr ate a cozinha e pegar qualquer coisa cortável. A enfermeira que estava comigo foi chamada pelo supervisor para ajudar e eu saio correndo em direção da pequena cozinha. Não havia ninguém lá, peguei duas facas grandes, bem afiadas. Guardei-as no casaco e fui correndo para a porta na tentativa de alguma saída. Enquanto corria pelos corredores percebi um forte cheiro de queimado e uma fumaça vinda do fundo do corredor. Passei por todos os quartos e todos estavam com a porta destrancada por causa do alarme de incêndio. Quando dobrei o corredor em busca da saída fui barrado por um enfermeiro.

- Estamos levando todos vocês para o jardim, está acontecendo um incendo na recepção e estamos evacuando. - ele falou me levando pelo braço para o jardim. Todos os internados estavam ali e infelizmente não tinha como fugir. Logo em seguida aconteceu mais uma explosão e logo depois o barulho de sirenes de bombeiros foi ouvida. Varias pessoas andavam para todos os lados tentando fugir, outras gritavam por socorro, mas não eram ouvidas. Sentei no pequeno banco e olhei em direção das árvores logo em minha frente. A moça estava sentada abraçando seus joelhos se balançando para traz e pra frente. Ela olhava fixamente para meus olhos e estava chorando silenciosamente. Eu juro que pude sentir a dor escorrer junto com as lagrimas. Eu nao quero ajudar ninguém só quero apenas matar essas pessoas e fugir. Mas aquela garota fez  com que levantasse e sentasse ao seu lado. 

Olá gente, a história esta ganhando corpo, eu estou escrevendo bastante, mas estou em semana de provas, por isso não postei por alguns dias, eu imploro para que digam se estão gostando ou não, por favor. Obrigada pelas 187 leituras, e obrigada por lerem, eu sei que não escrevo muito bem, mas é minha primeira fic então... Bjs a todas vocês!

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