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Narrador, on;
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Em meio da noite escura, aquele rapaz dava passos longos, porém lentos. A chuva banhava seus cabelos negros, frios, vazios, balançando com o vento por fora do capuz que usava, cobrindo seus olhos em um tom azulado escuro e chamativo.
- Atrás da árvore.
Ele sussurrava pra si mesmo no ritmo de uma música. Suas mãos com grandes garras tocavam nas árvores e as mesmas automaticamente murchavam e morriam.
- O fogo queima.
Quem olhara o mesmo de longe enxergava a própria morte. Não se sabia seu nome, o mesmo era uma lenda viva, conhecido por ser um demônio noturno, vagando pelas cidades a procura de um ser tão poderoso quanto ele para deixar seu legado.
- Vida secreta.
Sua canção favorita, a canção que não era de sua autoria, mas tocava, o motivava, mostrando que ele também podia sentir. Talvez isso fosse um alívio para as pessoas ao redor.
- Anseio por linhas de sangue.
O garoto pararia, segurando seu manto por um momento enquanto escutava um barulho vindo de suas costas. Suas orelhas pontudas se moviam na direção do som que se formava, porém ele não falava nenhuma palavra. Era apenas um fantasma, certo? Um fantasma mortal. Ou talvez um humano imortal.
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Alpha, on;
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Fiquei no quarto por alguns minutos antes da mãe de Edward chegar em casa, me fazendo ter que entrar na forma canina. Ele saiu do banheiro algum tempo depois para descermos e irmos jantar. Eu ainda estava pensando sobre o dia na escola, mas decidi não mencionar nada mais sobre o assunto, por enquanto.
Comer ração de cachorro é terrível, mas como sou esperto, resolvi inovar e ir para debaixo da mesa quando queria um pedaço de comida! Ele sempre me atendia escondido da mãe, não sei o motivo disso, ele não pode só me dar a comida?
- Não dê comida pro cachorro, Ed. - Ouvi a mãe dizer.
- Ele parece não gostar da ração que compra pra ele.
- Cachorro não tem querer, ele vai comer o que eu tiver condição de comprar pra ele. - Falava enquanto se dirigia a pia para lavar a louça.
Eles desperdiçam bastante comida e nem me dão um pouco! O prato ainda está cheio de restos apetitosos. Isso é injusto, se ao menos ela soubesse o quanto nós sofremos sem alimento na cehg...
- E como foi a escola hoje? O primeiro dia? - Olha pra Edward e para mim em seguida. - Me admira que o cachorro não tenha bagunçado toda a casa no processo.
Nesse momento eu senti um cheiro tenso vindo de Edward, ele apertou o garfo que estava usando pra comer a pizza e deu uma olhada rápida para mim, logo olhando para a mãe.
- Foi ótimo! Eu consegui tirar... 10 em matemática hoje. - O mesmo engoliu seco. - Eu realmente fui bem, agora preciso ir pro meu quarto... Estudar. Te amo, boa noite! - O mesmo diz nervoso, então se levanta e vai andando rapidamente para o quarto. Obviamente eu o segui, preocupado com ele. Vi a mãe tentando o chamar, mas apenas soltou um suspiro e gaguejou antes de voltar a lavar a louça.
Porém algo aconteceu antes de que eu pudesse chegar no quarto. Eu senti algo estranho no peito que ia até meu focinho e me fazia sentir um cheiro... Estranho. Diferente. Eu parei e caminhei até a janela, me apoiando no vidro. De repente, havia começado a chover forte, os ventos estavam tão fortes que quase pude sentir meus cabelos se movendo mesmo com a janela fechada.
Eu permaneci olhando, crente de que poderia enxergar algo... Mas não havia nada. Eu fiquei levemente arrepiado depois daquele episódio, mas desisti, me voltando até o quarto.
Não sei se é coisa de minha cabeça... Mas acho que o vento estava cantarolando. Deve ser a fome, talvez. Comer tanta ração está me deixando maluco.
Cheguei no quarto de Edward e entrei pela portinha de cachorro, vendo o mesmo na janela, assim como eu estava anteriormente. O mesmo parecia tão confuso quanto eu.
- Alpha. Você também ficou incomodado com a tempestade que se iniciou do nada? Achava que o clima hoje iria ser de sol, digo, não exatamente sol porque está de noite, mas... Achei que não iria chover, você entendeu!
- Como você poderia saber se o clima hoje iria ser limpo? - Humanos podem prever o futuro?! Essa é nova!
- O noticiário disse que... Ah, deixa pra lá, iria ser muito complicado te explicar. - O mesmo sai da janela e vai para a cama, pegando uma revista e lendo a mesma. Havia uma humana com pouca roupa no corpo. Será que isso é normal? Talvez seja um cardápio! Humanos podem pedir outros humanos em casa?
- Eddie, o que é isso? - Salto ao seu lado na cama, já retomando minha forma humana e pegando tal objeto, o olhando. Só tinham garotas ali, estavam em poses que pareciam desconfortáveis. Relações entre humanos devem doer... São estranhas. - Como ela fica em pé assim? As pernas dela estão...
- Alpha! - Ele fala enquanto pega o objeto e o joga do outro lado do quarto. - Urgh! É só uma revista pornô... Garotos... Sabe, garotos tem essas coisas.
- Mas você nem tem uma garota de verdade, aquilo é só papel, Edward.
Ele pareceu ficar incomodado com o que eu disse, mas apenas suspirou pesado e me puxou para perto dele.
- Esqueça isso, vamos só... Dormir. Não ligue pra tempestade. - Ele estava se referindo como se eu pudesse ter medo de um simples barulho, mas senti que na verdade ele quem estava assustado.
- Heh, tudo bem, Edward, eu te protejo do trovão. - Sorri, ele fez uma cara emburrada e me encarou.
- Vamos, volta pra sua forma canina, se minha mãe resolver entrar no quarto no meio da noite e me ver abraçado com você ela vai achar que eu...
Acabei não ouvindo o resto por ter adormecido.
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Meu Pequeno Lobo.
Manusia SerigalaEstá é a história de um garoto que foi vendido para um laboratório quando bebê, assim, submetido a dolorosas experiências que o transformaram em um híbrido, meio animal, meio homem. Certo dia, tal garoto conseguiu, finalmente, fugir daquele inferno...