CAPÍTULO 4 - O noivado

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CAPÍTULO 4

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CAPÍTULO 4

"Porque mesmo depois de todo esse tempo, eu ainda me pergunto
por que não posso seguir em frente
da maneira que você fez tão facilmente."

Charlie PuthWe Don't Talk Anymore

Deixei as bolsas do mercado em cima da bancada da cozinha e peguei um copo de água gelada, virando-o garganta abaixo em grandes goladas. Deixei o copo na pia e apoiei as mãos na ilha.

Passei uma mão na testa e respirei fundo, sentindo um turbilhão de emoções tomando o meu corpo.

Droga, eu não estava preparada para aquilo.

Reencontrar Nina era uma coisa, porque ela era a minha melhor amiga. Mas dar de cara com Vincent Sartori no estacionamento do mercado daquela forma era demais para a minha sanidade.

A forma como ele reagiu, sua expressão chocada, seus olhos perplexos encarando os meus... Não sabia como lidar com aquilo, não mesmo.

Pulei de susto quando meu celular tocou no bolso da calça jeans. Peguei o aparelho e vi o nome de Nina piscando na tela.

– Oi, Nina – atendi, com a voz meio engasgada.

Você está bem? – ela perguntou no outro lado da linha. – Que voz é essa?

– Depois eu explico.

Ok... – Seu tom deixava claro que eu não ia escapar da explicação. – Já estou chegando e tenho uma novidade para você.

– Ok, estou te esperando.

Deixei o celular sobre a ilha e arrumei as compras. Assim que terminei de guardar tudo, a campainha tocou. Gritei para que Nina entrasse, já que a porta estava aberta, e ela apareceu na cozinha com um sorriso de orelha a orelha.

– Desembucha agora! – pediu, sentando em um dos bancos da ilha. – Acho que ganhei uma multa por dirigir acima do limite de velocidade, de tão curiosa que fiquei.

– Eu que deveria estar curiosa... – Arqueei uma sobrancelha, com as mãos na cintura. – Que novidade você quer me contar?

– Primeiro você, Cassie. – Revirou os olhos. – Sua voz estava muito estranha e tá estampado na sua cara que algo aconteceu.

Bufei e dei por vencida. Apoiei os cotovelos sobre a ilha, ficando de frente para Nina, que me observava atentamente. Me preparei para falar, mas não sabia o que dizer. Desviei o olhar dela e suspirei pesadamente.

– Ah, meu Deus... – murmurou, com um brilho de compreensão no olhar. – Você reencontrou ele.

Dei de ombros e passei uma mão no cabelo, tentando colocar meus pensamentos no lugar.

O primeiro dia do resto da minha vida (Duologia Dias I) - [degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora