Lembre-se de mim

A festa dita por mim, Maria

Me arrumei com a melhor roupa que eu encontrei no shopping, queria estar maravilhosa. Kauã, o amigo da Eliza, ele parecia perfeito, era moreno, tinha um cabelo liso, parecia um índio, era doce e educado, eu gostava de homens assim.

Passei quase 2:30 me arrumando quando a Eliza chegou na minha casa, ela estava com uma cara estranha, parecia assustada, mas achei melhor não perguntar.

Chegando na festa, a Eliza logo encontrou o Kauã, eu não sabia o que faria, eu estava com muita vergonha, mas depois que terminei com o Eduardo, prometi a mim mesma, que agiria diferente, em relação a relacionamentos, iria der mais solta.

Eliza e Kauã se cumprimentaram, eu fiquei tímida, mas surpreendi ele com um selinho, e me despedi da Eliza, levando ele comigo para conversarmos, fomos andando até o bar e pegamos bebidas, comecei a sentir frio, então ele me deu o casaco dele.

Conversamos algum tempo, sobre a vida, trabalho, faculdade, último ano. Eu ja me sentia apaixonada, sabe, o sorriso dele era doce, e ele tinha uma gargalhada muito gostosa, eu adorei conhecê-lo.

Eu não queria ir embora, queria ficar com ele, então tentei procurar a Eliza, para avisar que estávamos bem, consegui acha-lá, mas ela estava com um cara no bar. Achei melhor não atrapalhar.

Kauã, sugeriu que fossemos para o carro dele, ele era menor de idade, mas o carro do pai dele estava em casa e o pai o deixava pegar quando ele ia sair para perto. Então, aceitei a proposta, mas não faria nada com ele, só fui porque eu sentia muito frio.

Chegando no carro, eu falei algo engraçado, que agora nem me lembro do que se tratava, mas ele riu muito e bem alto, eu ria só de ouvir a gargalhada dele. Tirei os saltos e joguei no chão do carro, quando levantei a cabeça, percebi que ele me observava, me olhava fixamente, então comecei a encarar ele também. Ele se aproximou de mim, colocou a mão em minha nuca, e começamos a nos beijar.

Eu ja estava vidrada naquele beijo, meu celular estava tocando, e eu não queria atrapalhar, então coloquei no silencioso, sem mesmo olhar para quem estava me incomodando. O beijo me alucinava, ele passava as mãos pelo meu corpo todo, eu gostava daquilo, mas me assustava, porque eu era virgem, e não queria nada mais que amassos.

Ele, começou a beijar meu pescoço, ah, o pescoço, meu ponto fraco, então, quando ele fez isso, eu comecei a tirar a blusa dele, e ele abriu o meu vestido, eu estava só com as roupas íntimas, quando ele começou a me beijar, e então eu acordei. Pedi para que ele parasse.

Achei melhor não continuar, pois ele podia transar comigo, e depois nunca mais nos vermos. Eu queria que fosse especial, com alguém especial. Ele ficou sem graça e disse:

(KAUÃ)_Desculpe. Eu fiz algo de errado?

(MARIA)_Claro que não, você não fez nada. O problema sou eu, eu...

(KAUÃ)_Você?

(MARIA)_Eu sou virgem... (Digo envergonhada olhando para baixo)

(KAUÃ)_Ah, entendi, tudo bem. Eu entendo. (Diz puxando o meu rosto me fazendo olhar pra ele, e tirando uma mecha de cabelo do meu olho.)

Eu achei que ele foi muito doce comigo, eu realmente gostei muito dele. Eu ja o queria, de todas as formas. Ja era bem tarde, então ele perguntou, se eu queria que ele me levasse para casa. Então eu aceitei, mas eu teria que procurar a Eliza primeiro.

Peguei meu telefone, tinham diversas chamadas perdidas, e várias mensagens, fiquei preocupada, fui de volta para a festa, e a procurei, liguei, mandei mensagens, queria que ela soubesse, o que tinha acontecido, eu não encontrava a Eliza, o telefone dela dava desligado e as mensagens não chegavam, fiquei muito nervosa...

Depois de um tempo procurando, o Kauã me disse:

(KAUÃ)_Maria, ta tarde, talvez ela ja tenha ido, é melhor eu te levar logo, tudo bem?

(MARIA)_Tudo bem.

Ele me levou. Quando eu cheguei em frente a minha casa, tinha um carro parado, era do meu irmão.
Pedi para que o Kauã abaixasse a lanterna, eu vi uma menina la dentro, e queria saber quem era. Fiquei la dentro conversando com o Kauã um pouco, então a menina saiu, era a Eliza.

Eu não acreditei, como ela podia sair com o meu irmão, sem pelo menos me falar? Tinha que ter outra explicação! Me despedi do Kauã, e entrei em casa, enquanto o Maurício, pegava alguns de seus equipamentos na mala, para que ele não me visse. Deixei pra lá e fui dormir, mas a Eliza precisava me dar uma boa explicação.