Jeon Jungkook, um garoto que cursa o final do ensino médio e acabou de entrar na maioridade, se vê em desespero ao receber uma mensagem de um número suspeito, forçando-o a pedir ajuda para Kim Taehyung, por achar que o desconhecido é o seu ex-melhor...
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Desconhecido
Vai continuar com isso até quando? [13:56]
Jungkook olhou o conteúdo e simplesmente voltou a bloquear a tela do seu celular. Não era a primeira e, com certeza, não seria a última mensagem a ser ignorada pelo rapaz desde que aquele estranho começou a falar consigo.
Há dias o número desconhecido vinha tentando o contatar por texto, mas nunca chegou a responder nenhuma de suas mensagens. Achava que com o tempo, quem quer que fosse, simplesmente desistiria e pararia de lhe encher, mas a pessoa parecia ser persistente e não mostrava sinais de que iria ceder.
Até mesmo cogitou em denunciar o número para a polícia, mas tinha arrepios daquele lugar e, talvez pelo o seu jeito despreocupado, não via real necessidade para tal.
Por mais assustador que parecesse alguém saber o seu nome inteiro e não desistir por um único dia de tenta se comunicar, uma parcela da culpa também caia sobre Jeon, por nunca dar atenção.
E ele reconhecia isso.
Ainda que uma intuição interna falasse para o garoto responder logo de uma vez as mensagens que chegavam de forma regular, a fim de tentar ter um diálogo com a pessoa do outro celular; Jungkook simplesmente era indiferente com a situação e não se importava em deixar o provável caloteiro no vácuo.
— Céus, você está aí! – A voz súbita do amigo o fez voltar para a realidade, enquanto via o mesmo lutar para sair dentre as árvores e plantas da floresta. – Já tava achando que tinha me perdido no meio desse mato todo e que me resgatariam somente quando o meu corpo estivesse todo caquético. – Colocou a mão no peito, ofegante.
— Mas agora você vem aqui mais do que eu, não deveria ser tão fácil assim se perder. – Jungkook o encarou, incerto.
— Às vezes você é tão literal, que eu tenho vontade de te esmagar até não poder mais. – Taehyung fez menção de agarrar o garoto vestido com pelo menos três blusas para se esquentar, o que o tornava ainda mais fofo, mas desistiu ao vê-lo segurando a sua preciosa câmera fotográfica.
— Cale a boca. – Revirou os olhos, mexendo no aparelho em suas mãos.
— Aliás, por que me arrastou pra esse fim de mundo, logo em um dia frio como esse? – O Kim se aproximou de Jungkook, fazendo-o encostar as costas em um dos troncos rachados, com sutileza. – Você queria uma mãozinha pra se esquentar?
— Como assim?
— Ah, não se finja de inocente. – Apoiou um de seus braços ao lado da cabeça de Jeon, chegando com o seu rosto perigosamente perto. – Você sabe... ficar juntinhos, trocar o calor um com o outro... Não tem ninguém por perto, mesmo.
— P-pare com isso, Tae! – Empurrou-o de leve enquanto ria de si, já que o amigo sempre tentava colocá-lo em uma posição constrangedora. – Você é muito besta. Não entendo como consegue achar graça desse tipo de brincadeira. – Se afastou para sentar em um dos troncos caídos pelo chão.
