~ Capítulo 4 ~

3.4K 356 169
                                    


 Felizmente, o incidente da noite passada não foi o suficiente para me fazer acordar de mal humor

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Felizmente, o incidente da noite passada não foi o suficiente para me fazer acordar de mal humor. Tomaria um banho decente, um café da manhã decente e então encontraria com o meu futuro marido e as outras nove concorrentes.

Mas sabe quando o universo parece meio que a fim de brincar com você? De banho tomado, roupinha fresquinha e tomando café, o universo decide que eu preciso sofrer da mesma moeda que o riquinho babaca – deve ser mandinga dele, só pode – e me tasca um incidente com copo de laranja e outro turista como eu!

Ótimo! Além de molhada, a blusa novinha que eu comprei não vai servir para nada! Na verdade, nem ela, nem a calça jeans. Vou ser obrigada a trocar de roupa, para variar o desastre do dia. Isso porque eu não estava preparada para ter que lidar com o tempo de escolher uma roupa nova!

Vasculho a minha mala procurando uma roupa decente. Ótimo! Agora vou ter que ir atrás de um vestido, porque aparentemente, na calada da noite, minha mãe fez o favor de trocar as minhas roupas mais bonitas para sair por vestidos! O resto é tudo mais ou menos. Argh. Escolho um vestido que parece menos brilhante que minha mãe colocou no meio das minhas coisas, de cor azul marinho. Vai servir. Ou, pelo menos, vai ter que servir, porque já estou em cima da hora!

Outro dilema foi conseguir um táxi que me levasse no tal restaurante chique. Um tal de Nakhat. Nenhum táxi parava, talvez por que era horário de rush, vai saber, e quando finalmente consegui um, tinha certeza que chegaria uns dez minutos atrasada do horário combinado.

Agora além de ter certeza de que eu era pobre por causa do vestido não tão chique como da estirpe dele, o tal árabe ia achar que eu seria uma péssima candidata por ser atrasada. Já tinha começado com o pé esquerdo! Mas que maravilha! Dubai definitivamente não estava querendo me dar sorte.

Respirei fundo. Ia dar tudo certo. Só ser charmosa. Não que eu fosse boa com isso. Por papai, poderia tentar convencer o cara, mas minha mãe mesmo disse que acha que não foi ele que leu as histórias das possíveis candidatas. Afinal, era rico. Tinha gente para fazer isso por ele. Era por isso que ele queria inovar e escolher entre dez meninas. Por que ele era tão rico que não tinha o que fazer, ou queria que os trabalhadores para ele tivessem algo para fazer enquanto ele provavelmente ficava comprando carros cromados em ouro. Eu tinha ouvido falar de algo assim. Uma vez eu vi uma reportagem. Claro que podia ser Fake News. Mas também falava que o tal ricaço não só cromou a carruagem, vulgo carro, como também havia cromado um trem.

É não ter o que gastar o dinheiro para ser tão babaca a esse ponto.

Mas também acho que o meu possível pretendente não era rico a esse ponto.

Acho pelo menos. Vai saber. Espero que não. Odeio pessoas idiotas e mesquinhas.

Corro da calçada até a entrada do restaurante parando apenas para ajeitar o vestido e recuperar o ar. Pergunto ao garçom qual é a mesa do Senhor Hamzaf Riaz e ele me aponta para uma das maiores mesas do local, de fato, com nove meninas ali. Faltando apenas eu, é claro.

O Acordo PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora