VII - Desígnio

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Do substantivo masculino: ideia de realizar algo; intenção, propósito, vontade.


Elas estavam no apartamento da Luthor aquela amanhã, ainda deitadas na cama: – Sei que você não queria que eu me envolvesse nisso, mas eu não posso me afastar de você agora Lee, não me importo se você ficará brava mas eu pedi ao Winn pra hackear o blog que tem te acusado. – Ela havia pedido ao amigo para fazer isso na manhã seguinte do evento quando foi pro instituto trabalhar.

– Kara... Aprecio que se preocupe mas eu não quero que nada disso te afete. – Só o fato daquela bomba ter explodido num evento importante para a bióloga era motivo suficiente para querer a amada longe de tudo.  

– Okey, então acho que eu deveria jogar fora o endereço que ele acabou de me mandar? – Ela viu os olhos de Lena crescerem com a informação nova. – O programa demorou um pouco para des-criptografar o IP do computador utilizado pelo blog mas Winn nunca me decepciona! – Realmente seu amigo havia superado tudo ao conseguir aquela informação para elas.

Já que aparentemente ninguém estava chegando em algum lugar até agora com aquilo o endereço viria a calhar. Sua ansiedade palpitou em seu peito com a possibilidade de desvendar o mistério logo. – Me deixa ver isso. – Disse interessada.

– Não até me prometer que não fará nada impulsivo. – Lena a olhou indignada, como ela poderia dizer isso agora, tendo em suas mãos a informação que poderia livrá-la de toda dor de cabeça. – Lee, isso pode ser perigoso. – Seu toque no rosto da Luthor foi carinhoso, ela se preocupava com ela, Lena era seu coração fora do peito. – E você pode ser um pouco teimosa... – Disse com cuidado.

– Talvez deveria ter pensando nisso antes de me contar, não acha? – Seu tom era sério mas ela não estava brava, só estava nervosa.

– Vamos mandar o endereço para polícia e deixar que eles tomem conta de tudo. Não sabemos com quem estamos lidando. – Ela sabia que Kara tinha razão.

– Ok ok, me desculpe. Você está certa. Devemos ser cautelosas. – Ela aproximou e beijou os lábios rosados de Kara. – Mas não me julgue por ser ansiosa. Obrigada mesmo baby, nem sei como retribuir isso.

– Que tal não fazendo nada antes de pensar, hm? – Ela abraçou a cintura de Lena e a puxou para cima do seu corpo. – Tudo vai se resolver logo. Não precisa se preocupar mais com isso. – Beijou seu pescoço, beijou as pintinhas da sua clavícula. – Hmm hum, porque eu tô pensando em coisas muito mais interessantes agora... – Disse com sua boca ainda rastreando a pele dela.

– Bem, quanto a isso eu posso te ajudar. – Ela se soltou do abraço e sentou em sua cintura e retirou a blusa que vestiu para dormir, os olhos azuis rapidamente fixaram em seus seios redondos. Ela sabia exatamente o poder que eles tinham sobre Kara e adorava isso. – Agora eu quero que pense em mais nada.

Kara teve que ir para o aquário logo depois do café da manhã e Lena ficou de avisá-la caso a polícia tivesse novidades.

A parte da manhã foi uma tortura, Lena ainda não podia ir pra Luthor Corp e a polícia parecia estar trabalhando na marcha lenta porque ainda não tinha notícias de nada e isso estava deixando ela cada vez mais angustiada.

Tudo piorou quando seu telefone tocou, Lex e Lionel Luthor haviam desembarcado em Santa Mônica aquela manhã. A ideia de encarar seu pai fez seu estômago queimar. Ainda não estava preparada para os julgamentos do mais velho, mas não tinha para onde fugir quando a campainha do seu apartamento tocou indicando que eles já estavam à sua porta.

– Pai... – Abriu a porta para o único homem que tinha poder sobre ela. – Onde está Lex? – Perguntou ao vê-lo sozinho. – Por favor, entre.

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