A general

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─ Kacchaaaan, eu voltei! – Izuku entrou pelo apartamento do rapaz gritando, fazendo com que o mesmo se assustasse ─ Pensou que era Himiko, né? – estranhou a garota estar em sua casa, ainda mais pelo fato de que Shoto lhe informara que ela só seria libertada no final de semana.

─ Achei que você só sairia no final de semana – disse se aproximando de Izuku, que lhe sorriu animada, indo até a cozinha para preparar suas xicaras de café.

─ Nem me fale, eu não estava mais suportando aquele lugar! Maaaas, meu querido papai chegou hoje e me libertou! – cantarolou animada, afinal, tinha sido liberada na quinta, bem antes do previsto. ─ Sabe o que isso significa, Kacchan? Que os meus planos estão prontinhos, talvez na segunda você está definitivamente, absolutamente... LIVRE! – deu um pulinho animada, abrindo os braços.

Bakugou abriu um sorriso com aquilo, finalmente ficaria longe daquela lunática que vivia lhe atazanando e lhe procurando. Seu peito se aqueceu ao pensar que poderia agir como antes e voltar com suas antigas amizades, e quem sabe, até novas. Mas então se lembrou que Izuku não ficaria mais com ele... não teria motivos para ela ficar em sua casa até tarde, não faria todo aquele teatro na frente de Himiko. Não teria mais beijos, não teria mais carinho, ele perderia tudo.

─ Kacchan? Aconteceu alguma coisa? Você 'tava tão feliz e do nada ficou estranho e com essa expressão tristonha – se aproximou pegando o rosto de Bakugou, que ainda preparava o café.

─ Eu só não consigo acreditar, sabe? Tantos anos pra isso acontecer – mentiu, não queria contar o real motivo de sua expressão negativa, não podia revelar que queria Izuku pra sempre em sua vida.

Só que Bakugou, podia sim ter a amizade dela pra sempre, mas não era isso o que queria. Adorava acordar com Izuku ao seu lado, adorava as risadas e o jeito fofo que ela agia quando ganhava algum doce. O jeito que ela se animava ao ver qualquer tipo de animação consigo – ainda mais comendo pipoca, que ela jogava todas em Katsuki –, eram tantas coisas, tantos detalhes, que Bakugou não queria mais perder, tinha virado uma rotina – que por sinal, era ótima. Ele não conseguiria imaginar sua vida sem Izuku.

─ Ah, Shoto me falou sobre a ida a boate, como tudo vai se acertar na segunda, acho que não tem problema você ficar com outras meninas – disse com um sorriso tímido pegando a caneca com café.

Aquela informação fez com que o corpo do maior tremesse; ele iria poder ficar com outras meninas? Aquilo significava que Izuku também poderia ficar com outros rapazes no local. Seu peito se apertou e sua mente fez um nó, não queria ver a garota com outro... Kirishima poderia dar em cima da mesma, não conseguiria viver vendo tal cena.

─ Não acha melhor, fingir? Tenho medo de Himiko estar lá e tentar fazer algo, não quero envolver pessoas de fora... – disse tentando ao máximo conseguir o que desejava.

─ Hm, tem razão! Conhecendo aquela vadia, não duvidaria que ela invadisse o local só pra te irritar ou me ataca novamente! Então vai ter que se contentar comigo como sua parceira no sábado! Aí depois você volta pra pista, ok? – deu uma piscadela para o rapaz.

─ Sabe que nunca vou me incomodar com sua presença, né? – disse abrindo um sorriso para a garota. ─ Izuku, quando tudo isso acabar... você vai deixar de falar comigo? Tipo, a gente fingiu um namoro, não sei se ainda vai querer algum tipo de contanto comigo depois.

─ Não se preocupe, Katsuki, não faria algo do tipo, somos amigos! – disse abrindo um sorriso grande e caloroso. ─ Espero que sinta o mesmo por mim! Então, fique tranquilo, nossa amizade não vai acabar. Só trocamos alguns beijos, isso não influenciou em nossas vidas a ponto de mudarmos por completo.