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Oooooi, pessoas, turu pom? Como prometido, aqui está a segunda parte.
Antes de começar essa leitura, vou passar um recadinho. É o seguinte, estou trabalhando em mais um livro, e nesse livro, confesso, irei trabalhar um pouco mais. Então, muito provável que A voz do amor fique uns dias sem atualização.
Minha nova obra se chama Hey, te amo, e irei publicar ainda hoje, então, se puder dar uma olhadinha nela também😊. Obrigada!¤¤¤¤
- curiosidade? - pergunto fitando-o.
- sim, curiosidade. Tenho mais uma pergunta. Você acha que o amor verdadeiro é para sempre? Ou podemos amar diversas vezes ao longo da nossa vida?
Encaro-o tentando entender onde ele quer chegar com aquela conversa.
- ahn... quando o amor é verdadeiro ele permanece, isso é o que Lana Del Rey diz. Stephen Hawking disse que "se tiver sorte e encontrar o amor, cuide dele". Mas eu... acho que isto é uma questão de Qualia.
- física quântica?
- não! Filosofia. Qualia é uma experiência subjetiva. Apenas quem sente sabe o que sente e não tem como explicar. Por exemplo, eu e você podemos sentir o tal amor verdadeiro, mas de maneiras diferentes. Para mim ele pode trazer sensações diferentes das suas.
- Rav... isso não responde a pergunta inicial. O amor é para sempre ou ele pode acabar? Amamos apenas uma vez na vida ou várias vezes?
- podemos amar apenas uma vez. E podemos amar várias vezes. Como eu disse, isso é uma experiência subjetiva. E eu não posso te responder essa pergunta porque, bem... somos tão joveens, tão joooveeens, tão joooveeeens.
Ele balança a cabeça em negatividade e sorrir me fazendo abrir um sorriso espontâneo.
- você sempre me deixa sem argumentos. Rav, você se lembra da Priscila?
Definitivamente não estava esperando por aquela pergunta. Imediatamente o par de olhos castanhos invade minha mente fazendo meu coração, estranhamente, aquecer com a lembrança.
- ah, sim... lembro. - como esquecer a dona do olhar penetrante que me fez sair de órbita? Penso secretamente. - Precisamos visitar ela, saber se está tudo bem com ela. - assume que você quer mesmo é ver ela.
- Ela está bem, consegui um tempinho livre no trabalho e fui até a casa dela. Convidei ela para jantar aqui amanhã, tudo bem pra você?
Nesse instante, estaria mentindo se falasse que meu coração não saltitou de alegria ao ouvir aquela notícia. De alguma forma que eu desconhecia, saber que amanhã veria Priscila novamente enchia meu coração de alegria.
- Tá brincando? Isso é ótimo! Temos que fazer compras amanhã. Vou chamar Débora e Renata, tudo bem?
- ah, as bigshoes que não se assumem? Pode sim. Quero ver a química delas no ar.
- Rodrigo, não sabemos se elas estão de fato juntas. Só são suposições minhas.
- ah, monamour! Por qual outro motivo Débora não passa mais o rodo em todas as festas que vai?
- ué... talvez ela criou vergonha na cara.
Rodrigo arqueia as sobrancelhas.
- aah, Raveninha... se eu não te conhecesse diria que você é uma inocente por falar isso. Mas eu sei que de inocente você não tem nada... - ele diz com um sorriso atrevido no rosto.
- o que você quer dizer com isso?
Ele revira os olhos.
- oras, Ravenna, você não tem trocado mensagens com ninguém desde dar um pé na bunda da embuste da Amanda?
Suspiro.
- Rodrigo... não, não há ninguém.
- Ravenna, você deveria tentar conhecer novas pessoas, sair mais, pegar umas gatas. Você não saiu com ninguém desde que se livrou da embuste.
Desvio o olhar de Rodrigo. Falar sobre relacionamentos me deixa desconfortável.
- e você é um homem falando o que devo fazer. Não, Rodrigo, eu não quero.
- hey, não é isso. Apenas estou preocupado com você. Não é como se todas as pessoas que você irá se envolver sejam abusivas como a Amanda. - ele diz.
Suas palavras me atingem em cheio. O fito sem acreditar no que acabei de ouvir.
- Você pode respeitar minha opinião? Sabe de una coisa, Rodrigo? Você desconhece limites, e daí se não quero sair e conhecer outras pessoas? E daí se não quero sair por aí "pegando gatas"? Em algum momento você parou pra pensar que eu não me envolvi com ninguém simplesmente porque eu NÃO QUERO, e não porque acho que todas as pessoas são como Amanda? Sua preocupação é inútil.
Ele abre a boca para falar algo mas antes que o faça, saio da sala e tranco-me em meu quarto.
Isso tudo é uma merda. Pensei que iria superar o que me aconteceu e seguir em frente, mas a verdade é que nunca mais consegui confiar em ninguém para me relacionar. E faz tanto tempo, que acho que agora a culpa por não conseguir seguir em frente é toda minha. Tudo bem, relacionamentos abusivos deixam marcas, mas eu não poderia simplesmente superar isso e seguir em frente como tantas pessoas conseguem? Mas não, eu nem consigo pensar na possibilidade de um novo relaciomamento. Rodrigo sempre me ajudou muito, mas ele não tem o direito de se meter em minha vida pessoal e tratar meus sentimentos como algo sem importância.
Deito-me em minha cama. Depois de alguns minutos tentando dormir e fracassando miseravelmente, pego meu celular e passo a ver minhas redes sociais. Longos minutos de tédio se passam e o sono finalmente chega. Coloco meu celular no criado mudo e fecho os olhos.
¤¤¤
São 03:00 horas da manhã e sou acordada pelo barulho do meu celular tocando estridentemente. Xingo mentalmente o aparelho que me tirou de um sono tranquilo e sento-me na cama.
Pego o celular e verifico a chamada, é Débora. Eu vou matar ela amanhã.
- me dê uma boa razão para estar me ligando essa hora - falo com a voz arrastada.
- você quer uma boa razão? Pois eu lhe dou até duas. - ela diz animada - preparada?
- eu estou preparada para dar na sua cara. Diz logo e me deixa dormir.
- ok. Mas você não irá dormir, esquece. 1) o corpo de uma mulher foi encontrado na saída da cidade. E 2) você foi convocada para me ajudar a cobrir esse caso.
Desperto com a notícia. Como assim vou ter que trabalhar durante o Domingo?
Ah, claro, o corpo encontrado. Um arrepio percorre meu corpo. Lembro-me da moça de ontem, ou melhor do corpo desta. Tenho uma leve impressão de que há algo muito estranho, dois crimes em dias tão próximos, definitivamente isso não é algo comum.
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A voz do Amor
RomanceDuas garotas. Dois passados. Duas histórias. Um destino: Amor. Esta simples estudante de Letras promete que irá fazer cada um de vocês sorrir. E chorar. Sejam bem-vindas e bem-vindos à minha primeira história! ah, e me ajudem a divulgar, por favor!