Deusa da Ostentação - ( parte 2)

Capítulo 208

Americano Narrando:
Quando a notícia chegou que o Tato havia pegado a loira, vi o Coringa mudar. Eu odiava pensar nas coisas com ódio, sempre me controlava, mas era a loira e no lugar do Coringa eu também não me controlaria. Se fosse a Bru faria dez vezes pior.
Iríamos invadir o morro onde o Tato estava
escondido agora mesmo e a ordem do Coringa foi detonar tudo até achar a loira. E que era pra ele pegar o Tato.
Nessas horas não dava pra ter medo, minha vida
sempre foi assim, partir pro tudo ou nada sem
saber se volta. Tinha um batalhão só pra enfrentar o Tato. Olhei para o Coringa já dentro do carro. Ele estava nervoso e isso eu sabia.
Mexer com quem o Coringa ama era um caso sério o Tato poderia fazer o que quisesse com o Coringa, mas não com quem ele ama. E isso mexia muito com ele, porque essa era a fraqueza do Coringa.
Americano: A Camilla é esperta, ela está bem
Coringa: Eu não quero perdê-la
Americano: Vamos buscar ela
Coringa: Pode rodar.
Liguei o carro e dirigi até o morro inimigo. Só ouvia rajadão do morro e muita gente correndo e muita gritaria.
Subimos por um atalho por trás do morro, só havia mato e lama naquela merda. Agora caçar a loira na favela era foda. Ela poderia está em qualquer canto.
Já me preparei com uma AK-47 e do meu lado d
Coringa estava com uma igual a minha. Fomos
subindo e já íamos direto pra boca pegar os filhos da puta que estavam por ali
Mano na hora a gente não pensa em nada a não
ser proteger o que é nosso. Eu já tinha colocado
uma par no chão e o Coringa também. Um sempre protegendo o outro
Coringa: Cada arranhão na Camila vai ser um tiro
que eu vou dar no Tato. -Ele disse recuperando o
fôlego do meu lado. Por um tempo eu duvidei da
capacidade do Coringa matar o próprio irmão, mas o olhar dele dizia outra coisa e eu não o impediria momento algum. Não tirava a razão do Coringa.
O barulho de tiro era incessante e com certeza
sentiria falta dos meus amigos que tiveram a
coragem de servir até o final ao nosso lado.