Park Jimin um jovem Ômega de 17 anos, e sofre muito com a triste e recente perda de sua mãe. Ele mora com seu pai, o senhor Park Tae Pyung, que é um cara que trabalha muito e quase nunca está em casa. O garoto sofre muito preconceito, por não portar...
Minha mãe chegou a noite, chamando eu e meu irmão para conversar, contou que iria se casar novamente. Se eu estava bravo pelo fato da minha mãe se casar novamente? É claro que sim. Primeiramente que ela escondeu isso de mim, isso não é o certo a se fazer. Por muito tempo ela estava saindo com o senhor Park, mas ainda sim, nem se deu o trabalho de nos contar.
Meu pai não foi o melhor marido do mundo para a minha mãe e muito menos um pai maravilhoso. Além de tudo, ele não era um pai muito presente, pois ele viajava muito (a negócios). Quando voltava para casa, ele bebia muito e se mostrava uma pessoa bastante agressiva.
Como Hoseok era muito pequeno, contamos as histórias boas a ele ou contávamos mentiras. Fazíamos isso para que ele acreditasse na ideia de um pai perfeito. Não queríamos que o pobre garoto conhecesse a verdadeira história e não pretendemos contar a verdade.
Tenho medo de que minha mãe sofra em outro relacionamento. Éramos só nós três, já estava perfeito desta forma, mas quem sou eu para questionar? Eu vou ter que aceitar de qualquer forma, só que não será tão fácil assim.
No domingo pela manhã, minha mãe bate na porta do meu quarto, mas eu não respondo. Ela espera alguns segundos antes de entrar, vem em direção a minha cama e se senta no pequeno espaço que tem ali. Eu me arrumo na cama, deixando mais espaço para que ela não caia.
— Não quer me contar algo? – ela fica me olhando e eu só dou de ombros – Achou que eu não iria descobrir?
— Não sei do que você está falando! – me faço de desentendido – Que eu saiba, quem andou escondendo algo foi você.
— Pare com isso, Jeon Jungkook! – ela fala brava – Eu sabia que se te contasse você faria isso, por isso não te contei.
Por alguns minutos ficou em silêncio, até que minha mãe se levanta e vai em direção a porta. Antes de abrir, ela me olha e fala:
— Saiba que eu estou muito feliz com o senhor Park. Você não tem o direito de ficar bravo! Eu sou sua mãe, sou bem grandinha para tomar conta da minha própria vida! – ela solta um suspiro, e em seguida completa: – Então, você ficando bravo ou não, eu vou fazer o que me deixa feliz.
— Só espero que você seja feliz de verdade com ele então! – falo me virando para a parede, fingindo dormir.
Quando a noite estava chegando, minha mãe me obrigou a me arrumar, disse que se eu não me arrumasse, ela tiraria meu video game. Me arrumo e fico em meu quarto esperando o senhor Park chegar, só saio quando ouço vozes na sala. Conversei poucas coisas com o senhor Park, ele me parece um cara legal, mas eu ainda estava bravo.
Tudo naquela noite estava me estressando. Meu irmão começou a namorar com meu ex melhor amigo. Por algum motivo, eu não aprovo isso, nunca vou aprovar. Minha mãe, que começou a namorar escondido e isso parece coisa de uma adolescente, não coisa que uma mãe faria.
A única coisa naquele ambiente que estava me agradando, era o Jimin. Esse garoto tem um cheiro doce e bom. Quando ele se voluntaria para lavar a louça, eu me levantei e voltei para o meu quarto, porque sabia que aquele cheiro natural que o garoto tem sairia de perto de mim, ele era a única coisa que estava me mantendo sentado alí.
Eu fico em meu quarto até que eles foram embora. Quando eles finalmente saem, eu vou até a cozinha para pegar um copo de água. Minha mãe estava sentada em uma cadeira, perto da bancada, eu me sento ao seu lado e ela me olha como se eu fosse criticá-la. Então eu falo:
— Eu gostei dele! – falo um pouco sério e vejo um sorriso lindo surgindo no rosto dela.
— Eu sabia que você iria gostar! – ela fala sorrindo – Bom, como você está bravo com isso, não teremos uma cerimônia grandiosa. Vamos nos casar apenas no cartório. Eu conversei com ele e por incrível que pareça, ele adorou a ideia – ela fala ainda sorrindo, minha mãe está realmente muito feliz – Eu preciso que você falte a aula da faculdade amanhã, preciso de ajuda para arrumar algumas coisas, para deixar tudo pronto para encaixotar.
— Eu sabia que o serviço pesado sobraria tudo para mim. – nos dois demos uma gargalhada – Tudo bem, não tenho nada importante amanhã!
— Calma que tem mais... – eu a olho confuso e ela começa a rir – Senhor park quer uma ajudinha! Ele vai ter reunião muito importante e precisa que você vá buscar o Jimin na escola.
— Eu virei babá agora? – eu fico com uma expressão de bravo – Não sou obrigado a ficar cuidando do filho dos outros.
— Pois se acostume, porque quando formos morar lá, você vai levá-lo e buscá-lo. – ela fala desta vez um pouco mais séria – Ele precisa trabalhar e será a caminho da sua faculdade.
— Eu sabia que acabaria me ferrando com essa história – antes que ela pudesse falar algo, eu levanto e vou para o meu quarto.
Tomo meu banho e vou me deitar. Enquanto estava tentando dormir, coloco uma música que por um tempo me acalma. No entanto, eu não parava de pensar no maldito ômega e a música me fez pensar ainda mais nele. Seu cheiro adocicado e viciante, seu jeitinho fofo e meigo, seus lábios carnudos e avermelhados. Eu não estava entendendo o que estava acontecendo comigo, mas demorei para conseguir dormir. Por que Park Jimin não sai da minha cabeça?
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