Meio Irmãs

15º Capítulo

Lauren P.O.V:

Eu fui abrir a porta e era o Luis. Eu dei-lhe um grande abraço, seguido do resto da família. Quando me virei a Camila parecia estar triste.

Eu puxei-a pelas escadas porque ninguém nos estava a ver.

“Que se passa Camz?” “Eu não gosto da maneira como ele olha para ti.” “Baby, ele é o meu melhor amigo…”

“Eu sei, mas até parece que o teu pai gosta mais dele do que de mim.” “Camz, ele não sabe que nós estamos juntas.” “Pois, o problema é que nós não estamos juntas Lauren.”

“Mas vamos estar. Eu quero esperar pela altura certa.” “E quando vai ser isso?” “Brevemente”

“Ok, então até lá não há beijinhos…” ela disse com a língua de fora

“É que nem penses que escapas… eu disse que ias pagá-las e tu disseste que era hoje. Por isso vai haver beijinhos, vai” “E quem disse que eu tos vou dar?” “Digo eu” “Uhh, Lauren possessiva… gosto!”

Quando ela o acabou de dizer, dei-lhe um beijo e descemos…

Ninguém tinha notado a nossa falta.

“Então Lu! Conta coisas… precisamos das novidades.” “Ok, eu tenho um anúncio a fazer… Não me julguem, por favor!” Pediu o Luis

“Claro que não julgamos. Diz”

“Obrigado papa J… Eu descobri que sou gay”

Houve um silêncio, mas eu corri e abracei-o. Sussurrei-lhe ao ouvido

“Sei o que estás a sentir…” ele olhou com um ar confuso e eu disse “Depois falo contigo”

“Ninguém te vai julgar Luis, sabes que já fazes parte da família, não sabes?” Perguntou o Chris

“Sei… E agradeço, porque são a única família que tenho”

Neste momento estávamos a jantar e de um lado estava a Taylor, eu, a Camila e a Sofi e do outro lado estava o meu pai, a Sinu, o Chris e o Luis.

Eu bem avisei que não me iria conter…

Pus a mão direita debaixo da mesa e comecei a dar festas na perna da Camila… ela estava super vermelha e eu não conseguia parar de sorrir.

“Mija, está tudo bem?” “Está sim, mama! Só me engasguei!” Camila disse com um pouco de dificuldade

Eu ia subindo a minha mão cada vez mais e… vocês deviam ter visto a cara dela, era linda…

Ela levantou-se e foi à cozinha. Óbvio que eu percebi que era para eu ir ter com ela.

Fui à cozinha e ela estava encostada à bancada, de costas para a porta. Eu agarrei-a na cintura e comecei a dar-lhe beijos no pescoço.

Ela virou-se, pôs os seus braços à volta do meu pescoço e beijou-me.

“Tu pões-me doida” ela disse e voltou a beijar-me

“Nós devíamos parar e voltar.” “Então, o que é que aconteceu à Camila rebelde han?” “A Camila rebelde, neste momento não lhe apetece muito ser apanhada e ser proibida de ver a sua miúda!”

“Uhh, gosto quando me chamas a tua miúda!”

Ficámos na cozinha mais um bocadinho, mas já estávamos sentadas na mesa e não estávamos a fazer nada.

“Então não vêm jantar?” Perguntou o meu pai

“A Camila estava-se a sentir um bocadinho mal e eu fiquei a fazer-lhe um bocadinho de companhia” menti-lhe

“Eu juro que não vos percebo… Num momento estão a discutir, no outro estão a fazer companhia uma à outra.” “Somos duas raparigas adolescentes Mike. Isto é normal!” Disse a Camila

“Pois, parece que sim. Então quando te sentires melhor, juntem-se a nós… Nós vamos sentar-nos no sofá à vossa espera.

Eu disse um ‘ok’ e quando ele saiu, eu ataquei os lábios da Camila

“Para que é que foi isso?” Perguntou-me “Já não aguentava…” Ela sorriu e encolheu os ombros.

Fomos para a sala e eu sentei-me ao lado de Luis, enquanto a Camila se sentou no sofá oposto

“Então Lu… Acho que todos nós precisamos de uma explicação, não achas?”

“Sim… eu vou-vos contar tudo!”

Eu dei-lhe um sorriso de força e ele continuou

“Bem, há três anos atrás eu conheci um rapaz e eu estava mesmo apaixonado por ele… eu fui contar aos meus pais e eles não reagiram bem. Disseram que eu era a vergonha da família e que eles nunca me iriam aceitar. Basicamente disseram que já não me queriam como filho e puseram-me fora de casa…”

Eu estava em choque. Como é que os meus ‘tios’ puderam fazer isso… bem, agora eles já não são nada.

Eu nem acredito que o Luis passou por isto.

“Há mais…” “Há mais??” Perguntei

“Sim. Bem, esse rapaz morava cá… ele já não mora. Nós já namorávamos… quando eu lhe disse o que tinha acontecido ele deu-me imenso apoio, já vivíamos juntos e estávamos muito bem, só que ele acabou comigo porque gostava de uma rapariga que andava na escola dele…”

Que estúpido, eu vou encontrar esse rapaz e essa rapariga e vou matá-los…

“Eu fiquei numa lástima… Eu perdi tudo por ele e ele nem quis saber. Eu comecei a fumar e a beber, mas depois percebi que estava a matar-me por causa de uma pessoa que não o merecia… então parei.”

“Sinto muito Luis… Como é que o rapaz se chama?”

“Austin…”

“AUSTIN??” ouvi a Camila a perguntar… não sei porquê, mas já não estou a gostar da situação

“Tu conheces o Austin?” Perguntou o Luis

“Não tenho a certeza se é o mesmo, mas qual é o apelido desse Austin?”

“Mahone!”

No momento em que o Luis disse o apelido desse tal Austin, a cara da Camila ficou branca… como se ela tivesse visto um fantasma.

A Sinu correu logo até ela e abraçou-a e neste momento a Camila estava a chorar…

Eu só queria tê-la nos meus braços… mas eu não posso. Não aqui!

******

O Luis já se tinha ido embora e neste momento já estavam todos nos seus quartos. Eu saí do meu e fui ter com a Camila. Eu preciso de tirar esta história a limpo.

Entrei e ouvi-a a chorar. Corri até ela e pus os meus braços à sua volta.

“Está tudo bem babygirl… não chores. Eu estou aqui!”

Ela acalmou-se e nós estávamos deitadas na sua cama.

“Queres contar o que aconteceu?”

Ela assentiu com a cabeça e começou a falar…

“Foi exatamente há três anos atrás…” ela começou a dizer