Escolhinha improvável

O amor nunca nos abandona

Elidio s pov

E lá estava eu, com Rafa, Tomé, Luque e Porchat. Nós cinco nos encontrávamos atrás da quadra, um local escondido, ideal para casais apaixonados que querem se amar, ou também para fazer o proibido, o que era o nosso caso.

Todos nós nos silenciamos quando Luque mostrou a tão famigerada bolsa,  olhávamos os arredores para nos certificarmos de que nimguém iria nos ver, e depois disso sacamos o conteúdo.

A mala estava cheia de ervas, das mais diversas qualidades e com as mais diversas consequências, era aquilo que nos divertia no momento.

Um sopro, mil alucinações, estávamos no nosso estado mais puro, e é assim que os segredos são revelados.

Rafinha: Sabe, eu queria que as coisas fossem mais fáceis, eu queria poder esquecer aquela garota

Porchat : Mas têm tanta gente afim de você, que, sei lá, você devia dar a chance para alguém, ir para outra, sabe ?

Rafinha: mas ela diferente, eu não sei te explicar, ela me faz

Luque: não adianta você se lembrar dos bons momentos, ela é uma garota como todas as outras, você só a trata de maneira especial pois ela era a sua namorada a uns meses atrás, mas se perceber isso é só ir atrás de outro alguém que você vai ter a mesma experiência

Rafinha: você tem razão

Luque: então vai lá, quem seria uma pessoa legal de se conhecer ?....

Lico: Bem eu posso te ajudar com isso se quiser, conheço umas garotas legais, acho que seria divertido fazer um telefone sem fio

Rafinha : pode ser

Tomé : você tem que superar essa, vai ser melhor para você

Porchat: falar é fácil né..

Tomé: ???

Porchat : esquece, pega mais um Beck aí

Ficamos mais um tempo até o despertar do sino, Luque nos entrega os óculos escuros, que são preparados especialmente para isso.

Os coloquei, e fui direto para minha sala apressado, nem percebi um toque em meus ombros, e por causa disso, fui puxado em direção a tal pessoa

Motta: ei Lico, não está percebendo que eu estou querendo falar com você

Lico: desculpa Bruno è que tô com pressa e a aula já vai começar e...

Motta: Não se preocupa que o recado è rápido.  Só quero dizer que eu não gosto de voce, e que eu estou de olho em qualquer deslize que tu fizer

                                    ....

Esse era dia muito mais tranquilo, ao contrário de ontem, as pessoas pareciam mais felizes, ou pelo ou menos mais conformadas com o lugar. Eu também sentia isso, mas sinto que os professores leem a minha mente, percebem que está tudo bem e por isso acabam você.

Era aula de matemática e o grande dia chegou, o dia da formação de duplas, era sempre assim, o professor se debruçava sobre sua mesa enquanto mexia delicadamente naquele pote cheio de papeizinhos, era sorteio, e se tem uma coisa que eu aprendi é que nada em sorteio é por acaso.

O mais velho nos olhava com uma cara sádica, acho que até ele sabia a sina que aquele método trazia, ainda mais para uma dupla que eu teria que trabalhar o ano inteiro.

" Samara e Elídio"

Naquele momento a garota me olhava com um ódio absurdo, completamente vermelha e quase soltando fumaça das orelhas, eu a entendia estava tão bravo quanto ela mas eu pelo menos tentava disfarçar.