Close To Me... (CONCLUÍDO)

04

Katsuki estava com raiva, queria explodir tudo e todos, em especial a cara redonda, porque ela não ficou quieta e esperou ele resolver todo o plano e passarem nesse teste estúpido como todo mundo, a indignação aumentou quando na sala de aula Aisawa sensei disse que ambos estavam em detenção por terem sido os únicos a não passarem no teste e que se não fossem bem trabalhando em equipe não se formariam como heróis, Uraraka apenas Bufou e se encolheu em sua cadeira, ele nunca tinha visto ela com tamanha frustração, nem mesmo no festival esportivo quando a encontrou chorando na sala de espera depois de ter tomado uma surra dele que todo o japão viu, ela sempre foi determinada e ele meio que admirava isso nela, ja tinha admitido algumas vezes depois daquela luta onde começou a prestar mais atenção na colega de classe, em como suas bochechas ficavam incrivelmente rosadas quando ela estava frustrada, ou quando seu olho se fecha quando ela sorri. estava ficando louco em reparar tantas coisas inúteis em uma pessoa que não fazia seu estilo, afinal, esse não era seu propósito na U.A, não tinha tempo para essas bobagens de paixão, tinha que treinar e se tornar o herói numero 1.

- Bakugou, Uraraka - chamou Aisawa Sensei enrolado dentro do seu casulo amarelo - A organização dos livros na biblioteca hoje fica por conta de vocês.

- Como eu vou ser o herói numero 1 se tenho que ficar arrumando livros na biblioteca? - ele resmungou cruzando os braços.

- Porque não pensou nisso quando decidiu ser o herói número 1 em uma missão em equipe? - Aisawa agora estava com um semblante sombrio no rosto e seu olhos agora estavam vermelhos, ele estava usando sua individualidade no loiro como se soubesse que ele explodiria a qualquer momento.

- Da próxima vez me arranjem um parceiro mais útil - aquelas palavras fizeram uraraka sorrir em desgosto e mais uma vez segurar as lágrimas, queria sair dali, não choraria nunca na frente dele, ela sabia que seria uma grande heroína e não iria mais ser inútil para ninguém. com um empurrão brusco na mesa ela se levantou e foi em direção a porta.

- Vou para a detenção Aisawa sensei - ela disse com o choro embargado na garganta e com uma rápida reverência ela deixou a sala e apressou os passos para a biblioteca, as lagrimas teimavam em cair. 

- Uraraka-san - Chamou Midoryia preocupado com a colega de classe.

- Deku - Ela sorriu da melhor forma possível, não queria mostrar sua frustração para a pessoa que mais se importava com ela naquela escola.

- Sei que não está bem... então e-e-e-eu q-q-queria - ele começou a gaguejar e a garota achou graça.

- Seja lá o que for, eu topo - ela disse - Mas preciso ir tenho uma biblioteca pra organizar - com isso ela deixou um beijo na bochecha do garoto que ficou estático sussurrando alguma coisa para si enquanto seu rosto pegava fogo de tão vermelho.

- Patético - Disse Katsuki ao passar por ele com as mãos no bolso indo em direção da biblioteca. 

quando chegou a porta estava fechada e uma luz no fundo de um dos corredores apenas estava acesa, o local empoeirado fez seu nariz coçar, maldito lugar pensou ele até ouvir Ochako cantarolando. 

- Vai embora - disse ela sem olhar para ele enquanto flutuava com alguns livros na mão - não preciso da sua ajuda.

- Estamos na detenção juntos - ele estava sério, talvez o que aconteceu no corredor mais cedo o incomodou um pouco.

- Não pensou nisso quando me chamou de inútil - agora ela estava parada na frente dele, as luzes fracas do local deixavam seu rosto ainda mais redondo e as pontas dos seus dedos se tocavam quando ela tentou puxar o livro da mão dele sem sucesso. 

- Deve ser muito idiota mesmo - reclamou ele - Acha mesmo que eu quero estar no mesmo lugar que você? se toca - ele continuou colocando os livros na prateleira até perceber que ela estava chorando enquanto empilhava alguns livros no canto da mesa.

- Sabe Katsuki - ela disse limpando um dos olhos - Voce sempre foi o tipo de herói que eu queria me tornar, menos egocêntrico e estourado claro, mas você enfrenta tudo como desafio, não tem medo... - ela soluçou entre as falas - Eu queria ser 1 por cento do que você é. Não sei porque eu estou falando isso, sou uma idiota mesmo. 

- OE CARA REDONDA - ele deu um grito e que fez com que uraraka desse um pequeno pulo e o encarasse - você é mais insuportavel ainda quando está chorando - ele pegou os livros que ela estava empilhando - Fique mais forte e pare de chorar por tudo parece um bebê - reclamou ele pegando os livros da mão dela que ainda o encarava com surpresa - Sua cara fica ainda mais redonda quando você chora.

Uraraka encarava o loiro enquanto ele empilhava livro por livro sem nem ao menos olhar as categorias e numerações que indicavam o local correto de cada um e soltou uma risada enquanto limpava os olhos.

- Tenho cara de palhaço por um acaso? - agora ele a encarava irritada e ela sorria ainda mais com a irritação dele.

- Você está fazendo tudo errado - ela disse entre as risadas - os livros possuem marcações que dizem onde eles devem ficar, qual seria a utilidade se pudéssemos colocar em qualquer lugar? - ela estava agora nas pontas dos pés retirando os livros que ele colocou erroneamente.

-TSC - ele reclamou bagunçando os cabelos, mas não disse uma palavra e observou a garota separar os livros.

- os livros de matemática não podem ficar juntos com os de história, nem os de inglês junto com o glossário de heróis.

- Pra mim faz sentido ficarem todos juntos, não preciso sair procurando pela biblioteca inteira quando estão todos em um lugar - Uraraka riu mais uma vez e aquela risada fez as borboletas no estômago de katsuki se revirarem.

- Você fica com os de matemática - ela disse apontando para uma única pilha em cima da mesa - e eu com os de história.

Ochako saiu pelos corredores cantarolando com uma pilha de livros sob os braços e Katsuki estava irritado porque não entendia qual era a daquela sensação que estava sentindo, porque diabos estava gostando da companhia dela, então acabou com uma única conclusão, estava doente, era isso, estava muito doente e ele precisava descobrir que doença causavam aqueles sintomas malucos.