c i n c o

1.9K 239 146
                                    

Eu não sei exatamente que horas eram, porém era madrugada.

Acordo atordoada com batidas na porta.

Quem poderia ser uma hora dessas?

Me levanto da cama com muito esforço, me direciono a porta, está tudo escuro e a janela está aberta.

Tento visualizar algum relógio pela sala, nenhum nessa maldita hora.

Abro a porta e na mesma hora sou surpreendida por Noah antes, que eu pudesse falar qualquer coisa, ele me puxa para um beijo.

Eu queria  poder empurra-lo para longe de mim, gritar com ele, falar que ele não tinha o direito, mandá-lo para o inferno.

Eu queria poder, por que eu não podia, porque cada pedacinho do meu corpo reagia a ele, minha nuca arrepiava e minhas pernas tremiam.

Seu beijo era afobado e cheio de saudade desejo.

Sua mão que está na minha nuca, começa a subir mais pra cima, seus dedos entram no meu cabelo e ele da um leve puxão.

E me faz arfar na hora.

Ele desce seus lábios até meu pescoço, me fazendo gemer, me repreendo instantaneamente.

Mas o que eu posso fazer precisava daquilo, precisava dele.

—O que está fazendo aqui- falo com os olhos fechados ainda sobe seu domínio.

Ele sessa por um instante, olho no fundo de seus olhos verdes, a única luz que está no ambiente é a da lua, e isso faz com que seu olhar esteja mais escura e intenso.

—Por que eu não estava aguentando ficar longe de você - quando olho ao redor percebo que ele se sentou no sofá.

Quase como estivesse lendo meus pensamentos ele me puxa para seu colo, agarra a bainha da minha blusa e a puxa.

Ele me olha com desejo e consigo sentir suas mãos indo até minha bunda a apertando contra ele.

—Você me deixa louco- fala ofegante contra meu pescoço.

Só para provocá-lo mais do que eu estava percebendo começa a me movimentar por cima de sua calça o fazendo arfar, suas mãos vai para dentro do meu sutiã.

Sou rápida e tiro sua blusa, não estou me responsabilizando pelos meus atos, uma forte onda de calor se espalha em meu corpo quando vejo seu abdômen.

Minha pele com a pele dele chegava a queimar de tanto desejo.

Eu queria mais, eu precisava de mais.

Acordo com o barulho irritante do meu celular, demoro pra raciocinar que tudo foi apenas um sonho.

E olho para baixo e vejo que estou molhada, eu nunca tive um sonho como esse antes, esse garoto só pode ter feito alguma macumba não é possível.

Acordo irritada, por sonhar com esse babaca.

Me arrumo percebo que estou atrasada, hoje eu tenho teste de química e eu não estudei nada, o zero vai ser lindo, redondo e detalhado.

Me sinto tão cansando de uns dias pra cá, por carregar tanto a razão penso comigo.

Saio do elevador e já vejo seu Manel e seu jornal do dia.

—Bom dia senhorita Sina.- fala tirando os olhos do jornal e se direcionando a mim-dormiu bem?

—nem tanto-digo me lembrando daquele sonho que não deveria ter acontecido, maldito seja Noah por não sair da minha cabeça.

Maldito seja seu sorriso, seu cabelo bagunçado que é incrivelmente charmoso, seus olhos, puta merda nada se compara aos olhos, aqueles olhos.

podia dizer tranquilamente que aqueles olhos eram os mais belos e intensos olhos que eu já vi na vida.

Aquele verde esmeralda como a joia, tambem era venenoso é impetuoso.

Você me jogou pra cima só pra me ver quebrar.

Me fez sentir a melhor pessoa e em outro momento a mais miserável.

E como eu pude me apaixonar por você, seria hipocrisia minha se não afirmasse que tenho argumentos plausíveis.

Entro no meu carro o mais rápido possível, noto que o carro dele está na vaga, significa que ele pode aparecer a qualquer momento é melhor eu ir.

Logo que chego a escola, vejo o pessoal reunido no nosso banco de sempre.

—Olá a todos- digo dando um tchau geral- qual o assunto da vez ?- falo me sentando ao lado do Bailey.

— É verdade que o Noah é seu novo vizinho?- Josh pergunta .

Todos estão me olhando esperando alguma resposta, principalmente Any.

—Ah foi? Nem notei- falo me mostrando desinteressada, olho para Sabina e ela está com um olhar debochado.

O que diabos está acontecendo com essa garota? Eu sei a razão

Tem nome e sobrenome e é dono do sorriso mais inesquecível de todos e das mãos mais frias.

—Falando no diabo- fala Bailey, quando Noah chega perto de nós, claro que ele sentou entre eu e o Bailey.

—O próprio - falo para que ele escutasse mesmo e o mesmo sorriu e mandou uma piscadela.

Revirei os olhos.

Ele não aceitava não ser o entro das atenções.

Estava com a sua blusa cinza grafite, já roubei aquela blusa diversas vezes.

Principalmente depois de transarmos.

Quando eu usava suas camisa e ia o abraçar me dava uma sensação de casa tão grande.

Aquilo era meu lugar, pensava, eu nasci para estar ali, era como se o
corpo dele fosse feito para se encaixar no meu perfeitamente.

Pena que ele era um desgraçado.

Do sorriso debochado e o olhar que fazia qualquer uma perder o juízo e a calcinha.

Enquanto todos estavam conversando sobre qualquer outra coisa, pude sentir os olhos do próprio diabo me queimando.

Sua mão foi até minha coxa.

Tirei sua mão.

—Você perdeu o direito de por a mão em mim-falei com um olhar que poderia matar um.

Por um segundo sinto um ar de decepção.

Mas logo volta para sua feição de sempre.

Indecifrável.

Eu odiava isso, a maneira como era difícil decifra-lo.

Ao contrário dele achava que me conhecia como a palma da sua mão.

— Bailey vamos, temos muita coisa pra fazer hoje.- não me importava como estava todo mundo reagindo esse momento.

O que importava era a minha cara de deboche para Noah.

E como ele parecia afetado agora

Pego na mão de Bailey antes dele falar alguma coisa

Nos afastamos e olho para atrás Noah está com um olhar raivoso

O menino que não tinha sentimentos estaria sentindo ciúmes

Desapego não era seu segundo nome.

———————————————-

Olá, não esqueçam de votar e comentar, isso me incentiva dms a continuar.

Xoxo bad girl

Truco x Noah Urrea  || Sina DeinertOnde histórias criam vida. Descubra agora