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Ochako ficou deitada no meio das almofadas coloridas até os raios de sol invadirem por completo o piso de madeira e o calor incomodar seu corpo, não tinha conseguido sequer pregar os olhos estava ansiosa demais com tudo o que aconteceu durante a noite, ou pelo fato de ter um encontro com o cara mais marrento de toda a U.A.

"nao esqueça do nosso almoço, te espero na minha casa as 10"

Aquela mensagem fez a garota surrar quando viu o relógio da TV marcar exatos oito e meia da manhã, em um pulo ela correu para o chuveiro e deixou a água gelada acordar seus músculos. Em menos de 5 minutos ela estava parada na frente de seu guarda roupas jogando todas as roupas no chão sem saber o que vestir em um almoço na casa do garoto que ela supostamente estava gostando.

- Um encontro na casa dele - Ela disse sentando no meio das roupas - ÓTIMA IDEIA KATSUKI - ela agora revirava os cabelos choramingando frustrada. - Tive uma ideia - ela pegou o celular e mandou mensagem no grupo das meninas.

Ochaco: o que vestir em um almoço de família, quando não é sua família?

Toru: escolha algo com forro bonito, forros são sempre um problema.

Tsuyu: Deku??

Ochako: esquece o Deku... Longa história.

Mina: já vi que precisam da minha consultoria... Sua safada... Não vá igual uma piriguete, apesar de que ele iria gostar...

Momo: um vestido simples ficaria bom, nem muito santa nem muito diaba.

Ochako: cala a boca Mina... Sua pervertida... Adorei a ideia momo você é um anjo, mas preciso ir beijos.

A garota saiu correndo pela calçada do prédio, vestia um vestido simples vermelho, seus cabelos presos em dois coques no alto da cabeça deixaram suas bochechas mais arredondadas que o normal, um batom de cereja marcava seus lábios, ela não sabia o porquê passou, mas sentiu vontade de parecer um pouco diferente naquele domingo. Nas suas costas ela acabou por levar alguns materiais escolares que iria precisar na U.A, não daria o trabalho de passar em seu apartamento novamente depois do almoço.

Bakugou estava jogado no sofá da sala pensando em que desculpa daria para seus pais que teriam que colocar mais um prato na mesa sem passar o total constrangimento de falaram que estava namorando.

- OE bakugou, preciso que me ajude com algumas compras, sua mãe gritou com algumas sacolas nas mãos.

- Já está velha o suficiente que não consegue carregar as compras? - ele gritou sem muito ânimo enquanto caminhava até a cozinha.

- Só não te dou um murro porque estou ocupada - ela gritou de volta colocando as sacolas no balcão.

- Chamei uma amiga pra almoçar com a gente hoje - ele tentou parecer indiferente, mas estava nervoso com a resposta.

- Ela não está grávida não né? - perguntou sua mãe seria. - Não vou criar bebês de adolescente.

- Cala a boca velha retardada - ele gritou desconfortável - É uma amiga da escola... Vou ajudar ela com o inglês... E convidei ela para almoçar.

- Inglês é - seu pai apareceu na porta com um meio sorriso nos lábios. - Ok, sem problemas.

- Sem coisas estranhas - disse ele ao ouvir a campainha - Estão avisados.

- Vamos nos comportar filho - disse o homem tapando a boca da mulher ao seu lado.

Uraraka sentia sua mão suar com o nervosismo, a casa dos pais dele era gigante e linda, ela se sentiu um pouco estranha por vestir algo tão simples até ver Katsuki abrir a porta com uma bermuda de moletom e uma regata preta, como de costume.

- Hey - ela diz um pouco envergonhada.

- Está usando muito vestido ultimamente... - o comentário saiu involuntário e ele sentiu suas bochechas ficarem da cor do tecido do vestido dela.

- Isso é ruim?... Desculpa - ela disse sem jeito tentando puxar o vestido discretamente para cobrir suas coxas.

- Não... Quer dizer... É bonito... Você é bonita - ele disse a última frase um pouco mais baixo que as outras, mas não tão baixo a ponto da garota sorrir com o último comentário.

- Eu conheço você - disse o pai dele um pouco surpreso - A garota da gravidade da TV.

- Uravity - ela sorriu sem jeito - Me chamo Uraraka Ochako é um prazer conhecer vocês... E obrigada por me receberem.

- Você é bonita demais pra esse pentelho - disse a mulher de cabelos curtos.

- Cala a boca sua velha - disse o garoto um pouco constrangido - Vem cara redonda. - ele puxou ela pelas mãos até o final do corredor no topo da escada.

- Você se parece com sua mãe - ela sorriu - WAA. Seu quarto é legal.

- Valeu... - ele ainda estava constrangido com algumas memórias da noite passada. - Estamos perto das provas finais então eu pensei... Que se te ajudasse com inglês seria uma boa.

- Me ajudaria mesmo? - ela sorriu animada sentando ao lado dele no tapete felpudo em azul escuro no meio do quarto.

- Eu faço um esforcinho - ele sorriu ao encarar o sorriso dela. Era o sorriso que ele mais gostava, o sorriso que melhorava completamente seu humor e poderia ficar ali encarando ela o dia todo. As anotações estavam espalhadas pelo tapete e ele começou a explicar coisas simples e tentar conversar em inglês por pequenas frases com a garota.

- Porta aberta - gritou a mãe dele abrindo a porta com tanta força que ela se chocou contra a parece fazendo Uraraka dar um pequeno pulo - Imagina eu, essa beldade com netos - disse ela deixando alguns biscoitos sobre a escrivaninha - Sou muito nova pra isso.

- Cala a boca velha retardada - gritou Katsuki jogando uma almofada no rosto dela - Com essas rugas todas já pode ser avó.

Uraraka apenas caiu na gargalhada com a situação, aquela relação de mãe e filho era engraçada, eles se pareciam muito no quesito explosivo da coisa.

- Qual a graça? - ele pergunta ainda chateado vendo sua mãe deixar a porta do quarto escancarada.

- Sua personalidade é genética - ela gargalhou ainda mais.

- Vou explodir essa sua cara redonda se não parar de rir - ele disse apertando a bochecha esquerda dela.

- Você não faria isso - Uraraka adorava desafiar o garoto, gostava da reação desconcertada que ele ficava quando ela estava por perto e queria estar um pouco mais perdo do perigo então aproximou seu rosto do dele e sorriu - Viu... Você não vai me explodir.

- Mas vou te beijar - ele disse colando os lábios dela nos seus pegando a garota totalmente de surpresa.

Close To Me... (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora