Capítulo 14

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Abri o envelope e dentro tinha duas passagens.

—O que é isso?

—Um convite, e super estou rezando pra não ouvir um não, porque foi difícil alugar uma casa nesse lugar!

Olhei as passagens, apesar do frio na barriga.

—Vamos esquiar em Aspen!?

—Você aceitou? — Ele levantou as sobrancelhas.

—Eu sempre quis passar frio! —Falei rindo.

—Mentirosa!

—Pior que não, eu gosto do frio, frio é bom!

—Está nervosa?

—Não!

—Eu te conheço, sei que está, mas eu aluguei uma casa com dois quartos, então não precisa se preocupar comigo. . .

—Não, não estou preocupada com isso!

—Então?

—É que nunca fiquei longe da minha família por tanto tempo.

—Se quiser posso convidar eles. . .

—Não, ano que vem já vou ficar sozinha, vai ser uma boa experiência.

Ele deu um sorriso de lado. Pegou minha mão e a apertou contra seu rosto. Ele é lindo e quente e ta firme e forte comigo. Eu tenho pegado ele de carro quase todos os dias na casa dele para irmos para a escola, e de tarde ele me pega para irmos treinar.

Cheguei em casa e mostrei as passagens para meus pais que estavam jogados no sofá assistindo o noticiário.

—Olhem o que ganhei!

—Uau, Aspen! —Disse meu pai. —Nas férias?

—Sim, semana que vem, eu quero muito ir com ele.

—É só vocês dois?

—Sim, mas não se preocupem Allan tomou cuidado de alugar uma cabana com dois quartos!

—Sei, se quiser podemos ir junto e. . .

—Não pai, eu preciso disso!

—Está bem-querida!

Dei um beijo em cada um.

—Cadê meu irmão?

—Finalmente foi pedir a mão da Bia em namoro, se tudo der certo domingo vamos almoçar juntos com a família deles aqui em casa.

—Tomara que de, boa noite!

Entrei no quarto tirei a roupa e fiquei me olhando no espelho, as dobras das costas mal se vê, aquele maldito tchauzinho está durinho e meus braços mais finos e musculosos como eu queria, a maior parte da minha gordura ficou na região das minhas coxas e bunda. Com dedicação tudo se consegue. Agora eu consigo olhar no espelho e ver que sou eu, sei que não sou a mesma menina de 4 anos atrás, mas consegui chegar a quase minha meta e isso está me deixando com o astral elevado, o pessoal se cansou de falar de mim e de Allan, Dandara está na dela, agora o foco dela é o Jeremy, o que nos deixou mais tranquilos.

Toc.

—Entra mãe!

Reconheço cada batida da minha porta.

—Filha, precisamos conversar!

—Espero que não seja sobre sexo. —Resmunguei.

—É sim, e você sabe que precisa falar sobre isso.

—Mãe, eu posso falar com a psicóloga. . .

—Amorzinho vem cá. —Ela deu duas batidinhas na minha cama onde ela se sentou, com uma relutância me sentei ao seu lado. —Você e Allan vão ficar a sós por mais de uma semana, sozinhos. . .

Destino ou Acaso?Onde histórias criam vida. Descubra agora