Alegrias

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Era uma linda manhã de Domingo, e Harry se levantou com um humor esplêndido. Estava tão feliz que quase sentia que poderia chorar. Acordou Rony pulando em sua cama e quase o fazendo cair da mesma, brincou com Hermione que lia um livro sobre Runas Antigas na sala comunal da Grifinória, e até deu um beijo na bochecha de Gina, que fazia uns feitiços para colorir os cabelos. E com essa demonstração de afeto a "amiga" apaixonada se derreteu toda. Mas não disse nada à ninguém.

O motivo da alegria e do sentimento maravilhoso que Harry tinha agora dentro de si, em cada movimento de suas mãos tinha um nome: Draco Malfoy e o loiro estavam em pé de igualdade com o moreno.

Estava feliz, até admirou as gotículas de orvalho que pendia das plantas, mesmo que não demonstrasse, estava nas nuvens.

Eles se encontraram no Grande Salão e se dirigiram olhares apaixonados, durante todo o café da manhã. E Harry jurou que viu Parkinson tentar chamar a atenção do loiro, sem sucesso, é claro, ele se vangloriou por isso. E o motivo era que o loiro não tirava os olhos dele, o que ele achava fabuloso.

Harry estava encantado com o brilho do cabelo do loiro, aquele cabelo platinado que não se abalava nem por tormentas. Os olhos cinza, que serviam de fonte de inspiração para as maiores loucuras de Harry, e o corpo de Draco, aquele corpo que tinha os movimentos fluídos e sem a dureza e o jeito desengonçado de um corpo adolescente que Harry muitas vezes reconhecia em si próprio. Draco era um homem com total sintonia de movimentos, tudo em si era sincronizado. E Harry estava muito feliz em saber que Draco, seu Draco era equilibrado, o que mais Harry precisava era de equilíbrio, o que havia sido tirado de si ainda em sua infância, com a prematura morte de seus pais e com a interferência direta que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado teve em sua vida...

Harry o observou com olhos famintos, ele adorava quando o loiro parecia cansado, mas que na verdade era tédio, o tédio que escorria pela boca dele como uma cascata viva.

Harry sabia que o loiro estava entediado pelo modo como movia o garfo em suas mãos, desinteressado, em tudo e em todos, menos nos olhos grifinórios que o focavam com tanto interesse.

"Esse Harry não muda", pensava Malfoy.

Mesmo depois de um mês de namoro, que foi brutalmente "interrompido" por alguém que Draco preferia nem lembrar ainda o fazia fascinar com cada movimento de Harry. O moreno tinha uma inocência intocada, completamente encantadora. E era isso que Draco amava nele, por ter vivido entre cobras e serpentes desde que nasceu, a virtude que Draco mais admirava eram a inocência e a pureza. E Harry mesmo depois de tantas batalhas contra o Lorde das Trevas, continuava com a pureza e inocência intocadas. Apesar de se mostrar um ninfomaníaco, de primeira, esse pensamento fez Draco corar ligeiramente o que passou quase despercebido pelos olhos de todos pois se recompôs num segundo. E Draco amava mais uma coisa em Harry, mais um simples detalhe que quase sempre era despercebido por todos. Harry ignorava completamente o fato de ser um homem extremamente atraente. E de ser muito fascinante. A cada movimento do grifinório, rapazes e moças da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts solavam suspiros e mais suspiros a cada sorriso e gesto, por mais simples que parecesse encantava ambos os sexos, independente de idade. Ou da opção sexual. Ele se surpreendeu uma vez em que viu a Professora McGonagal "nadando" nos olhos de Harry. E bem que ela tentou disfarçar, mas mesmo assim, Draco sempre teve nos pensamentos que Harry era seu e de mais ninguém.

O que de fato era hilário.

Draco já havia se pego diversas vezes tentando imaginar o que seria de sua vida sem o moreno, e tinha de admitir que os vislumbres não lhe eram nada agradáveis.

Se encararam por longos minutos enquanto tomavam o café-da-manhã, até que Rony interrompeu os pensamentos de Harry.

-Ei, Harry, bom dia! – disse o ruivo ao entrar de braços dados com Mione no Grande Salão.

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