Ex-Boyfriend

Break Down of Life

Cap. dedicado a Larrydrogas. Parabéns florzinha, tudo de bom, muitos aninhos de vida, paz, saúde e claro dinheiro!

Autora’s P.O.V

Ashton estava completamente paralisado, não sabia se gritava, chorava ou saía correndo pela casa de tanta felicidade. Calum havia dito que o amava e o loiro esperava por isso há algum tempo. Ele sabia que tinha se apaixonado pelo moreno desde a primeira vez que os dois ficaram.

Calum não conseguia parar de tremer, medo corria em suas veias e o gosto da rejeição já inundava a sua boca. Ele não conseguia parar de pensar que tinha feito o relacionamento dos dois morrer ali, junto com suas esperanças de passar muito tempo ao lado do loiro.

Finalmente Ashton conseguiu juntar forças para se mexer e falar alguma coisa para seu moreninho. Ele empurrou Calum delicadamente fixando seus olhos claros nos escuros do moreno.

– Eu não sei se eu ouvi direito Cal, mas eu também te amo. – Calum apenas tampou sua boca e sentiu as lágrimas de felicidade mancharem seu rosto, um sorriso enorme em sua boca.

– Você ouviu direito sim. Eu te amo Ashton Fletcher Irwin! – os dois passaram a noite agarrados em um abraço necessitado, com sorrisos castos em seus lábios e a felicidade de saber que se amavam.

Michael’s P.O.V

– Dá pra parar com essa porra? – eu falei entre dentes me virando para olhar os olhos azuis de Luke que estava sentado atrás de mim na aula de Geografia.

– Por que eu pararia se eu sei que você gosta? – ele falou continuando a passar a mão pela minha nuca me causando arrepios.

– Porque estamos no meio da aula animal. É sério Luke, para ou eu juro que fico uma semana sem falar com você.

Não adiantou ameaçar, o loiro continuou a passar a mão em mim e aquilo me irritou profundamente. Eu realmente amava a sensação das mãos de Luke, mas não gostava nem um pouco quando ele fazia isso em lugares inapropriados e horas em que eu não podia me jogar para cima dele.

A maldita aula acabou, graças a Deus, então fomos para o refeitório. Peguei minha comida, uma gororoba qualquer, e me sentei na mesa de sempre, junto a Luke.

Ashton e Calum chegaram um pouco depois, cada um olhando para qualquer lugar que não fosse eles mesmos. Eu e Luke começamos a sorrir e cochichar. Com certeza tinha acontecido alguma coisa.

– Oi Mikey, ei Lukey! – Ash soltou se sentando na minha frente. Respondemos a ela e Cal apenas ficou olhando para o chão

– Vocês transaram. – Luke falou apontando para os dois. Ash se engasgou com o suco e Calum olhou para ele com olhos arregalados. Eu apenas ria. – Admitam. É por isso que estão agindo estranho um com o outro.

– Ok Luke, mas o mundo não precisa saber!

– Certo, foi mal Ash. – o loiro se levantou e pegou sua bandeja de comida. – Vou ao banheiro.

Eu e os meninos ficamos conversando por uns minutos e nada de Hemmings voltar, eu já estava ficando com um mau pressentimento sobre aquela ida ao banheiro. Levantei-me e fui procurar o meu loiro. Má ideia, aliás, péssima ideia. Cheguei ao banheiro masculino mais próximo e no fim do corredor estava Luke aos beijos com Aleisha, a puta das putas. Senhor, eu já devia saber que ele era um sacana filho da puta, mas eu era um burro por ter acreditado naquele imbecil.

Bati a mão na porta do banheiro e os dois pombinhos (note o sarcasmo e a ironia) cessaram o beijo e olharam para mim. Meus olhos estavam cheios de lágrimas e ódio. Saí daquele lugar a passos rápidos chegando à rua da escola até que bem depressa. Quando fui atravessar senti um baque muito forte contra mim e vi meu rosto se aproximando do chão. Ouvi o som mudo de meu corpo se chocando contra algo duro e alguém gritando meu nome. Uma sensação de estar molhado por uma coisa espessa estava presente. A última coisa de que me lembrava antes de a escuridão me tomar foi olhos azuis cheios de medo encarando a mim.

Luke’s P.O.V

Cheguei ao banheiro mais próximo do refeitório e fiz minhas necessidades. Arrumei o meu cabelo e dei um enorme sorriso ao me lembrar da aula de Geografia. Eu tive tanta saudade de brincar daquele jeito com o Mikey, de sentir seus olhos carinhosos me olhando com a reprovação de quem ama e só quer o bem. Eu amava aqueles olhos verdes, eles eram sempre tão expressivos e passavam tudo o que aquela cabecinha maluca pensava. Eu prometi a mim mesmo que nunca mais eu magoaria aquele homem. Eu não suportaria perde-lo de novo.

Saí do banheiro e dei de cara com Aleisha. Tomei um susto ao ver uma menina parada em frente ao banheiro masculino, mas era Aleisha então se podia esperar qualquer coisa dela.

Tentei passar pela garota, mas ela me fechava toda vez. Comecei a ficar impaciente e a empurrei um pouco para que eu conseguisse passar. Fui andando, mas ela segurou o meu braço e eu revirei os olhos.

– O que você quer Aleisha? – perguntei com raiva.

–Vou dar uma festa no sábado e você está convidado.

– Obrigado.

– Você vai não é?

– Não! – soltei meu braço de seu aperto e comecei a andar de novo.

Mais uma vez a menina me segurou, só que, para a minha surpresa, ela me virou e encostou seus lábios nos meus. Eu ia empurrá-la, mas um barulho na porta do banheiro a fez se soltar de mim.

Eu olhei e o que vi fez meu coração parar de bater. Michael estava lá, olhando para mim e a menina sem noção, com olhos cheios de lágrimas e ódio e tristeza transbordava deles. Mike saiu a passos rápidos e Aleisha apenas sorria e se virou para mim.

– Então amor, você vai né?

– Vai se foder, sua louca. Só porque eu fiquei com você uma vez a mais de um ano atrás não significa que eu quero ficar de novo. Você é louca.

Saí atrás de Michael. Fui até o refeitório, mas ele não estava lá. Calum e Ashton perceberam como eu estava aflito e vieram falar comigo. Eu não tinha tempo de contar tudo para eles, então eles vieram comigo. Eu falava e corria procurando pelo colorido. Um gosto horrível de decepção comigo mesmo e tristeza se espalhava pela minha boca seca de preocupação.

Eu sabia que ia demorar para ele querer me ouvir. E tinha a possibilidade de ele sumir de novo. Eu, Ash e Cal saímos pelos portões da escola e foi aí que eu vi seus cabelos roxos e azuis, mas eu não consegui falar nada de um carro vir e bater nele.

Meu corpo paralisou ao ver Michael caindo no chão e o sangue se espalhando pela rua. Ouvi Ashton soltar um gemido e Calum gritar com a mão na boca e isso me deu o estalo que eu precisava para correr até o meu Mikey.

Cheguei até ele chamando seu nome e caí ao seu lado. Seus olhos verdes completamente sem emoção olhavam para mim antes de se fecharem lentamente. Eu não conseguia pensa direito, eu estava em choque. Michael estava deitado no chão, imóvel, rodeado de sangue e a culpa era minha. Ela tinha saído da escola por minha causa e por isso foi atropelado. Eu estava tão entorpecido que não vi quando a ambulância chegou e os paramédicos me afastaram do meu menino.

Eles o levaram para o hospital e eu nem sei como cheguei lá. Eu apenas pensava que eu preferia mil vezes o Michael ter se mudado de novo do que vê-lo naquela situação horrível.

– Por favor, salvem o meu MikeyBaby. – sussurrei sentado na sala de espera. – Por favor.