(2x2) - "This Year Will be Different"

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Faith bateu na porta da diretoria.

- Entre. - disse uma voz masculina.

- Oi, foi o senhor que me chamou aqui? - perguntou.

- Sim, srta. Mikaelson. Acontece que assumi a diretoria da escola e sua ficha parece perfeita para entrar na aula de Magia Ofensiva.

- Talvez não seja uma boa ideia no momento. Se você ver meu registro com Emma, perceberá que eu não estou no perfeito controle depois... bom, depois de eu morrer.

- Oh, não se preocupe. Você será perfeita para o projeto. Até agora, só você e a srta. Saltzman foram convidadas oficialmente. Aceita?

Ela o olhou de cima a baixo. Tinha algo de muito errado nele. Seus olhos pareciam vazios, como estaria se um vampiro estivesse praticando compulsão nele. Se bem que ele é um bruxo...

- Na verdade, minha família já me ensina magia ofensiva e eu sempre treinei. Mas... obrigada pela oportunidade? Eu acho? - perguntou baixinho.

- Claro. Caso se arrependa, ainda estarei aqui. - seu olhar lhe dava arrepios. Seu instinto dizia para ela correr: havia algo de errado com ele, e esse problema era com ela. No momento em que tocou na maçaneta, ouviu ele terminar.

- Mais uma coisinha, srta. Mikaelson... - ela respirou fundo antes de se virar.

- Sim?

- Eu realmente espero que todos se lembrem de sua irmã. Tudo tem seu tempo... - disse ele de maneira misteriosa e a loira logo abriu a porta e saiu do ambiente sufocante, em choque.

Resolveu ir para a velha casa na floresta em que a maioria dos alunos usava para fumar maconha ou fazer festas, mas devido aos recentes acontecimentos, estava vazia.

Se sentou em uma das mesas e respirou fundo, batendo o pé descontroladamente no chão, nervosa, tentando se acalmar.

Ouviu um mínimo barulho que foi captado pelo seu ouvido, então se virou.

- Quem é você? - perguntou a loira, num tom de desconfiança para um garoto de sua idade.

- Meu nome é Sebastian. E você é?

- Faith.

- Prazer em te conhecer, Faith. Você parece ser uma pessoa interessante. É estranho perceber em você o cheio de um lobisomem embora dê para perceber que é uma vampira.

- E bruxa. Sou uma tríbrida. - disse ela, orgulhosa, fazendo com que ele finja surpresa. Era óbvio que ele já havia feito sua pesquisa sobre ela antes. Não era de sair pedindo ajuda a qualquer bruxa. A observou por tanto tempo que já sabia cada hábito. Agora, decidiu se revelar.

- Hm... não posso fingir que não estou surpreso. De todos meus anos de vida como vampiro, e convenhamos, foram nuitos, nunca encontrei uma tríbrida.

- É eu... sou a única da minha espécie. - doeu falar aquela frase.

- Deve ser interessante... mas estressante. Carregar o peso de tanto poder.

- É...

- Algum namorado?

- Não. Solteira. - lembrou-se de Lizzie naquele instante. Nos primeiros dias, se arrependeu de ter terminado com ela, mas depois lembrou-se que foi para o melhor das duas. - Por quê? Está interessado na aberração da natureza? - ela o provocou.

- Talvez. - disse ele, não conseguindo evitar um sorriso genuíno.

- Me conte uma coisa. Você é real? Ou mais uma das minhas alucinações que jurava ter curado nas férias?

- Totalmente real.

- Hm. Então, você deveria ir se matricular na escola. Ela vai te ajudar a controlar sua sede, por exemplo.

- Assim como você está controlando sua magia? - perguntou irônico ao perceber que as íris da menina estavam em um verde anormal. É claro que ele já havia visto isso antes.

Esse descontrole completamente anormal. Acontecia apenas entre as bruxas mais poderosas e significava perda.

Ele sabia que em uma situação normal, de sua época, ela já estaria morta. Mas ele precisava dela e ela era extremamente difícil de ser morta.

- Como você sabe que não estou sob meu controle?

- É meio óbvio. Aliás, estranho ninguém notar isso.

- Emma notava. Mas desde que ela foi embora, Dorian me obriga a tomar isso para ninguém descobrir e eu não machucar ninguém. - disse passando um potinho para o vampiro. - Só que eu me sinto pior tomando isso eo que quando eu estou totalmente descontrolada. E não entendo porque Emma não queria que eu tomasse isso antes.

- É meio óbvio. Não sei como você não percebeu que isso contém verbena e acônito. Você já estaria morta a essas horas se fosse um sobrenatural comum. As alucinações? Provavelmente decorrentes disso. E... é claro... se você continuar tomando, em um mês você deve morrer. - disse ele calmamente, jogando o pote de volta para ela, que o olhava incrédula.

- E como você sabe disso?

- Era como eles matavam hereges do gemini coven descontroladas enquanto as bruxas comuns que sofriam disso eram queimadas vivas. Pelo jeito, só tentaram "humanizar" isso.

A loira se levantou, receosa, e percebeu que até que essa teoria fazia sentido.

- Obrigada. Por me salvar disso. Eu estou te devendo um favor. - disse a loira. - Agora eu preciso ir resolver algo.

- Não se preocupe, eu vou cobrar. - disse ele, sorrindo enquanto ela saía.

Ela foi direto para seu quarto e encontrou realmente, apenas mais um. Ela respirou fundo, com raiva antes de criar um feitiço para queimar os comprimidos à base das ervas.

Foi até a sala de Dorian, abrindo a porta com apenas um feitiço e entrando na sala.

- Você está tentando me matar, Dorian? Vivemos literalmente 11 anos de maneira pacífica e agora você tenta me matar?

- O quê? - perguntou ele, incrédulo.

- Não se faça de sonso! Aqueles comprimidos que você me passava, são feitos à base de verbena e acônito. Logo  eu estaria morta. - disse ela, furiosa, todo o seu redor vibrando com a sua magia.

- Eu já deixei de pedir seus medicamentos faz um tempo, Faith.

- Então quem está pedindo?

- Eu não sei! Eu deixei sua bula com um dos alunos que representam suas espécies, só não me lembro com quem?

- Kaleb não seria possível, ele é meu melhor amigo... Rafael está na floresta, Jed assumiu mas ele nunca faria isso... Josie... ah, eu espero que não seja ela. - Faith saiu correndo da sala, deixando Dorian ainda mais confuso.

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