Park Jimin um jovem Ômega de 17 anos, e sofre muito com a triste e recente perda de sua mãe. Ele mora com seu pai, o senhor Park Tae Pyung, que é um cara que trabalha muito e quase nunca está em casa. O garoto sofre muito preconceito, por não portar...
Eu acordo um pouco cansado, pois nós tínhamos voltado tarde da casa da senhorita Sun Hee. Porém, eu me esforço um pouco para me levantar, tomei banho com muito sono. Me arrumo correndo para não chegar atrasado a escola. Preparo uma torrada integral e vou até o carro do meu pai. Eu estava realmente atrasado e não teria tempo para comer em casa, por isso fui comendo no caminho até a escola.
Quando chego no local, me deparo com a pior coisa que poderia me acontecer. Lisa e seu grupinho de malvadinhas estavam paradas em frente a porta da escola, esse é um péssimo jeito de começar o dia. Desço do carro e começo a procurar Hoseok, mas não o vejo por perto. Eu tinha que passar pela Lisa, teria que tentar me virar sozinho desta vez.
Tento passar na porta de cabeça baixa, para não ser notado. Estava tudo dando certo, até que ouço uma risadinha de deboche, naquele momento eu sabia que minha paz tinha acabado. Continuo andando, mas não demorou muito para que ela me chamasse. Por um instante eu fingi que não ouvi, mas ela chama novamente pelo meu nome, dessa vez um pouco mais alto. Eu me viro e lá estava ela pior do que normalmente. O que mais eu esperaria da pior pessoa que já conheci nesta escola? Lá estava ela, rindo da minha cara.
— O que foi Lalisa? – eu falo um pouco bravo.
— Não fale assim comigo, idiota! – ela se aproximou e me empurrou, eu me desequilibro e quase caio no chão – Eu não sou qualquer uma, pra você falar assim comigo.
Eu dou uma risadinha baixa e isso a irrita ainda mais. Eu tenho meus motivos para ter dado risada, ela mesmo se trata como uma qualquer, se gabando de todos os garotos que já a comeram.
— Suma da minha frente, antes que eu perca a paciência – ela fala fechando a mão, como se fosse me dar um soco.
Eu apenas me afasto e então vejo Hoseok se aproximando de mim. Ele estava sorrindo, parecia um bobo, sorrindo pro nada.
— Qual o motivo do seu sorriso? – eu pergunto um pouco curioso.
— Nada, eu estava conversando com meu namorado por mensagem. Por isso estou feliz! – ele fala ainda sorrindo – E você... Por que está com essa cara?
— Fui recepcionado pela Lalisa e sua amigas – eu falo bravo – Ela não cansa de me irritar? Eu queria ter coragem de a enfrentar algum dia, talvez assim ela passe a me evitar.
Hoseok começa a rir sem parar, eu fico o olhando confuso, não entendi o motivo.
— Ah Jimin, todos que realmente te conhecem sabem que você não teria coragem de enfrentar nem uma mosca! – ele fala rindo.
— Nossa, muito obrigado! – falei um pouco bravo, e saio andando.
...
Quando a aula acaba, eu pego meu celular, queria ver se meu pai já estava em frente a escola para me buscar. Normalmente ele manda uma mensagem, dizendo que chegou, mas desta vez, me deparei com a seguinte mensagem:
"Me desculpe, filho. Eu esqueci de lhe falar, eu não vou poder ir te buscar. Espere pelo Jungkook. Bjs."
Nesse momento eu entrei em desespero, meu corpo congelou e sinto meu coração acelerar. A última vez que vi o alfa, o clima não estava muito agradável. Guardo as minhas coisas não muito rápido, queria demorar um pouco para ir embora, não queria encontrar com a Lisa.
Quando eu estava saindo da escola vejo ela e suas amigas paradas, ela estava me esperando. Eu uso a minha tática de sempre, passar de cabeça baixa e novamente não funcionou. Ela começou a me humilhar, zombando de tudo, desde a maldita marca que ela tem, até a morte de minha mãe. Essa mania chata de se gabar da maldita marca, só porque eu não tenho.
Começo a chorar quando ela fala sobre minha mãe. Quando enfim ela percebe que atingiu meu ponto franco, ela me empurrou e eu caio no chão. Fico com a cabeça baixar por alguns minutos, até que ouço a voz de Jungkook.
— O que está acontecendo aqui? – quando o mais velho percebe que era eu que estava ali no chão, imediatamente sua voz muda, ele estava furioso – O que você pensa que tá fazendo? Idiota!
Jungkook ficou encarando a Lisa, ele estava muito irritado com aquilo, todos ali perceberam o quão bravo ele estava. Porém, como já era de se esperar, ela viu a oportunidade perfeita para dar em cima do alfa. Quando ela começa a se engraçar para o lado de Jungkook, ele a empurra, só que não com muita força. Neste momento tenho vontade de rir e ela fica ainda mais brava, pois não gosta de ser rejeitada.
Ele dá alguns passos até chegar ainda mais perto de mim, logo ele estende a mão para poder me levantar. O silêncio circula pelo local, todos estavam olhando para Jungkook, ele virou o foco principal da história.
— Oppa, por que você está ajudando esse inútil? – Lisa fala como se tivesse a maior intimidade com o mais velho.
— Não me chame assim, eu não te dei essa liberdade. – ele fala bravo, e eu deixo uma pequena risada escapar.
Jungkook entrelaça seus dedos aos meus, segurando firme minha mão. Todos nos olham impressionados, até mesmo eu fiquei impressionado, tiveram alguns olhos arregalados e alguns cochichos também.
— Se você encostar mais um dedo no Jimin, saiba que haverá consequências! – ele fala dando de dedo na cara da Lisa – Vamos para a casa, Jimin! – ele fala me olhando. Eu nem tenho tempo de responder, ele me puxa e vamos em direção a moto dele.
— Obrigado por me ajudar! – minha voz sai mais baixa do que deveria.
Ele ergue minha cabeça e fica me olhando por um tempo, então ele da um sorriso e coloca o capacete na minha cabeça.
— Fiquei feliz em afrontar aquela garota. – ele fala ainda sorrindo, mas antes que eu pudesse falar algo, ele acrescenta: – Ela deveria saber que não deveria mexer com você, Jimin. – ele fala um pouco mais sério – Você deveria ter enfrentado ela!
— Eu sei, mas ela tocou em um assunto muito delicado. Ela falou sobre... – começo a chorar novamente – Ela falou sobre a morte da minha mãe.
Ele tenta secar minhas lágrimas, mas o capacete estava atrapalhando. Então ele só fica observando meu rosto, olhando as lágrimas rolarem.
— Bom, o importante é que ela não te machucou. – ele fala colocando o capacete em si mesmo.
— Eu não diria isso – eu mostro o ralado na palma da minha mão e um corte em meu cotovelo – Vamos para casa!
Subimos em sua moto e fomos para minha casa. Chegando lá Jungkook foi todo cuidadoso comigo, ele me ajudou a cuidar dos meus ferimentos, no final da tarde ficamos rindo de tudo o que tinha acontecido.
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