10° Por que:

199 16 4
                                    

QUANDO TINHAMOS 5 ANOS DE CASADAS

- Certo, qual é o próximo passo? - Questionei, ajeitando a pequena coroa em minha cabeça e colocando a capa, que improvisamos com toalhas, no lugar. Olhei para cada um dos quatros rostinhos e os esperei tomar a decisão final da história.

Selena se encontrava agachada a uns dois passos de mim, e também tinha os mesmos trajes que eu, a unica diferença era quê, por azul ser cor preferida da minha esposa, minha coroa e capa era da Elsa, de Frozen. Já as de Selena eram da bela adormecida, na cor rosa.

- Tem que transforma a mammy de volta em princesa, mama. - Amélia tentou grita animada, porém sua frase veio misturada a um bocejo, que a impediu de falar mais alto.

- E como eu faço isso, uh?

- Ai, mama, não é óbvio? - Perguntou Lizzy, apoiando as duas mãos na cintura e fazendo uma carinha muito semelhante a de Selena quamdo esta brava.

- Com um beijo de amor verdadeiro, mama. - Respondeu Theo, calmo. - A senhora tem que beijar a mammy na boca para quebra o feitiço do dragão.

- Mas tem que ser um beijo educado, tá? - Ben disse, fazendo uma careta em seguida. - Não é igual o da manhã que vocês pareciam estarem se desentupindo.

Eu não me aguentei, joguei a cabeça para trás e gargalhei, ouvindo Selena fazer o mesmo. Hoje faz cinco anos desde que nos aceitamos como esposas e como um bom dia a altura da celebração, nos beijamos. Contudo, havia tensão sexual demais para uma troca de carinhos de duas mães no meio da cozinha. Lizzy, a mais nova da familia, nem ao menos chegou a vê, mas seus irmãos mais velhos não tiveram a mesma sorte, e se não tivessem nos interrompido, sinto dizer que veriam coisa pior.

- Senhorita unicórnio, tenho permissão para encosta nossos lábios em um beijo cheio de amor para quebra o feitiço em ti lançado? - Perguntei me reverenciando a Selena, que mais uma vez riu. Olhei para Ben ainda curvada em reverência e direcionei a proxima pergunta a ele. - Educação suficiente, filho?

Ele riu, sua bochecha ganhando um tom avermelhado, e assentiu. Voltei a olha Selena no instante minuto em que ela se curvou também, repetindo minha reverência.

- Será um prazer ser beijada por ti, princesa. - Disse com um lindo sorriso nos lábios. Coloquei minhas duas mãos em sua bochecha e toquei nossos lábios, em um beijo simples e longo, pensado para ter todo o amor possível. No momento em que Selena tocou meus braços, as crianças aplaudiram, gritando e ovacionando nossa apresentação. Dei mais um selinho nos labios da morena e nos levantei.

Ao se por de pé, Selena me deu um beijo na bochecha e sentou na cama de Amélia, que escalou para o colo de minha mulher. Eu fiquei na cama de Theo, onde está ele e Lizzy, ambos deitaram suas cabeças em minhas pernas.

- O que acharam?

- Foi a melhor história de todas. - Exclamou Ben, quase dormindo, seus olhinhos quase não aguentava fechado e ela não parava de boceja. - Não é qualquer história que podemos ver robôs, unicórnio, dragão e princesas. - Todos exclamaram concordando com ele.

- Sabem o que eu acho? - Selena disse vendo Amélia dormir em seus braços. - Que esta na hora de todos deitarem em suas camas, se protegerem do frio e deita nos braços de Morfeu.

- Mama, quem é Morfeu? - Sussurou Theo para mim.

- É o deus dos sonhos, meu amor.  A mammy quis dizer que é para vocês dormirem com bons sonhos. - Disse, mas ele não deve ter me escutado, pois já dormia.

Após ter certeza que todos estão bem enrolado e dormia, eu e Selena nos retiramos do quarto, fechando a porta assim que saímos. Então seguimos para organizar a zona que deveria ser nossa sala.

Desde que Selena decidiu nos presentear, antecipadamente, com filhos, nossas noites se tornaram assim, encenar uma peça ou contar uma historia, por as crianças para dormir e arrumar a casa, e, talvez, se tivéssemos energia ainda, transavamos no banho ou antes de dormir. E apesar de ter empatado várias fodas que poderiamos esta tendo, eu não me incomodava com essa rotina.

Quando minha esposa me sugeriu adotar nossos filhos eu nem pensei duas vezes antes de aceitar - erro meu mas tudo bem -. Não esperava que ela me aparecesse com quatro crianças e tivesse decidida a ser mãe de todos, pois se tivesse, por se quer um minuto, passado por minha cabeça que este seria o caso eu teria pensado dez vezes antes de olha para a morena e dito que aceitaria tudo o que a fizesse feliz. Não que isso signifique que não amo meus filhos, pelo contrário, os amo demais, contudo creio que poderiamos ter ido devagar com a adoção de todos.

- Acho que acabamos aqui, amor. - A senti atras de mim, segurando minha cintura enquanto eu terminava de guarda os desenhos na gaveta de baixo. Virei de frente para ela e contornei meus braços em seu pescoço, lhe dando um selinho - Vamos tomar banho?

- Acho que ainda falta arrumamos a cozinha, querida. - Disse deitando a cabeça em seu ombro e apertando mais nosso abraço. O cansaço do dia começando a me atingir.

- Pode tomar banho primeiro, amor. - Disse me despertando do leve sono que eu estava. - Eu arrumo a cozinha e preparo algo para nos duas comer.

Murmurei concordando, mas não me movi. Em algum momento entre o início de nosso abraço até agora começamos a nos balança de um lado para o outro, como em uma dança lenta, enquanto Selena cantarola uma musica baixinho. Me aconcheguei mais em seus braços, espantando o sono para aproveita aquele momento calmo com ela.

- It's the sunrise and those brown eyes you're the one that I desire when we wake up and then we make love it makes me feel so nice. - Sussurou parte da musica Best part de Her e Daniel Caesar em meu ouvido, nos embalando no ritmo dela. Ergui minha cabeça e olhei em seus olhos. Ela não parecia tão cansada quanto eu, apenas calma. - Eu te amo, Dee.

A beijei.

- Eu também te amo.

- Certo, vá para o banho. - Deu dois tapinhas em minha bunda, nos afastando e seguindo para a cozinha. - Tem que dormir, amor, está muito tarde.

- Mas aqui esta tão bom. - Disse frustada, deixando meu ombro caido.

- Para o banho, Demetria. - Disse da cozinha. Resmunguei baixo e a obedeci, indo para nosso banheiro enquanto retirava minha roupa. Meu banho foi demorado o suficiente para ela ter limpado toda a cozinha, feito suco e dois sanduíches, ter tomado banho e esta deitada em nossa cama.

- No que esta pensando? - Perguntei quando a vi olhando para o teto, con o pensamento longe.

- Estou me questionando se agora você estava limpa - falou irônica. - Estava começando a acha que minha mulher tinha se afogado no vaso sanitário.

- Haha, engraçadinha. - Disse passado por cima dela para o outro lado da cama e pegando um dos sanduíches que ela me estendia. - Sério, no que pensava?

- Em como eu estou feliz. - Disse simples, dando uma mordida no pão recheado. - Em nós, em nossa família, em todas as razões que me faz lhe amar.

- Deve ser muitas razões. - Disse tomando um gole do suco.

- Nem tanto.

- Tá bom, tu finge que isso é verdade e eu finjo que acredito. - Ela riu, terminando seu sanduíche e me dando um beijo na bochecha.

- Seria verdade se você não fosse tão perfeita. - Disse deitando, a acompanhei, largando o copo e o prato que dividimos na mesinha de cabeceira.

- Pena, se depender de minha perfeição você terá muitos mais razões para me amar. - Disse pairando sobre ela.

- Convencida nem um pouco né, querida. - Respondi rindo, antes de lhe beija e esquentar nossa noite.

Como não amá-la Onde histórias criam vida. Descubra agora