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Edward, on;
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Escuto o grito da minha mãe e saio rapidamente do banheiro, com certeza ela viu o Alpha e achou que ele era um invasor ou um ladrão.
Paro um pouco antes do final da escada, no 3° degrau. Os meus olhos e os da minha mãe se encontram, eu podia ver a expressão confusa dela, isso fez minha cabeça dar branco e não encontrar nenhuma desculpa para explicar o que estava acontecendo, senti um leve desespero percorrer minha espinha enquanto eu caminhava para o final da escada e ficava cada vez mais perdido.
Então, o Alpha disse, com sua voz macia e baixa que me fazia ficar simplismente louco... Digo, parece ter alguma magia arcana nela já que mal consigo pensar quando a ouço.
- Hum... Desculpe por entrar sem avisar. -Olhou para minha mãe enquanto dizia, a mesma olhou para ele, com uma expressão mais calma. Eu disse que essa voz era mágica! - Eu só vim encontrar o Edward para... Hum.. Irmos para a escola juntos.- Acho que foi a melhor desculpa que ele poderia inventar.
Mamãe me olhou em seguida.
- Achei que tinha dito que não conhecia ninguém aqui.- Cruzou os braços.
- E-Eh... Bem, eu conheci o... -Parei, pensando em um nome.- C..Connor pela internet, e tinha esquecido que ele morava aqui. - Sim, é um péssimo nome, mas peguei ele de um jogo que curto muito. Alpha me olhou com uma expressão confusa, mas logo entendeu o plano.
- Ah, okay. - Ela se acalmou.- Só tome cuidado com pessoas que conhece na internet, nunca ouve nada do que eu digo? Poderia ser um estuprador ou um assassino! - Ela olhou novamente para Alpha.- Sem ofensas, querido. Quer almoçar conosco? -Sorriu. Ela parecia nem se lembrar do cachorro que tínhamos agora.
- E-Eu... -Ele nem termina de falar e minha mãe pega em sua mão e o leva para a cozinha. Ela havia se acalmado bem de repente.
Mamãe o deixou sentado na mesa e se pôs a colocar o almoço para nós três, logo se sentando na mesa também. Nós três nos encaramos por alguns segundos em silêncio enquanto comiamos. Ela não parecia satisfeita com isso, então se pôs a falar para Alpha:
- Então, de onde você é? - Sorriu enquanto comia, esperando a resposta.
Meu coração gelou nessa hora, eu olhei para ele enquanto a comida se entalava em minha garganta por causa no nervosismo.
- Bom... Eu sou daqui mesmo, moro... Atravessando a floresta. - Ele olhou para mim como se estivesse pedindo socorro, olhando pra minha mãe após isso.
- E onde estão seus pais, querido?
- Eu, eh... Eles... - Ele fez um olhar triste e vazio para ele, não conseguindo mais falar. Então tomei a frente.
- Ele é órfão, mãe, não seja maldosa! - Disse, falando com ela. A mesma fez uma expressão culpada.
- Desculpe, eu não sabia! - Ela o encarou rapidamente. - Desculpe, desculpe mesmo... Eu sou uma bobona.
- Oh, está... Tudo bem. - Ele sorriu. - Eu... Estou acostumado.
Todos voltamos a comer, agora com um ar desconfortável e deprimente rodeando a cozinha.
Depois que eu e Alpha aguentamos um pouco mais daquilo e ficarmos cerca de 5 minutos falando para mamãe que ela não tinha feito nada errado, saímos e fomos para a escola.
Ele parecia atento a cada coisa que aparecia, e eu tinha que o segurar para que ele não corresse atrás destas, puxando um pouco de seu moletom. Ele parecia uma criancinha, era fofo de se ver.
O clima estava bem frio e agradável. Os cabelos de Alpha estavam bem ouriçados por conta disto e por mais que eu tentasse os arrumar com as mãos, eles não se acertavam. Desisti disso após alguns minutos e continuei seguindo caminho.
Enfim chegamos na porta do escola, vários alunos nos encaravam como de costume.
Os meninos mais velhos me olharam com uma expressão desgostosa, isso me incomodou bastante, Alpha percebeu isso, olhando de canto para os garotos, que deram de ombros para ele, ele é um garoto bem pequeno e tem curvas doces e bonitas, pele branquinha e uma expressão inocente, seria alvo fácil de bullying se não fosse pelos seus caninos enormes.
Eu e Alpha entramos na escola, ele não estava matriculado, então eu tive que ficar com ele na minha sala de aula, o escondendo da professora que assim que chegou na sala, não parou mais de falar pô sequer um minuto.
- Destesto matemática... - Disse, me espreguiçando na cadeira.
Alpha olhou para mim, pegando meu caderno. Achei que ele não faria nada, então apenas fechei meus olhos, aceitando mais uma vez a idéia de perder em matemática nesta unidade.
Porém, alguns minutos se passaram e Alpha me entregou o caderno, as questões estavam perfeitamente respondidas, organizadas e bem cauculadas. Olhei para ele, que bocejou, como se aquilo fosse uma mera conta de adição.- Como você fez isso..? -Disse, abismado.
- Eu aprendo as coisas mais rápido que os seres humanos, e essa professora deu bastante conteúdo quando entrou.
- Certo... Obrigado, Alpha. -Sorri, me levantando.- Fique atrás de mim.
O mesmo concordou com a cabeça, se levantando e se encolhendo atrás de mim, então fui até a professora, entregando a atividade. A senhora a analisou por alguns minutos, com uma expressão surpresa.
- Meus parabéns, você tirou a nota máxima pela primeira vez. Pode sair da sala até o próximo horário.- Ela sorriu para mim, apontando para a porta.
Sorri também, indo até a mesma, saindo e suspirando, como se tivesse conseguido algum tipo de prêmio.
- Ah... Obrigado, Alpha! -Me virei para onde o garoto deveria estar, mas não o encontrei.
Minha expressão mudou, se tornando assustada, preocupada.. Onde estava o meu cãozinho? Olhei em todas as direções a procura do garoto, mas sem sucesso, já sentindo meu ar falhar nos pulmões.- Alpha..?
- Eu estou aqui. - Disse ele, me virei em direção ao som, mas não havia nem sequer sombra de alguém lá.
Logo, uma figura foi materializada lentamente, Alpha foi surgindo, como se cada pedacinho dele fosse iluminado. Ficando completamente visível de novo. Eu me assustei com aquilo, dando alguns passos para trás.
- Você não me disse que sabia ficar invisível! Você me preocupou, achei que você tinha ido embora, e... - Disse, espantado.
- Eu... Eu fiquei invisível? Quando? -Ele me olhou, como se isso também fosse uma grande surpresa para ele.
- Bom... Agora. - Andei até Alpha, o analisando.- Você com certeza é um lobinho cheio de surpresas, amigo. - Sorri para ele, acariciando sua cabeça.
Ele retribuiu o sorriso, parecendo feliz por eu ter gostado do truque. Eu realmente espero que ninguém tenha visto isso.
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Meu Pequeno Lobo.
WerewolfEstá é a história de um garoto que foi vendido para um laboratório quando bebê, assim, submetido a dolorosas experiências que o transformaram em um híbrido, meio animal, meio homem. Certo dia, tal garoto conseguiu, finalmente, fugir daquele inferno...